sábado, 26 de outubro de 2013

Análise: Troca de casais pode até mesmo ser considerado algo contemporâneo, tanto na ficção quanto na vida real, mas é preciso identificar certos privilégios que geralmente colocam os homens na posição de vítimas


Não consigo entender o porquê de estarem questionando tanto Ísis Valverde, mesmo sem provas concretas, pelo fato de ela estar sendo apontada como pivô da separação de Cauã Reymond e Grazi Massafera. É um tal de depoimentos da amiga da amiga da amiga, que não quis se identificar, e do amigo do amigo do amigo que também não prova nada.

Na boa, é muito fácil para uma mídia sem comprometimento com a ética, mas, querendo agradar a assessorias com casting que se considera privilegiada, fazer capa de revista com depoimentos de fantasmas. Essa “preservação” da fonte virou baderna.
Agora, é o primeiro casal que se separa com a suspeita de outro alguém do meio estar envolvido?

Só para citar alguns exemplos:

Murilo Benício e Alessandra Negrini começaram a namorar quando gravavam a novela “Meu Bem Querer”, em 1998. Tiveram um filho. Em 1999, Murilo e Carolina Ferraz assumiram um relacionamento, após  viverem os irmãos Leonardo e Milena na novela “Por Amor”. Na época, a atriz era casada com o publicitário Mário Cohen e Murilo ainda estava com Alessandra. Em 2001, Murilo começou uma relação com Giovanna Antonelli, que era casada e se separou do marido e, três anos depois, nasceu um filho. Logo depois se separaram.

Adriana Esteves e Vladimir Brichta assumiram o relacionamento em 2002, após contracenarem em “Coração de Estudante”, depois de ela se separar de Marco Rica. Ambos tinham companheiros antes.

Troca de casais assumida pode até ser considerado algo contemporâneo, tanto na ficção quanto na vida real, mas é preciso identificar certos privilégios. Um caso mais recente e semelhante como esse caso: Paolla de Oliveira e Joaquim Lopes, que assumiram um relacionamento quando ele voltou da lua-de-mel do casamento com Taís Fersoza.

Por que a Ísis deve ser mais cobrada do que foi a Paolla? Por que nesse caso só pesa o lado feminino? Por que não cobrar também a responsabilidade masculina? Será que também nesse caso atual pesa mais a competência da assessoria de cada artista? E, afinal, alguém pode ser responsabilizado sozinho de ter conseguido realmente acabar com algo que já não estivesse dando sinais de ter chegado ao fim?




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