sexta-feira, 2 de maio de 2014

“Okay, Pessoal”: Otávio Mesquita volta ao SBT com programa repaginado visualmente, mas sem conteúdo e sempre forçando a mão no seu eterno jeito chato de ser




Otávio Mesquita se orgulha de estar há 28 anos no ar na televisão, com passagens pela extinta Rede Manchete, SBT, Rede TV! E Band. Mas o seu “Okay, Pessoal”, que estreou em sua volta ao SBT na segunda-feira, 28 de abril, nada mais é do que muito do mesmo do que ele sempre fez até aqui. Alternam-se os cenários, substituem-se os colaboradores, mas o antigo estilo Otávio Mesquita de ser continua ali, impregnado. São as mesmas gracinhas sem graça, a intimidade visivelmente encenada e entrevistados fingindo estarem à vontade apenas para agradar ao nem tão amigo assim.
Otávio mantém aquele jeito chato de ser, que ele acredita ser muito original. É o mesmo cara que há anos faz pegadinhas com anônimos, toca corneta para acordar celebridades (nem tão célebres assim) e parece estar sempre interpretando um personagem sem noção. 

Nenhum programa é novo se traz como grande novidade apenas um cenário mais colorido e se vangloriando de utilizar vários recursos tecnológicos. Muito menos por resgatar Tábata, uma personagem que o apresentador interpreta há anos e que agora voltou envelhecida. E ainda mais forçada em tudo, tanto no visual quanto no texto e nas pseudo-críticas que faz à programação do SBT e às celebridades.

O programa também conta com um time de repórteres que ainda se mostram meio perdidos em cena, apenas tentando agradar o vaidoso patrão. Só que as matérias parecem todas requentadas. Entre elas, uma visita ao Mercado de Peixes de São Paulo, como é feito o trabalho de dublês, um baile da terceira idade, e a rotina de artistas de rua. Pode até serem pautas conhecidas, mas que precisavam ser desenvolvidas sob um ponto de vista inusitado. O que não aconteceu.

Tem ainda o quadro do Tuc-Tuc, um carrinho inspirado nos veículos indianos, que transporta celebridades. Algo no estilo do “Vou de Táxi”, que Gugu Liberatto e Luciano Huck volta e meia resolvem reinventar. E ainda o Drone, uma câmera aérea teleguiada por controle remoto que participa dentro e fora do estúdio. Apenas um acessório a mais.

Mesmo indo ao ar de madrugada, por volta de 2h, pela internet o programa teve reclamações de internautas que preferiam assistir a enlatados de séries americanas às baboseiras do “Okay, Pessoal”. Aliás, o título traduz uma expressão que Otávio sempre repetiu em todas as suas atrações. Enfim, é a estreia de mais do mesmo mais uma vez.


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