Fernanda Lima assumiu uma posição cômoda na estreia
da sétima e ultima temporada de “Amor e Sexo”, nessa quinta-feira (3), na Rede
Globo, em que o tema era nudez, ao colocar um grupo de homens e mulheres, todos
figurantes, completamente nus em cena. “Tira a roupa quem quer!”, repetia ela, como
que justificando o fato de ela própria estar vestida, mas tirando proveito da
nudez alheia, após ter, mais uma vez, alimentado seu ego cantando e exagerando
na pose de starlet no palco.
Aí, em entrevista ao “Vídeo Show” nessa sexta-feira
(4), Ricardo Waddington, diretor das duas atrações, afirmou que a cena tinha
sido um “ato político, no sentido de as pessoas se assumirem como são”. Como
assim? Para se considerar plena e em paz com a própria aparência a pessoa
precisa sair por aí tirando a roupa? Se a idéia era discutir a valorização que
existe em torno de quem tem “barriga tanquinho”, então por que não se mostrou
que pessoas vestidas têm mais valores a mostrar, independentemente da forma
física? Por que explorar figurantes que fazem tudo por 5 segundos de fama em
troca de um sanduíche e uns trocados?
Não é falso moralismo. Lembrando que falso moralista
é quem prega a moral e os bons costumes, mas não pratica isso na sua vida. E
falso moralista também é quem posa de “politicamente correto” no pessoal, mas
no profissional explora e tira proveito dos “politicamente incorretos”. É o tal
“faça o que eu não faço”.
Para completar, ainda teve Otaviano Costa, ator,
marido de Flávia Alessandra e repórter do “Vídeo Show”, dar seu showzinho à
parte, ensaiando um strip-tease. Esse é o teor de uma discussão sobre o que
pode ou não ser exibido na televisão, mesmo que por volta da meia-noite? Sem
falar que contou ainda com um advogado na platéia fazendo um discurso
defensivo, mas constrangido, dizendo: “Para mim, como tem como título ‘Amor e
Sexo’, é claro que a nudez remete à sexualidade”.
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