segunda-feira, 19 de outubro de 2015

“A Fazenda 8”: Mara Maravilha mostra em reality show rural que o trash da ficção dá tanto audiência quanto o da vida real


Mara Maravilha tem sido sem a menor sombra de dúvida a participante mais polêmica de todas as edições de “A Fazenda”, reality rural da Rede Record que está em sua oitava temporada. Em termos de arrumar confusão e, consequentemente ibope, a apresentadora e cantora gospel tem superado até mesmo o conturbado ator Theo Becker, que teve uma participação marcante na estreia do programa, em 2009, quando quase enlouqueceu todo mundo e acabou sendo o terceiro eliminado. Não é o que deve acontecer com Mara, já que é notório o alcance de seus fãs clubes, que abrigam milhares de seguidores, e quem decide quem leva os R$ 2 milhões de prêmio da disputa é o público através de votos na internet ou por SMS.

É bem verdade que a apresentadora tem revelado um comportamento pouco linear, passando da euforia ao choro, de atitudes agressivas ou defensivas ao arrependimento. Mara já fez xixi na grama na frente dos outros peões e se secou com o próprio casaco que estava vestindo, cantou musiquinhas em tom de criança como nos velhos tempos de apresentadora de programa infantil em momentos inadequados, apenas para provocar e provocou de forma voluntária várias punições que atingiram todos os participantes, como corte do fornecimento de gás e de água, o que além de causar privações ainda acarretou mais trabalho a todos.

Não foi à toa que, no auge do estresse, a nadadora Rebeca Gusmão teve um ataque de fúria e, depois de já ter escondido as fotos de familiares e amigos da apresentadora, desmontou sua cama e jogou lixo sobre suas roupas. A atitude de Rebeca, mesmo tendo sido apoiada e até incentivada por outros peões, já está sendo motivo de uma ação que está sendo estudada pelos advogados de Mara.

Mas, por mais que se trate a atração como trash, acontece que são os atos extremos de Mara que têm rendido algum ibope à emissora. Ou seja, há audiência, sim, para esse tipo de produto. Basta ver o “Big Brother Brasil”, da Rede Globo. Lá também se aposta sempre nos anônimos mais polêmicos. Talvez por isso não façam um “BBB” com celebridades da casa. Vai que não sobrem muitos mocinhos e mocinhas para as novelas...

E aí a questão deixa de ser se falta qualidade ou não na televisão brasileira e começa a ser por que existe público para qualquer coisa que se apresente, independentemente de ser ficção ou vida real. Basta dar uma zapeada pelos telejornais. Mara Maravilha revoluciona em reality show rural e prova que o trash na ficção dá tanto audiência quanto o da vida real.

Mais Mara Maravilha em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/04/programa-silvio-santos-de-olho-em-um.html

http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2012/02/muito-mara-maravilha-deixa-adriane.html