Pedro Bial não desiste da tentativa de se
auto-comparar com Chacrinha. E foi em mais uma tentativa de copiar Abelardo
Barbosa, autor da célebre frase "Em televisão nada se cria, tudo se
copia”, que o jornalista inaugurou mais uma temporada do seu “Na Moral” nessa
quinta-feira (3), na Rede Globo. Vestindo uma camisa branca com estampas de
abacaxis em azul, numa referência ao Troféu Abacaxi que o Velho Guerreiro
distribuía em seus programas, Bial ensaiava uns passinhos ao som de uma
marchinha - no pior estilo Fátima Bernardes tentando parecer descontraída dançando
no seu “Encontro” - enquanto algumas bailarinas com maiôs coloridos reluzentes rebolavam
meio sem entender se estavam no “Big Brother” ou no “Domingão do Faustão”. Constrangedor.
A pauta da noite também nada tinha de novo. Jeitinho
brasileiro? Origem da feijoada? Falta de pontualidade? Muito do mesmo sendo
repetido sem buscar um ângulo diferente daquele que já foi exaustivamente
explorado em matérias ao longo de anos. Os convidados da noite, o ator Tony
Ramos, o chef Claude Troigros, o cientista político Alberto Carlos Almeida e o
economista Eduardo Giannetti, não tiveram tempo de fazer a diferença. Eram
sempre interrompidos por Bial, que recorria ao percussionista Pretinho da
Serrinha em momentos em que tinha a deixa para desenvolver melhor o assunto,
como quando Tony Ramos levantou a bola das “barbáries” da informalidade.
E o que era aquela consultora de relações
internacionais com um arco na cabeça cheio de penas de arara azul, cachos de
uva e outros enfeites tropicais? Fez lembrar aquelas caixas do supermercado
Extra, que faz suas funcionárias usarem acessórios conforme as datas festivas:
orelhas de coelho na Páscoa, coroa de princesa no dia das crianças, gorro de
Papai Noel no Natal... Totalmente desnecessária também a participação das modelos
Ellen Jabour e Carol Nakamura fazendo discurso contra a imagem vendida da sensualidade
da mulher brasileira, estando ambas usando vestidos justíssimos e decotes
acentuados na maior linha “vestida para matar”.
Para completar, no meio de um “debate” sobre bundas,
Bial, de repente, fica sério e ao citar os protestos que aconteceram no país diz: “Sou jornalista da Globo, não bate em mim, não”. Gracinha totalmente sem
graça para introduzir um assunto sério e que nem foi desenvolvido.
Mais "Na Moral" em:
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E leia também entrevistas de TV em:
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