Precisou passar cinco semanas desde a estreia do “MasterChef
Profissionais”, da Band, para os jurados perceberem que para ganhar o título
máximo da competição o candidato deve realmente ter o talento e a postura de um
grande cozinheiro. “Não sei se somente cozinhar bem ajuda. Essa pessoa tem que
começar a brilhar” afirmou Paola Carossella no programa dessa terça-feira (8),
quando ela, Henrique Fogaça e Érick Jacquin decidiram pela eliminação de Priscylla,
que não conseguiu fazer um caramelo nem uma torta de limão desconstruída.
Ou seja, foi preciso que sete cozinheiros fossem
eliminados antes para que os jurados finalmente percebessem que a jovem
candidata de 27 anos era a menos preparada dos 14 selecionados. Na verdade, ela
chegou até essa altura da competição graças à boa vontade de seus colegas, que
estavam sempre prontos para ajudá-la dando dicas sobre as receitas, emprestando
ingredientes para seus pratos ou até mesmo com ensinamentos básicos sobre como
manusear uma batedeira ou ligar e controlar a temperatura de um forno. Será que
só os telespectadores percebiam a extrema falta de profissionalismo da
candidata? Onde eles estavam quando Dayse deu o que sobrou do seu caramelo a Priscila
para terem que ainda perguntar se ela tinha feito a calda? E o pior é que a
candidata ainda gaguejou e tentou enrolar antes de confessar que não tinha
feito. Sorrindo, claro! Uma marca registrada que só depõe contra ela própria,
pois denota uma falta de interesse sobre tudo. É como se nada realmente
importasse para ela, dando certo ou errado, estava sempre mostrando os dentes.
Com a saída de Priscylla, as atenções vão se
concentrar muito mais no pedantismo de João e no autoritarismo e machismo de Ivo.
O cozinheiro veterano não disfarça a raiva quando perde alguma prova,
principalmente se a vencedora for Dayse, sua ex-ajudante. E o jovem professor
está se especializando cada vez mais como julgador do trabalho dos demais
concorrentes e na bajulação. Ele chegou a dizer que tinha feito uma clave de
sol sobre um piano de caramelo em homenagem a Fogaça, que tem uma banda.
Jacquin até ironizou, porque o tipo de som do outro nada tem a ver com esse
instrumento.
Apesar de que o mezanino tem incentivado os
candidatos a revelarem outras características. Como Marcelo que, após vencer a prova
de serviço ao lado de João e Fádia, ficou mais opinativo enquanto observavam lá
de cima os demais na prova de eliminação. Só que ele muda de opinião conforme
os jurados fazem uma avaliação diferente da dele. Apesar de que foi sincero
quando o prato de Priscylla foi criticado: “Só por um milagre de Deus ela está
aqui até agora”, admitiu Marcelo.
Mas algumas tiradas da concorrente até faziam rir,
como quando ela foi direto para a prova de eliminação e disse, no mezanino, ter
certeza de que se sairia bem na prova de equipe da qual ficou de fora. Sendo que
quando participou de uma, há algumas semanas, foi a que se saiu pior e mais
prejudicou sua equipe. E quando Fogaça perguntou se estavam desanimados, antes
de começar a prova de eliminação, foi a única que respondeu: “Sim, chef!”. Foi
tão surreal que até Dayse, ao lado dela, não se segurou e riu. Isso depois de
já ter largado um “Odeio caramelo”, um “Odeio releitura” e um “Odeio torta de
limão”. E mais tarde deixou o programa, com seu indefectível sorriso, dizendo: “Saio
feliz por ser sobremesa”. Oi?
A sensação que fica é de que Priscylla estava muito mais interessada na vitrine do programa, já que se acha a mais linda de todas em qualquer lugar. Deveria se inscrever em um concurso de beleza se este é o forte dela. “Ela está falando que vai sair desde o primeiro episódio”, lembrou Fádia, que percebeu a estratégia da outra. “A Priscylla nas provas mostra muito negativismo, parece que é para a gente deixar ela de canto, pra não ser a pessoa mais importante naquele momento. Então sempre fica aquela dúvida na hora da prova: será que ela não sabe mesmo ou está inventando pra gente cair no lero dela”, completou Marcelo.
Priscylla só precisa assistir à gravação desse programa e prestar atenção no que lhe foi dito na hora da sua despedida dos jurados, pois na saída, ela falou para a apresentadora Ana Paula Padrão que Jacquin a convidou para trabalhar com ele. E o que o chef na verdade afirmou foi: “Se você quer um lugar para aprender eu te arrumo. Para aprender a fazer confeitaria”. É bem diferente de “Vem aprender comigo”. Ou, Priscylla usou o mesmo artifício de quando fez a torta de limão desconstruía com massa crua e disse na cara dura: “Quem sabe cola?”. Ou quando ao esperar a avaliação de seu prato e filosofou: “Joguei para o universo. Vamos ver o que vai voltar para mim”. Como diz a Paola, com seu sotaque argentino, foi de cair o “quejo”...
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