quarta-feira, 16 de novembro de 2016

“X Factor Brasil”: Jurados assumem jogo de cena, Cristopher e Jenni se destacam, e Ravena e Conrado deixam muito a desejar


O nível das performances, tantos dos candidatos quanto dos jurados, ganhou um verniz diferenciado na edição dessa segunda-feira (14) do “X Factor Brasil”, da Band, em que se apresentou o Top 6 da competição. É claro que foi uma grande misancene o produtor musical Rick Bonadio sair da bancada de jurado e ir até o palco dar um beijo em Diego, candidato até então menosprezado por ele. Mas, funcionou o jogo de cena. Assim como ficou claro que aqueles que realmente aspiram o título de campeão estão se empenhando muito mais, enquanto outros estão ali apenas pela vitrine. Até as reações da plateia estão mais coerentes em relação às noites anteriores diante das críticas ou elogios dos jurados.

Em mais uma noite temática em que a escolha do repertório foi baseada em grandes sucessos do cinema, alguns acertaram, outros não atingiram a bilheteria esperada. Di Ferrero entregou nas mãos de Conrado a missão de interpretar “Será”, sucesso da Legião Urbana que foi trilha do filme “Somos Tão Jovens”. Não rolou. Faltou Renato Russo na veia. Ou seu mentor lhe deu uma missão quase impossível, sabendo de seu estilo meio apático. Ele também não se deu bem interpretando Bon Jovi, parecia mais um cover de Kurt Cobain. Talvez na próxima Conrado venha de Nirvana...

Mais constrangedor foi ver Ravena cantando “Já Sei Namorar”, dos Tribalistas, escolhida por Paulo Miklos e tirada do filme “De Pernas pro Ar”. Deveriam dar os nomes individuais de todas as integrantes, pois é visível que duas ali, a negra e a loira, são as menos fracas. Alinne Rosa deu a definição perfeita para a sensação que as meninas passaram: “Vou ali cantar no karaokê”. Até o mentor do grupo, Paulo Miklos, reconheceu que elas precisam de mais garra. Mas, parece que elas estão mais preocupadas mesmo em ter fãs clubes e milhares de seguidores nas redes sociais...

Entre os melhores da noite, Cristopher o único remanescente do time de Rick Bonadio, não deixou qualquer dúvida de que tem potencial para uma final. E não é questão de ser o mais experiente, como seu mentor insiste em repetir. Aliás, está ficando até chato o jurado repetir o tempo todo que o candidato tem 43 anos. Jenni também se recuperou depois da apresentação mediana do programa anterior. E parece que Alinne está querendo instigar a rivalidade entre suas duas pupilas. Depois que Heloá arrebentou inserindo um trecho de “É o Poder”, da rapper Karol Conká, em uma apresentação sua, a mentora deu “Beijinho no Ombro” para Jenni causar em sua segunda música na noite. Mas a torcida dos familiares e amigos da candidata estão extrapolando nas gracinhas. Primeiro foram perucas, agora, fantasias de unicórnios. Estão criando um perfil infantilóide que pode acabar prejudicando Jenni.

Teve ainda Diego sendo atingido no rosto pelo braço de um bailarino durante a coreografia de sua apresentação, Cristopher tendo que recomeçar a música por causa de um problema técnico com seu microfone, e Rick Bonadio quebrando o protocolo para amenizar a sua “fama de mau”. Após Diego cantar “Metamorfose”, de Raul Seixas, o produtor musical saiu da bancada de jurados e foi até o palco se reconciliar com o candidato: “Na última vez da apresentação dele eu fui duro, porque eu acho que uma crítica profissional não pode ser confundida com ódio. (...) Eu te respeito muito, mas eu sempre vou pegar no seu pé quando você cantar mal. Hoje você cantou bem!”, disse Rick. As palavras soaram como sinceras, mas o beijo no rosto do cantor pareceu “técnico”. Agora vamos ver se o conselho que ele deu no programa anterior vai surtir resultado e ser seguido pelo público na noite de eliminação dessa quarta-feira (16). “O público deve ficar atento na hora de votar, pois estão deixando grandes talentos de fora”. A dica foi dada.


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