domingo, 24 de maio de 2015

“Caldeirão do Huck”: Quadro faz mutirão para salvar Espaço Cultural e alerta autoridades para importância de apoiar iniciativas artísticas e educacionais



“Espero que a prefeitura de Rio Bonito, os empresários de Rio Bonito entendam a importância disso aqui!”. A frase de Luciano Huck no “Um Por Todos, Todos Por Um”, do “Caldeirão do Huck”, exibido nesse sábado (23), da Rede Globo, em que foi mostrado o Espaço Cultural Lona na Lua, em Rio Bonito, foi uma atitude que evidenciou um posicionamento político raras vezes manifestado pelo apresentador. O quadro mostrou a história do ator Zeca Morais, 29 anos, de um município na região metropolitana do Rio de Janeiro e que em 2006 participou de um concurso no mesmo programa para ganhar um papel em “Malhação”. Chegou à final, perdeu para Caio Castro, mas não desanimou: aproveitou seus 5 minutos de fama para criar um projeto cultural mambembe em sua cidade, Rio Bonito, que recebe crianças e jovens de todas as classes sociais em um espaço com oficinas de teatro, dança, música, circo...

Como um projeto pode começar a tomar forma a partir de um sonho, mas não se sustenta apenas por fantasias, Zeca teve que, mais uma vez, recorrer à própria sorte e enviar mais uma carta para o programa. Sendo “sorteado”, Luciano Huck, além da reforma de todo o Espaço Cultural Lona na Lua, ainda promoveu um encontro de Zeca com Muhammad Yunus, vencedor do Nobel da Paz em 2006 por suas iniciativas ajudando os necessitados mundo afora. E Yunus veio valorizar ainda mais o quadro com sua teoria dos Três Zeros a ser seguida em todo o mundo: zero pobreza, zero desemprego e zero emissão de CO2, para evitar o aquecimento global.

Mais uma vez foi bonito ver a união das pessoas no mutirão de reforma, ampliação e melhoramento do Lona na Lua, justificando o título “Um Por Todos E Todos Por Um”. Mas o que ficou mesmo foi mais um exemplo de que em qualquer lugar há, sim, pessoas com sede de cultura e com vontade de se doar em prol de projetos que não fazem parte apenas do sonho de seu idealizador, como pode ser fonte de realização de muitos que acabam achando que não tem nem o direito de sonhar. E, infelizmente, ainda são poucos que conseguem a sorte de serem sorteados em um programa de televisão para, literalmente, sair da lona. A maioria acaba ficando no meio do caminho, não por falta de vontade, mas por pura falta de incentivo e descaso daqueles que deveriam ser os primeiros provedores de iniciativas culturais e educacionais de uma forma geral.


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