Paradoxalmente
ao título, o último episódio de “Mulheres Ricas” que foi ao ar nessa
segunda-feira (5), na Band, foi pobre, sem um pingo de glamour e deixou
transparente ter sido feito por quem não tem a mínima noção de classe. O
programa que, esperava-se, deveria ter uma edição especial para encerrar sua
primeira temporada, parece ter saído do ar à francesa. Sim, porque ter o
aniversário de Val Machiori como ponto alto para encerrar uma série é o fim da
feira em qualquer sociedade até do interior de qualquer estado do país.
Val, tão
rica, tão chique, tão fina, depois de comprar “joias” delivery de R$ 500 mil
reais vindas em caixas de papelão, usou um vestido encomendado do Cavalli, em Roma,
que, por coincidência vieram dois, na mesma cor, um para ela e outro para a
amiga. Ficaram as duas na mesma festa, usando vestidos do mesmo estilista e da
mesma cor. Aliás, a mesma grife usada pela ex-sem terra Débora. Parece que a
festa toda foi bem patrocinada, não? Não bastasse, Val teve que ensinar aos
garçons como servir o champanhe. Hello! Cadê a mestre de cerimônias?
“Mulheres
Ricas” não foi um sucesso no Ibope. Mas foi um programa que rendeu muitos
comentários nas redes sociais na internet. Então, merecia um tratamento melhor
no encerramento. Terminar com uma festa de aniversário de Val onde só se viam
figurantes, não tinha um representante da sociedade paulistana, carioca ou seja
lá de onde fosse, foi degradante. Nem Narcisa foi. Claro, ela está acostumada
com festas de gente realmente rica e famosa. E a única representante carioca no
programa da emissora paulista deu sua dica ao mandar de presente para Val uma
bolsa para champanhe de plástico. Merecidíssima!
No mais,
depois dos “Ai, que loucura!” e “Ai, que absurdo”, Narcisa conseguiu incluir
novas interjeições no seu dicionário narcísico, como “Ai, que badalo!”, “Ai,
que delicia!” e até um “Eike Batista!”. Val até tentou concorrer com o seu
“Hello”, mas, diferente de Narcisa, ela ainda tem um longo caminho a percorrer
até conseguir ser autêntica ao fazer dela mesma uma personagem. Tudo em Val, ou
Valdirene, soava falso.
Lydia fez
a linha discreta, mas no fundo louca para se mostrar, e, de quebra, ainda
aproveitou para promover a própria filha diante das câmeras. Brunete fez a
linha “mulher solteira procura”. Ignorou ou não entendeu as muitas indiretas
irônicas e sarcásticas de Val e seguiu sua vida feliz, purpurinada e solitária.
A direção
da Band já sinalizou com o interesse de produzir uma nova temporada para ser
exibida em 2013 com o mesmo elenco. Só que, Narcisa já avisou que só participa
se for gravada toda em Nova York. E Débora deu uma boa desculpa para cair fora:
diz que está negociando com duas emissoras para apresentar um projeto seu de um
programa sobre carros. Bizarro por bizarro, não seria o caso de a Band pensar
numa versão masculina e fazer um “Homens Ricos”? Bom, é claro que um Eike
Batista não se prestaria a um papel desses...