Humberto Carrão, com seus vinte e poucos anos, vem
mostrando que um ator de sua geração pode ter potencial para ser muito mais do
que apenas o mocinho da história. Sem, aparentemente, ambicionar o papel de
galã, o ator tem dado mostras de que tem potencial para incorporar as nuances
tanto do bonzinho quanto do vilão, como vem mostrando como o ambicioso e cruel Fabinho
de “Sangue Bom”, novela das sete da Rede Globo. Nas cenas do capítulo dessa
terça-feira (6), após se ludibriado no exame de DNA que lhe tirou o direito à
herança de seu pai biológico, o ator correspondeu plenamente à plasticidade
dada à sequência, feita no alto de um prédio, em que ele se desesperava,
beirando à tentativa do suicídio.
Como diz o Tio Lili, interpretado por Edwin Luigi,
Carrão está “todo trabalhado no ódio”. E não é um trabalho fácil para um ator
que acabou de fazer um boa praça, como foi o Elano, co-protagonista que fez ano
passado em “Cheias de Charme”. Saiu do mocinho para o vilão com competência,
diferente de outros de sua geração que variam do romântico para o sedutor, com
poucas nuances que distanciem um personagem do outro. Ele está sabendo agarrar a oportunidade de
mostrar que pode ser mais do que o mocinho da história ao defender um vilão humanamente
sentimental e cruelmente amargurado.
Mais "Sangue Bom" em:
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