A vitória da banda de forró Fulô de Mandacaru na final
do “SuperStar” nesse domingo (26), na Rede Globo, repetiu nas redes sociais o
mesmo tipo de repercussão de uma das duas temporadas anteriores do programa: de um
lado, fãs aplaudindo o vencedor, e de outro, grande parte dos internautas
reclamando de mais uma vez a emissora ter beneficiado uma banda, seja lá por
que motivos. Em 2014, na estreia da versão brasileira do show de talentos
israelense “Rising Star”, ganhou a banda Malta sagrou-se campeã, especulou-se
que seu contrato com uma gravadora, além dos R$ 500 mil de prêmio, já estava
acertado desde sua seleção. Na temporada do ano seguinte o mesmo não se repetiu
quando Lucas & Orelha foram os preferidos na votação do público. Mas é bem
verdade que a dupla não teve o mesmo tratamento para dar sequência ao sucesso
sob os holofotes da Globo como a Malta.
De qualquer forma, o que se viu nessa terceira
temporada foi uma direção mais descontraída por parte de Boninho, talvez pela
mudança de horário, deixou de ir ao ar após o “Fantástico” para ser exibido no
começo da tarde, logo depois do “Esporte Espetacular”. Esse formato mais solto
refletiu em uma atitude menos imparcial da apresentadora Fernanda Lima, que
não escondeu sua preferência por algumas bandas e até mais proximidade com
alguns músicos. Coincidentemente (?), Fulô de Mandacaru era uma delas.
No trio de jurados também houve alteração: Daniela
Mercury substituiu Thiaguinho ao lado de Sandy e Paulo Ricardo e desde o começo
parecia estar totalmente focada em “causar”. Durante as apresentações, a baiana
parecia estar “fora da casinha”, aos primeiros acordes, antes mesmo de o
vocalista soltar a voz, ela levantava para dançar num frenesi que nem sempre
correspondia ao ritmo. Era estranho, porque a técnica que deveria estar ali para
observar e avaliar os concorrentes no palco, parecia mais
preocupada em se divertir e chamar a atenção para ela. Diferentemente de Sandy e Paulo Ricardo, que até se
esforçavam em fazer análises tanto técnicas quanto emotivas, mas em muitos momentos
ficavam visivelmente constrangidos com as explosões exageradas de alegria da colega.
Agora, em relação ao processo de votação do público,
mais uma vez ficou claro que as primeiras bandas a se apresentarem são sempre
prejudicadas. Muitos internautas reclamaram não terem conseguido votar nas duas
primeiras bandas por falhas no aplicativo. O que pode ter prejudicado muito a
primeira banda eliminada, Bellamore. Também ficou estranho o “termômetro” da
votação ter parado na metade da apresentação do OutroEu, segunda eliminada.
Enquanto isso, a Fulô de Mandacaru foi claramente beneficiada
nas três etapas, ficando sempre por último na ordem de apresentação. Além de
ter contado com o favoritismo escancarado de Daniela. A técnica nem disfarçou e,
enquanto a banda convidada de Lúcio Mauro Filho se apresentava, foi dançar à
frente da torcida dos forrozeiros. Pegou muito mal. Assim como pegou mal
Fernanda Lima se despedir da Plutão Já Foi Planeta como se ela já tivesse
certeza de que a banda não teria qualquer chance contra a Fulô. Tudo bem que
ela soubesse, mas como apresentadora poderia ter ao menos mantido o suspense ou
criado uma expectativa.
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2014/05/programa-silvio-santos-apresentador.html