Venho adiando falar sobre as mudanças no formato do “Jornal
Nacional”, que vêm se ensaiando desde o fim do mês passado, abril, apenas dando
um pitaco aqui outro ali, por achar que era apenas uma questão de ajuste. Ok! Mas
hoje, ao ver uma falha inacreditável e crucial naquele que é considerado o
principal telejornal brasileiro, não pude adiar.
A falha em questão: o “JN” não apenas faz uma
reportagem que não corresponde à importância do ator Elias Gleizer em sua
trajetória como ainda erra nas datas de seu nascimento e morte. Culpa de quem?
Com certeza a chefia vai buscar um bode expiatório entre quem está lá atrás da
coxia. Afinal, a “chefia” está muito mais preocupada com sua imagem diante das
câmeras, não?
Esse detalhe que, com certeza, vai respingar em
algum digitador ou alguém lá da switches, é apenas uma consequência de uma
visão megalomaníaca claramente adotada de se transformar um telejornal
tradicional, que faz parte da história da televisão brasileira, num telejornal
de entretenimento. Acabou o comprometimento com o jornalismo.
E aí vão
esquecer falhas muito piores cometidas com quem está na linha de frente. Não
causou apenas surpresa como continua causando desconforto, os apresentadores do
“JN” se levantarem e saírem de cena no fim do telejornal, num desrespeito a
quem está em casa os assistindo. Não pensaram nisso, não? Quem tem que se
levantar do sofá e sair da sala são os telespectadores, não os apresentadores. Estão se preocupando muito com a encenação diante das câmeras e se esquecendo de cuidar do conteúdo.
Mas, vamos deixar esse assunto para outros comentários...