A segunda eliminação de
Gleice do “MasterChef Brasil”, que já vinha de uma repescagem e aconteceu nessa
terça-feira (21), na Band, era não apenas previsível como também esperada. Desde
o início da competição de culinária da emissora, a estudante paulista de 20
anos teve uma certa proteção não apenas dos jurados como também dos demais
competidores. O motivo? Ser de origem humilde e ter perdido, pouco antes da
estreia do programa, um irmão assassinado por motivos que não foram
esclarecidos para o público. Também não precisava maiores explicações.
Dramas pessoais não devem
interferir no resultado final de programas desse gênero. Ou não deveriam
interferir. Fato é que Gleice foi, sim, protegida até então em muitas situações
por sua condição de caçula e por ter uma história de vida difícil. Em várias
provas feitas em equipes ela ficava disfarçando, comendo pelas beiradas e se
livrando da prova de eliminação. Foi poupada por colegas de competição, como
Aluísio, e tratada de forma diferenciada por Paola Carossela, Henrique Fogaça e
Erick Jacquin. Não era justo na comparação com o desempenho dos demais
competidores.
Acontece que não se trata
de uma disputa de quem sofre mais ou quem tem mais problemas pessoais e
dificuldades materiais: a competição é entre quem cozinha melhor. Os jurados
deveriam ter esse critério acima de qualquer outro de ordem emocional. Quantos
cozinheiros mais preparados não foram eliminados em função dessa valorização da
vitimização?
Ponto.
Agora é esperar que as avaliações passem a ser feitas por competência culinária e não por apelo emocional.
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