quarta-feira, 22 de junho de 2016

“MasterChef Brasil”: Gleice é eliminada e deixa espaço para que avaliação volte a ser por competência e não por apelo emocional


A segunda eliminação de Gleice do “MasterChef Brasil”, que já vinha de uma repescagem e aconteceu nessa terça-feira (21), na Band, era não apenas previsível como também esperada. Desde o início da competição de culinária da emissora, a estudante paulista de 20 anos teve uma certa proteção não apenas dos jurados como também dos demais competidores. O motivo? Ser de origem humilde e ter perdido, pouco antes da estreia do programa, um irmão assassinado por motivos que não foram esclarecidos para o público. Também não precisava maiores explicações.

Dramas pessoais não devem interferir no resultado final de programas desse gênero. Ou não deveriam interferir. Fato é que Gleice foi, sim, protegida até então em muitas situações por sua condição de caçula e por ter uma história de vida difícil. Em várias provas feitas em equipes ela ficava disfarçando, comendo pelas beiradas e se livrando da prova de eliminação. Foi poupada por colegas de competição, como Aluísio, e tratada de forma diferenciada por Paola Carossela, Henrique Fogaça e Erick Jacquin. Não era justo na comparação com o desempenho dos demais competidores.

Acontece que não se trata de uma disputa de quem sofre mais ou quem tem mais problemas pessoais e dificuldades materiais: a competição é entre quem cozinha melhor. Os jurados deveriam ter esse critério acima de qualquer outro de ordem emocional. Quantos cozinheiros mais preparados não foram eliminados em função dessa valorização da vitimização?

É preciso ficar bem claro que quem foi eliminada não foi apenas a Gleice, mas sim a participante que fez o pior ovo na prova de eliminação. 
Ponto.

Agora é esperar que as avaliações passem a ser feitas por competência culinária e não por apelo emocional.


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