Não empolgou o primeiro capítulo de “Haja Coração”,
nova novela das sete da Rede Globo, que foi ao ar nessa terça-feira (31). Pode
até ter mostrado que vai investir em humor, drama e romance, mas faltaram
situações que realmente dessem aquele Plus
esperado em uma estreia. Para se ter uma ideia, a cena mais engraçada foi
quando a ex-BBB interpretada por Ellen Roche, que tentava em vão ser
reconhecida em um restaurante chegou para um cliente e deu a dica: “É Big, é
Big, é Big...”, e o figurante respondeu: “É hora, é hora, é hora...”. No mais,
foi muita trilha sonora para pouca ação.
Escrita por Daniel Ortiz, sob a direção-geral de Teresa
Lampreia, está parecendo mais um remake do que uma história livremente
inspirada em “Sassaricando” (1988), de Silvio de Abreu. Não adianta querer
encontrar termos novos para justificar, como chamar de reboot (uma espécie de reinício ou novo episódio de uma mesma
história), porque o público noveleiro quer assistir a um folhetim com
identidade própria, já que foi oferecido com um título novo.
A trama central continua sendo a mesma: o operário, chefe
de uma família humilde, a Di Marino, desaparece da noite para o dia e, 20 anos
depois, sua mulher e filhos tentam provar que o rico empresário dono do Grand
Bazzar e sua rica família, os Abdala, são responsáveis pelo assassinato daquele
que era funcionário de sua empresa no passado. E em termos de interpretação
também não houve um grande destaque no elenco. O que se viu foi atores mais uma
vez repetindo as mesmas entonações, expressões e mesmos trejeitos que já
mostraram em trabalhos anteriores, como é o caso de Marisa Orth e Jayme
Matarazzo na família Di Marino. Enquanto Mariana Ximenes, justiça seja feita,
convenceu como Tancinha, embora não esteja mostrando algo muito diferente do
que foi feito por Claudia Raia quando interpretou a mesma personagem, há 28
anos.
Já entre os Abdala, Alexandre Borges parece estar
fadado a só fazer maridos que alternam entre insatisfeitos, trapalhões ou
submissos, como tem acontecido ultimamente; e Tatá Werneck repete o mesmo erro que
cometeu em “I Love Paraisópolis”: insiste em transformar a personagem nela
própria, quando a atriz que deveria se transformar na personagem. Ou seja,
vemos mais uma vez Tatá sendo Tatá em qualquer programa.
Vamos aguardar!
Mais "Haja Coração" em:
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