Em termos de programa de televisão, a noite de
eliminação do “X Factor Brasil” nessa quarta-feira (2), na Band, foi chato, sem
ritmo, sem empolgação e nenhuma criatividade. A abertura até prometia, com a
apresentação reunindo os Top 10. Mas depois
foi uma verdadeira enrolação para preencher o tempo até o anúncio dos dois
eliminados da noite: Rafael, do time de Rick Bonadio, e a dupla Valter Jr e
Vinícius, do time de Paulo Miklos. Curioso o produtor musical se despedir de
seu pupilo dizendo que “não entende a votação do público”. Basta Rick fazer um mea culpa e admitir que sua postura como
jurado, fazendo climinha de briga e menosprezando os cantores preparados pelos
outros jurados, pode, sim, ter contribuído para que a antipatia por ele tenha
refletido na falta de votos para seus candidatos. Mais contraditório ainda foi a
saída de Rafael ter sido considerada a mais injusta nas redes sociais, quando na
verdade ele foi o primeiro eliminado por ter ficado em último lugar na votação
pela internet e por SMS.
E até chegar na decisão final, o público teve que ter
muita paciência. Nos primeiros 40 minutos de programa, preencheram o máximo de
tempo fazendo uma retrospectiva da apresentação de cada um dos dez artistas na
noite de Halloween, para no fim do bloco entrar Paula Fernandes, a convidada da
noite, cantando duas músicas. E a apresentadora Fernanda Paes Leme repetindo com
toda calma do mundo a relação de números de cada um dos dez participantes para
votação do público. Os jurados só abriram a boca no primeiro bloco para dar boa
noite quando chegaram. E, na falta de assunto e do que fazer, ficaram nos seus celulares.
Dizem eles que estavam votando em seus
candidatos. Será mesmo?
No segundo bloco, de apenas seis minutos, Fê chama
Maurício Meireles que, sem ter a menor ideia do que perguntar para os
candidatos nos bastidores, solta um “bafão” e se mostra surpreso com ele mesmo:
“Descobri esse termo: bafão!”. Como assim? E ao correr para entrevistar a plateia,
chega lá mais sem noção ainda. “Fale um pouco sobre esse momento...”, diz ele,
dando o microfone para alguém da torcida. Realmente, não foi boa a ideia de
quem resolveu tentar fazê-lo reviver os tempos de repórter bobo do “CQC”.
Não bastasse já terem exibido um clipe de todos na segunda-feira
(31), no terceiro bloco voltaram a mostrar imagens daquela noite, agora com
cenas de bastidores feitas de forma totalmente caseira e depoimentos com um
áudio péssimo. Aí vem a relação dos sete salvos pelo público e a explicação de
que o menos votado é eliminado na hora, os outros dois com menos votos têm uma
segunda chance, se apresentam novamente e um é salvo pelos jurados. Foi quando
sobraram três no palco e só se ouvia os gritos da plateia pelo nome de Rafael.
Justamente o menos votado e primeiro eliminado.
Na disputa pela oitava vaga no Top 8 entre Diego e Valter Jr e Vinícius é claro que cada jurado defendeu seu pupilo, portanto Miklos mandou Diego para
casa e Di mandou Valter Jr e Vinícius. Só que Alinne e Rick também
dividiram votos e o desempate ficou por conta de qual dos dois receberam menos
votos do público, o que garantiu a permanência de Diego. Só não entendi por que
Valter Jr e Vinícius tiveram direito a imagens mostrando sua trajetória no programa,
enquanto Rafael se despediu no bloco anterior sem ganhar nenhuma retrospectiva.
E a noite terminou com show do... NX Zero. Fiquei pensando que avaliação Rick faria da apresentação de Di Ferrero no palco. Apesar de que, dá para imaginar, já que pouco antes o produtor musical tinha definido o que é o X Factor para ele: “Esse programa se trata de encontrar o artista que tem o maior potencial de fazer sucesso no mercado, de vender discos, de tocar no rádio, de se apresentar na televisão e de fazer shows”, disse o jurado.
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