Confesso que me surpreendeu a sutil mudança que vi
ter se operado em “Amor e Sexo” na edição dessa quinta-feira (8), um mês após
ter comentado aqui
sobre como o programa parecia uma brincadeira boba promovida apenas para que
Fernanda Lima brilhasse como a estrela central, exibindo sua boa forma e sempre
se sobrepondo mais a seus convidados.
Quando opinei que a atração com essa temática
merecia ser tratada e explorada de forma também educativa e com um pouco de
seriedade, houve quem dissesse que por ser um programa que fala para adulto não
cabe nele qualquer tipo de orientações. O que para mim ainda hoje são, sim,
importantes para todo tipo de público.
Mas, enfim, voltando ao programa dessa quinta-feira
(8), o jurado era formado pelo rabino Sergio Margulies, o padre Alessandro
Campos e o reverendo Marcos Amaral, todos julgando as respostas dadas por
Daniel Boaventura sobre temas relacionados à homossexualidade. Segundo
Fernanda, falando a todos os sacerdotes “antenadíssimos”: “É impossível falar
de amor e sexo sem discutir os limites da moral e da ética, da culpa e do
prazer”, sentenciou a apresentadora. E dentro desse limite há sim que se travar
uma discussão sobre desde como são feitos os bebês até as orientações sobre a
importância do uso da camisinha.
Tratar esse tipo de programa como se fosse apenas
uma quermesse festiva é de muita irresponsabilidade.
Descontração sim; alienação e descomprometimento com
a realidade que vivemos e com educação, nunca.
Desde quando o debate precisa da ausência de
profissionais para ser franco?
Total incongruência... Tomara que continue
evoluindo. A despeito daqueles pseudo mais avançadinhos que ainda acham que é
moderninho para todos relacionar tudo à milenar Kama Sutra...