A faixa horária entre 19h e 19h30 na TV aberta
tornou-se um filão a ser explorado por quem realmente tiver criatividade para
oferecer um produto diferenciado e de qualidade. Quem colocou o controle remoto
em prática nessa quinta-feira (6) pode constatar a miscelânea de atrações
repetitivas e apelativas nos mais variados gêneros.
Na Globo, o “RJ-TV (jornalístico local que leva o
nome conforme a região das filiadas da emissora) e na Band, o “Jornal da Band”,
exaltavam notícias policiais como a da adolescente que matou a mãe enforcada,
com ajuda do namorado, de olho no seguro de R$ 15 mil, e o enfermeiro que
assediou sexualmente pacientes em um hospital, ambas notícias do Rio de Janeiro.
Notícias exaustivamente repetidas em todos os telejornais, mas em nenhum
trazendo um editorial de contestação contra esses e outros tipos de crimes.
Na Record, Marcelo Rezende, com sua entonação de voz cavernosa, ainda acrescentou no seu “Cidade Alerta” uma matéria com o repórter “exclusivo” acompanhando uma ação policial em São Paulo de bandidos que assaltaram uma agência bancária. Não há qualquer tipo de preocupação nas emissoras em adotar clara e corajosamente um posicionamento de contestação séria, sem apelação e sensacionalismo, e de contribuir por uma cobrança por mais segurança e pelo cumprimento das leis.
De olho na audiência, apenas divulgar, invariavelmente tom apelativo, em nada ajuda.
Enquanto isso, no mesmo horário, a Rede TV!, em mais
uma reprise da novela colombiana “Betty, a Feia”, exibia o capítulo em que Armando
declarou que Betty é importante em sua vida após ter tido uma noite de amor com
a desengonçada secretária. E o SBT apresentava
mais um episódio da série bobinha “Raven”, que conta a história da adolescente
Raven Baxter, personagem da atriz e cantora Raven-Symoné, que tem o dom de
prever o futuro.
Está aí meia hora na
grade de programação carente de mais cuidado e de uma atenção maior por
programas de mais qualidade e criatividade.Mais "Análise" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/05/analise-comediantes-como-fafy-siqueira.html