A direção do “Hell’s
Kitchen – Cozinha Sob Pressão” do SBT estava tão preocupa em inovar colocando
uma mulher no comando da competição que acabou deixando a desejar na seleção
dos participantes. Enquanto a chef Daniella Dahoui oscila entre momentos que
parece estar se superando como apresentadora e outros que volta a não mostrar
segurança na função, os cozinheiros que ela comanda vão de mal a pior. Já na
reta final da quarta temporada os cozinheiros finalistas têm mostrado um
desempenho totalmente aquém do esperado.
No programa de sábado
(26), a cozinha do restaurante foi até fechada sem que os clientes fossem
devidamente atendidos por conta de erros absurdos, como servir peixe com
espinha e arroz de lula com casca de nozes. E aí a culpa é de quem selecionou
candidatos tão despreparados, da chef que não sabe se impor ou da direção do programa
que está direcionando a competição de forma amadora? Mais uma vez, nesse mesmo
episódio, os concorrentes foram tratados como crianças, tendo que se vestir de
bailarinas e fazer um tipo de paródia do balé Quebra Nozes. Uma cena
constrangedora para eles e para quem assistiu.
Curiosamente, o serviço
foi ladeira abaixo justamente após a eliminação de Flora, no episódio anterior,
que era considerada a competidora que mais desestabilizava a todos na cozinha.
Inclusive a própria Dahoui. Ora, se a gaúcha era quem prejudicava o bom
desempenho de todos por ser hiperativa, falar muito e acirrar o clima competitivo,
então por que o serviço não fluiu melhor sem a sua presença?
E por que agora a chef
fica o tempo todo acompanhando de perto o grupo cozinhar, coisa que antes não
acontecia? Será que é porque está faltando a presença de alguém que movimente a
disputa? Aí quando Maílson, o único a ter coragem de se defender quando Dahoui
colocou todos na eliminação, a chef o condenou por estar tentando livrar a
própria pele. Ora, se ele tinha consciência de que tinha feito a parte dele,
não era justo se defender? Ele apenas queria saber onde tinha falhado no seu
comprometimento. E ela deu uma resposta evasiva, generalizando e distribuindo a
culpa entre todos sem assumir a própria responsabilidade. Ou seja, mais uma vez
ela adotou a postura professoral que tinha nos primeiros episódios, tratando
todos como se fossem crianças no jardim de infância.
Realmente, essa está sendo uma temporada de cozinha para iniciantes. Tanto para os participantes quanto para a chef apresentadora, que com sua inexperiência diante das câmeras vem eliminando os cozinheiros com um pouco mais de competência do que a média dos selecionados em prol dos que “se comportam” de forma que “não coloque o dela na reta”. Como a própria gosta de repetir. Parece que a experiência Hell’s Kitchen está sendo mesmo para a própria Dahoui na televisão.
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