Não chegou a ser uma grande surpresa a eliminação de
Ana Luiza do “MasterChef Brasil”, no programa que foi ao ar na terça-feira (4)
na Band e nessa sexta-feira (7) no Discovery Channel. Na verdade, era o
esperado desde que há mais de um mês foi amplamente divulgado em todas as
mídias que a participante sairia por ter infringido a regra que não permite a
entrada de quem já tenha trabalhado profissionalmente. Ana Luiza até tentou se
defender nas redes sociais dizendo nunca ter entrado em uma cozinha
profissional, mas em nenhum momento negou já ter trabalhado em um bufê. Estaria
ela dizendo que havia pouco profissionalismo naquele ambiente de trabalho?
Impossível comprovar se a participante mentiu assim
como se houve uma tentativa de ocultar o descuido no critério de pesquisa sobre
o currículo dos candidatos aprovados. Mas ficou claro que houve, sim, um clima
totalmente diferenciado do habitual visto em eliminações anteriores. Para
começar, Ana Paula Padrão sempre se retirou da cozinha após os jurados terem
destacados os melhores da Prova de Eliminação e deixado apenas os três ou dois
que ficariam na berlinda. Dessa vez a apresentadora saiu para esperar o
eliminado lá fora enquanto ainda estavam os seis cozinheiros da prova na
cozinha, sem nenhum saber quem tinha se livrado da eliminação. O comportamento de
Ana Luiza também chamou a atenção durante as duas provas da noite, aquela forma
desligada parecia muito mais de preocupação, e quando ela não segurou as
lágrimas ficou mais evidente que já sabia o que estava por vir. Parecia tudo
tão programado que até mesmo o discurso para anunciar a eliminada, feito pelo
chef Henrique Fogaça, foi mais rebuscado e filosófico. Superado apenas pelo
comentário sincero de Leonardo em seu insert gravado: “Ela é tão boa, tão
maravilhosa... Uma pena que ela saiu...”, ironizou o participante, com um
sorriso malicioso.
No mais, quem protagonizou o episódio foi Deborah. Durante
a primeira prova ela levou uma alfinetada de Michelle: “Tem gente que talvez
não tenha humildade para ser julgado, então, definitivamente, o lugar dela não
é o ‘MasterChef’”, disse a paranaense de Palhoça, referindo-se à carioca. Mas
não deixou barato as críticas sobre sua sopa de cenoura com gengibre que,
segundo Fogaça, estava salgada. “Acho um equívoco, acho que ele tá maluco”,
disse ela na inserção. Mas a investidora foi para as redes sociais questionar a
edição do programa que, segunda ela, não mostrou o que realmente aconteceu. Na
internet, Deborah explicou que aquela sua fala se referia ao fato de os jurados
terem dito que não se fazia galinha d’Angola com palmito pupunha: “É uma
receita do Alex Atala”, garantiu a cozinheira amadora. Ou seja, ficou o dito
pelo editado.
Correndo por fora continua Valter, que a edição mais
uma vez não deixou claro o que ele quis dizer quando reclamou: “Quando vou
buscar meus pratos, percebo que a ‘raça do mal’ já pegou os pratos”. Quem é a
pessoa que ele chama de ‘raça do mal’? E tem ainda Mirian, que por mais que
tenha mudado radicalmente sua postura, continua sendo chamada de “briguenta”
por Fogaça. É bom para o programa ter alguém que crie confusão. Não é o caso de
Vitor B., que está parecendo mais um bibelô. Quando ele não corta o dedo, nem
chama os bombeiros, não mostra muito a que veio como cozinheiro.
A decepção da noite foi Fabrizio que, ao formar um trio com Mirian e Victor na primeira prova, não conseguia nem fazer um molho de ervas. Teve que ser orientado em tudo pelo Victor, que o ensinou até a fazer a salada com pimentão. E na hora da avaliação dos jurados, além de criticar o salmão feito pelo Victor, Fabrizio teve a cara de pau de dizer que sua salada tinha sido criação autoral. Ainda bem que, quando estavam subindo para o mezanino, Victor não deixou barato e afirmou, cumprimentando o colega: “Parabéns pelo ‘seu’ prato”. Ficou muito feio para o baiano.
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