Otávio Mesquita se orgulha de estar há 28 anos no ar
na televisão, com passagens pela extinta Rede Manchete, SBT, Rede TV! E Band. Mas
o seu “Okay, Pessoal”, que estreou em sua volta ao SBT na segunda-feira, 28 de
abril, nada mais é do que muito do mesmo do que ele sempre fez até aqui. Alternam-se
os cenários, substituem-se os colaboradores, mas o antigo estilo Otávio
Mesquita de ser continua ali, impregnado. São as mesmas gracinhas sem graça, a
intimidade visivelmente encenada e entrevistados fingindo estarem à vontade
apenas para agradar ao nem tão amigo assim.
Otávio mantém aquele jeito chato de ser, que ele
acredita ser muito original. É o mesmo cara que há anos faz pegadinhas com
anônimos, toca corneta para acordar celebridades (nem tão célebres assim) e
parece estar sempre interpretando um personagem sem noção.
Nenhum programa é novo se traz como grande novidade
apenas um cenário mais colorido e se vangloriando de utilizar vários recursos
tecnológicos. Muito menos por resgatar Tábata, uma personagem que o
apresentador interpreta há anos e que agora voltou envelhecida. E ainda mais
forçada em tudo, tanto no visual quanto no texto e nas pseudo-críticas que faz
à programação do SBT e às celebridades.
O programa também conta com um time de repórteres
que ainda se mostram meio perdidos em cena, apenas tentando agradar o
vaidoso patrão. Só que as matérias parecem todas requentadas. Entre elas, uma
visita ao Mercado de Peixes de São Paulo, como é feito o trabalho de dublês, um
baile da terceira idade, e a rotina de artistas de rua. Pode até serem pautas
conhecidas, mas que precisavam ser desenvolvidas sob um ponto de vista
inusitado. O que não aconteceu.
Tem ainda o quadro do Tuc-Tuc, um carrinho inspirado
nos veículos indianos, que transporta celebridades. Algo no estilo do “Vou de
Táxi”, que Gugu Liberatto e Luciano Huck volta e meia resolvem reinventar. E
ainda o Drone, uma câmera aérea teleguiada por controle remoto que participa
dentro e fora do estúdio. Apenas um acessório a mais.
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