terça-feira, 6 de março de 2012

“Mulheres Ricas”: Programa da Band termina sem glamour e com participantes sem a mínima noção do que é ter classe



Paradoxalmente ao título, o último episódio de “Mulheres Ricas” que foi ao ar nessa segunda-feira (5), na Band, foi pobre, sem um pingo de glamour e deixou transparente ter sido feito por quem não tem a mínima noção de classe. O programa que, esperava-se, deveria ter uma edição especial para encerrar sua primeira temporada, parece ter saído do ar à francesa. Sim, porque ter o aniversário de Val Machiori como ponto alto para encerrar uma série é o fim da feira em qualquer sociedade até do interior de qualquer estado do país.

Val, tão rica, tão chique, tão fina, depois de comprar “joias” delivery de R$ 500 mil reais vindas em caixas de papelão, usou um vestido encomendado do Cavalli, em Roma, que, por coincidência vieram dois, na mesma cor, um para ela e outro para a amiga. Ficaram as duas na mesma festa, usando vestidos do mesmo estilista e da mesma cor. Aliás, a mesma grife usada pela ex-sem terra Débora. Parece que a festa toda foi bem patrocinada, não? Não bastasse, Val teve que ensinar aos garçons como servir o champanhe. Hello! Cadê a mestre de cerimônias?

“Mulheres Ricas” não foi um sucesso no Ibope. Mas foi um programa que rendeu muitos comentários nas redes sociais na internet. Então, merecia um tratamento melhor no encerramento. Terminar com uma festa de aniversário de Val onde só se viam figurantes, não tinha um representante da sociedade paulistana, carioca ou seja lá de onde fosse, foi degradante. Nem Narcisa foi. Claro, ela está acostumada com festas de gente realmente rica e famosa. E a única representante carioca no programa da emissora paulista deu sua dica ao mandar de presente para Val uma bolsa para champanhe de plástico. Merecidíssima!

No mais, depois dos “Ai, que loucura!” e “Ai, que absurdo”, Narcisa conseguiu incluir novas interjeições no seu dicionário narcísico, como “Ai, que badalo!”, “Ai, que delicia!” e até um “Eike Batista!”. Val até tentou concorrer com o seu “Hello”, mas, diferente de Narcisa, ela ainda tem um longo caminho a percorrer até conseguir ser autêntica ao fazer dela mesma uma personagem. Tudo em Val, ou Valdirene, soava falso.

Lydia fez a linha discreta, mas no fundo louca para se mostrar, e, de quebra, ainda aproveitou para promover a própria filha diante das câmeras. Brunete fez a linha “mulher solteira procura”. Ignorou ou não entendeu as muitas indiretas irônicas e sarcásticas de Val e seguiu sua vida feliz, purpurinada e solitária.

A direção da Band já sinalizou com o interesse de produzir uma nova temporada para ser exibida em 2013 com o mesmo elenco. Só que, Narcisa já avisou que só participa se for gravada toda em Nova York. E Débora deu uma boa desculpa para cair fora: diz que está negociando com duas emissoras para apresentar um projeto seu de um programa sobre carros. Bizarro por bizarro, não seria o caso de a Band pensar numa versão masculina e fazer um “Homens Ricos”? Bom, é claro que um Eike Batista não se prestaria a um papel desses...