Os realizadores do “MasterChef” prometeram ser muito
mais rigorosos nessa segunda temporada da competição culinária que estreou na
Band nessa terça-feira (19), mas o que se viu mesmo foram avaliações com
pitadas de humor e uma boa dose de emoção do time de jurados, mais uma vez
formado pelo francês Erick Jacquin, o brasileiro Henrique Fogaça e a argentina
Paola Carosella, todos chefs de renome e donos de restaurantes aqui no Brasil.
Até mesmo a jornalista Ana Paula Padrão, que continua à frente da apresentação,
pareceu mais carinhosa com os participantes nessa primeira prova.
Foram mais de três mil inscritos em todo o país, das
mais diversas profissões, para a seleção de 75, que começaram a serem peneirados
até se chegar ao grupo de 18 que disputarão o título de MasterChef Brasil. Na
primeira fase, o desafio é preparar um prato com ingredientes trazidos pelos
próprios participantes e finalizado diante do júri. No primeiro dia de prova que
foi ao ar deu para sentir que essa seleção traz alguns concorrentes com mais qualificação,
ou que se prepararam melhor baseando-se no que viram na edição do ano passado. Claro
que é preciso ter aquelas figuras cômicas, meio bizarras, como foi o caso da
mineirinha que fez um hambúrguer monstruoso e visivelmente indigesto. “Em Minas
a gente faz tudo com fartura”, tentava se justificar ela.
Enquanto Paola, sempre tentando aparentar a boazinha,
esculachava os mais fracos com um sorrisinho irônico, Jacquin, foi o mais rígido
nas avaliações, embora tenha tido seu momento de gracinha parando para fotografar
com o celular um prato de sarapatel. E Fogaça, fazendo cara de mau enquanto
estava sentado, ao se aproximar da bancada para experimentar os pratos era o
que mais tentava acalmar os aspirantes a cozinheiros. No final, todos foram
unânimes na emoção ao aprovar uma menina de 18 anos, que precisou da aprovação
da mãe para receber o avental do Sim e continuar na competição.
Já Ana Paula Padrão precisa dar uma repaginada
urgente no figurino. Dos dois vestidos usados na estreia, um parecia feito para
uma boneca Barbie emergente, e o outro, estampado e com babados, vestiria bem
uma Maria do Bairro em dia de festa. Sem falar nos sapatos de plataforma,
pesados, deselegantes. E olha que a Paola ainda debochou do vestido de uma
participante. Deveria olhar primeiro para o da apresentadora. Mas Ana Paula se
saiu bem em suas intervenções com os aprovados, como foi no caso do diálogo com
a jovem que nasceu sem a mão direita e ela perguntou com naturalidade como
seria cozinhar assim. “Tem gente que se atrapalha com duas mãos, eu só tenho
uma, é mais fácil de administrar”, respondeu a participante, sorrindo.