Não chegou a ser uma surpresa a eliminação de Nayane
no “MasterChef Brasil” que foi ao ar na terça-feira (23) na Band e nessa
sexta-feira (26) no Discovery Channel. Não apenas porque a notícia de sua saída
havia vasado na web na semana anterior, mas porque a advogada de Brasília
realmente não chegou a ter uma performance que a colocasse entre os mais fortes
da competição. Podia até não ser uma das piores, mas era estranho o tratamento
diferenciado que sempre recebeu dos três chefs, Paola Carosella, Érick Jacquin
e Henrique Fogaça. Mesmo quando recebia críticas por ter errado a mão na
receita, as broncas soavam mais como apenas um puxão de orelha que os filhos
recebem dos pais, sabendo que não serão castigados de verdade. Talvez seu jeito
de menina tenha conquistado a todos, inclusive os demais competidores. Só que a
competição não é de simpatia nem de carisma, é de culinária.
Nayane se deu bem
muitas vezes, escapando das Provas de Eliminação por fazer parte dos times
vencedores nos desafios em equipe. Em grupo mostrou que é participativa. Mas individualmente
não mostrava segurança e cometeu erros imperdoáveis em um “MasterChef”, como
servir uma quiche de sardinha enlatada com massa crua na semana passada. Nessa,
a falha crucial que levou à sua eliminação foi servir tomates com gosto amargo
porque haviam queimado no cozimento, na prova em que o desafio era transformar
drinks em pratos. Ela pediu e ganhou a chance de fazer uma versão sólida do
Blood Mary, e no mercado não sabia nem qual era o tomate italiano. Para piorar,
ao ver que havia queimado, colocou açúcar para tentar disfarçar o amargo e
serviu o talo. Ou seja, não tinha como ser salva pelos jurados mais uma vez.
Na verdade, o histórico de Nayane foi duvidoso desde
a estreia, quando ela foi a única a não ser vista entre os 75 que disputava o
avental para entrar no programa. Até hoje o público não sabe qual foi o primeiro
prato individual que Nayane preparou para os três chefs. A jovem apareceu já
entre os 40 primeiros selecionados. E na prova para ficar entre os 20 que
realmente ficariam na cozinha ela não foi aprovada. Só conseguiu voltar graças
a uma repescagem entre os três menos piores. Só falta agora ter a mesma “sorte”
e retornar mais uma vez na nova repescagem que terá no próximo episódio.
Além da eliminação, um dos pontos alto do episódio doze foi a bronca que Paola Carosella deu em Mirian na Prova da Caixa Misteriosa em que o ingrediente era ouriço do mar. Ao utilizar a carcaça como suporte do ouriço com creme de ovos, a dentista teve a infeliz ideia de forrar a mesma com papel para evitar que sua água molhasse o prato. Ao virar a carcaça, a chef argentina ficou indignada: “Isso é nojento! Eu nunca usei essa palavra no MasterChef, mas isso (o papel) não é comida, então eu posso falar”, afirmou Paola. O constrangimento foi geral, tanto para Mirian quanto para os demais cozinheiros, que ficaram visivelmente chocados. Mas, apesar de toda a antipatia que a dentista vem despertando em todos, a forma como a chef argentina se expressou foi contraditória, afinal a primeira coisa que ela falou quando viu o prato com o ouriço com molho de ovos sobre a carcaça foi: “Parece uma barata! Você nunca esmagou uma barata? Sai um creme branco de dentro que é assim e as patinhas ficam desse jeito”, comparou Paola, fazendo cara de nojo e imitando o inseto morto com os braços curvados para os lados. Ora, comparar comida com uma barata morta é tão, ou mais, repugnante do que usar a palavra “nojento” para definir o papel usado indevidamente no prato. A não ser que a chef argentina já tenha comido barata amassada, com aquele “creme branco” que sai de dentro...
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