sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

“Amor e Sexo”: Felizmente, após um mês no ar, o programa percebeu que a "quermesse" pode ser festiva e também educativa


Confesso que me surpreendeu a sutil mudança que vi ter se operado em “Amor e Sexo” na edição dessa quinta-feira (8), um mês após ter comentado aqui sobre como o programa parecia uma brincadeira boba promovida apenas para que Fernanda Lima brilhasse como a estrela central, exibindo sua boa forma e sempre se sobrepondo mais a seus convidados.

Quando opinei que a atração com essa temática merecia ser tratada e explorada de forma também educativa e com um pouco de seriedade, houve quem dissesse que por ser um programa que fala para adulto não cabe nele qualquer tipo de orientações. O que para mim ainda hoje são, sim, importantes para todo tipo de público.

Mas, enfim, voltando ao programa dessa quinta-feira (8), o jurado era formado pelo rabino Sergio Margulies, o padre Alessandro Campos e o reverendo Marcos Amaral, todos julgando as respostas dadas por Daniel Boaventura sobre temas relacionados à homossexualidade. Segundo Fernanda, falando a todos os sacerdotes “antenadíssimos”: “É impossível falar de amor e sexo sem discutir os limites da moral e da ética, da culpa e do prazer”, sentenciou a apresentadora. E dentro desse limite há sim que se travar uma discussão sobre desde como são feitos os bebês até as orientações sobre a importância do uso da camisinha.

Tratar esse tipo de programa como se fosse apenas uma quermesse festiva é de muita irresponsabilidade. 
Descontração sim; alienação e descomprometimento com a realidade que vivemos e com educação, nunca.
Desde quando o debate precisa da ausência de profissionais para ser franco?
Total incongruência... Tomara que continue evoluindo. A despeito daqueles pseudo mais avançadinhos que ainda acham que é moderninho para todos relacionar tudo à milenar Kama Sutra...