sábado, 16 de fevereiro de 2013

“Globo Repórter”: Viagem ao Vale do Loire mostra competência de toda equipe do programa e Glória Maria realizando mais uma reportagem jornalística bem apurada



A viagem pelo Vale do Loire, território histórico e palco da corte francesa no século XVI no coração da França, mostrada no “Globo Repórter” dessa sexta-feira (15), pode ser incluída entre as melhores reportagens desse gênero feitas até agora por Glória Maria e toda a equipe do programa. As belas imagens captadas com um olhar artístico pelos cinegrafistas, a riqueza de informações pesquisadas e a produção impecável merecem receber elogios pelo conjunto do competente trabalho jornalístico.
O programa passeou por castelos imponentes, por áreas que ainda servem de refúgio para a vida selvagem, como cervos, javalis e carneiros da montanha que habitam as cercanias de Chambord, pelo castelo de Ussé, construído por vikings e que inspirou o clássico do cinema “A Bela Adormecida” e, navegando pelo rio Loire, a repórter Glória Maria mostrou o castelo de Chenonceau, pertencente à rainha de Médici, que tinha Nostradamus como um de seus conselheiros.

Entre outros tantos detalhes históricos explorados pelo programa está um palácio que o rei Francisco I deu a Leonardo da Vinci com uma ligação subterrânea de contato direto com o castelo Amboise. Obras do artista estão atualmente abertas à visitação do público em um parque cultural no qual se transformou o palácio de Clos Lucé.

Definitivamente, impossível não ter ficado com uma vontade tremendamente irresistível de fazer esse roteiro. E é preciso também ressaltar o talento que Glória Maria tem para conduzir esse tipo de matéria. Glória é uma jornalista que, com o histórico profissional que tem, poderia, sim, ter a ambição de ter um programa próprio. Ela já foi chamada até de “a Oprah brasileira” nas internas das redações. Também já apresentou o “Fantástico”, o “Jornal Nacional” e o próprio “Globo Repórter”, mas o que corre nas suas veias é mesmo o sangue de jornalista, de repórter. Diferentemente de Fátima Bernardes, que parece mais preocupada em ser ela o centro das atenções de seu programa, que leva no título seu nome e sobrenome, Glória mostra interesse no que o entrevistado tem a dizer, em cavar mais e mais informações para transmitir ao público.

É claro que a comparação é injusta. Glória sempre teve fama de celebridade, era cercada por celebridades sem precisar manifestar interesse em se infiltrar no rol e receber a alcunha de artista. Acima de tudo ela é jornalista, e transmite em suas reportagens o orgulho que sente disso.