sexta-feira, 4 de outubro de 2013

“The Voice Brasil”: Nova temporada da competição musical estreia sem novidades, com candidatos de qualidade e ainda dividindo opinião sobre escolha dos cantores que formam o corpo de jurados


A segunda temporada do “The Voice Brasil” estreou nessa quinta-feira (3), na Rede Globo, sem novidades ou mudanças no formato. A única alteração aconteceu mesmo no dia de exibição, deixou as tardes de domingo e ganhou o horário nobre nas quintas-feiras. Em termos de audiência, ocupar a faixa noturna fez a atração ganhar mais audiência. Mas, sem dúvida, é um desfalque que será sentido na programação dominical.

Não faltou na abertura aquele tradicional clipe com os bastidores da competição musical, que é uma versão brasileira do formato original holandês “The Voice of Holland”. Em seguida os mesmos quatro jurados técnicos da edição do ano passado, Lulu Santos, Carlinhos Brown, Claudia Leitte e Daniel, subiram no palco cantando juntos “Já É”, música de Lulu que virou uma espécie de hino de “Malhação” após ficar tempos sendo o tema de abertura da novela.

Já Tiago Leifet, mostrando-se mais à vontade e sem o nervosismo de quando encarou o desafio de apresentar o programa, assumiu o comando, dando início à fase das audições às cegas. É aquela em que os candidatos cantam com os técnicos de costas para o palco, decidindo apenas pela voz se escolhem ou não para fazerem parte de seus times. E é a fase que realmente prende o telespectador, que acaba assumindo em casa também o papel de jurado e torcendo por seus favoritos.

A qualidade vocal dos participantes continua alta. É verdade que, pelas histórias de cada um, deu para perceber que alguns já tiveram contato com o meio artístico da própria emissora, como July, que apareceu em imagens antigas ao lado de Xuxa, e da dupla Angelo e Ângel, que já era conhecida de Daniel. Natural, pois todos eles são profissionais que já atuam na área e estão apenas em busca de melhor oportunidade.

Tem ainda a parte das histórias curiosas, como a de Janaína, secretária do Conselho Tutelar de Criciúma, Santa Catarina, que cantava nas festas da firma. Acabou sendo uma dos três escolhidos por Claudia Leitte, mesmo número chamado por Lulu para seu time. Carlinhos saiu com duas vagas preenchidas, uma delas por uma dupla sertaneja, e Daniel, como sempre, repetiu a linha de mais exigente, como na temporada anterior, e escolheu apenas um para seu time. Só falta daqui a pouco começar de novo a campanha “Bate, Daniel”, para o cantor bater na luz vermelha que indica aprovação de quem está se apresentando no palco.

A única troca na equipe foi no backstage, em que a atriz Dani Suzuky foi substituída por Miá Mello, humorista que já fez participações no “Legendários”, da Record, e no “Casseta e Planeta Vai Fundo”, da Globo. Seu papel continua sendo o mesmo: fazer reportagens com os calouros e seus familiares nos bastidores da competição e interagir com os internautas através do site oficial e das redes.

Vale observar também que, dessa vez e por enquanto, os jurados estão sendo mais cuidadosos em não desanimar os não aprovados com seus comentários. Quem é reprovado nunca vai gostar de ter sido eliminado, mas os argumentos estão sendo bem embasados, principalmente por Lulu e por Brown. “É essa voz humilde de ‘quem sou eu para falar de amor’, alguém que pode aprender, que pode crescer”, afirmou ele ao escolher para seu grupo Simona Talma, de Natal, Rio Grande do Norte, que cantou “Tango de Nancy”, música de autoria de Chico Buarque e Edu Lobo.

O mesmo não se pode dizer de Claudia e Daniel. Ela continua mais preocupada em fazer caras e bocas, interpretando uma personagem. E ele, parece meio perdido, como se estivesse pensando na própria vida enquanto as audições acontecem. De qualquer forma, são essas ausências e essas presenças exageradas que também rendem assunto sobre o programa.



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