Não é
preciso nem esperar a final para se chegar à conclusão de que o ponto alto
desse “Big Brother Brasil 12” foi a total falta de respeito não só com os
participantes como também com a opinião pública. E não falo que o único
responsável seja Boninho, diretor geral do programa, pois acima dele há pessoas
mais importantes que também devem estar de olho no que acontece em sua empresa.
Se Boninho faz e acontece, alguém está dando poder a ele para tal. E assinando
embaixo de suas decisões.
A
primeira grande derrapada do “BBB 12” foi o caso Daniel. Acusado de um provável
estupro contra Monique, ele foi expulso da casa na primeira semana do programa
antes que houvesse qualquer comprovação. Excluso durante mais de dois meses, o
modelo só voltou a se expor depois que Monique saiu da casa, eximiu Daniel de
qualquer acusação e o inquérito foi arquivado. A opinião pública questionou:
“Por que apenas ele foi afastado? Por que não retiraram Monique também?”. A
pergunta foi ignorada até mesmo depois que a inocência de Daniel foi
comprovada.
Num
reality show no qual a principal propaganda é dizer que quem decide é o
público, os telespectadores continuam sendo ignorados. Mais uma vez voltou a
acontecer na última prova do líder, em que o favorecimento a Fabiana foi visto,
provado e comprovado na internet. Coincidentemente, alguns dias após Boninho
ter tecido elogios à participante, ela ganha liderança e vai para a final em
uma prova que consistia em um jogo de perguntas, em que era preciso bater na
campainha para acender primeiro a luz para responder à pergunta.
A
primeira falcatrua foi quando Fabiana bateu na mesa, e não na campainha, e a
campainha acendeu, enquanto Jonas e Fael, que bateram na campainha, não tiveram
suas luzes acesas. Se fosse válido bater apenas na mesa, deveriam ter avisado a
todos. Sem falar que os lugares que eles ocuparam foram estipulados pela
produção, "por ordem alfabética", como orientou Bial. Ou seja, seria
mais fácil controlar a luz de cada bancada. Fora ela ter sido privilegiada com
um tempo acima do estipulado para responder uma questão, etc e tal.
Agora não
adianta mais reclamar. A decisão ficou entre o escroto e o esfarrapado. Quem
vai ganhar? Aquele que se diz veterinário e é contra a castração de gatos e
ganha dinheiro à custa dos maus tratos dos bichos em rodeios, ou a
garota-propaganda que mais parecia uma garota de programa e tentou
desestabilizar a todos com suas cantorias e rebolados inconvenientes?
Sinceramente, para mim pouco importa quem vai ganhar. Um programa que se
autodenomina reality show e ignora a opinião do público que lhe dá audiência na
vida real não merece a menor atenção.