quinta-feira, 3 de agosto de 2017

“MasterChef Brasil”: Deborah é salva, com alho queimado, enquanto Leo é eliminado mesmo sem erro grave em seu prato


A despedida de Leonardo do “MasterChef Brasil” nessa terça-feira (1), na Band, dividiu opiniões na web, enquanto alguns comemoraram, como já haviam feito na saída de Miriam semana passada, outros acharam a eliminação injusta, por considera-lo o cozinheiro mais estudioso e preparado da competição. Talvez Leo não tenha tido sorte por ir para a Prova de Eliminação justamente com Deborah, que além de ser uma concorrente forte ainda vem contando com certo favoritismo por parte dos jurados. Principalmente de Érick Jacquin, que é sempre flagrado tecendo elogios à carioca durante suas conversas com Henrique Fogaça e Paola Carosella. Não foi diferente na hora de escolher entre o prato de Deborah ou o de Leo: enquanto a chef argentina achou a rã de Leo perfeita, o chef francês votou no da investidora. E Fogaça desempatou, sem explicar qual seu critério.

Curiosamente, foi justamente Jacquin que abriu as portas de seu restaurante para Leonardo, a exemplo de Paola, que ofereceu trabalho para Vitor B. na eliminação do pagodeiro. Terá sido peso na consciência? Afinal, ficou claro que o chef francês ajudou Deborah nas três etapas da Prova de Eliminação. Logo na primeira, ele foi até a bancada dela dar a “dica” de como cortar o animal na parte correta. Mesmo assim ela errou ao fritar e serviu uma empanada pálida, com tomates de acompanhamento. No segundo round, quando Deborah resolveu fazer à provençal com aspargos e creme de limão, percebendo que ela iria para a terceira etapa porque de novo a rã estava pálida, o chef francês falou claramente: “A gente já deu a dica, criticou, ela (a própria Deborah) ficou em segundo lugar, ela irá fazer de novo o prato que fez, certo e gostoso. É bom ir por um caminho que a gente conhece”.

Houve outras indicações de que já havia uma predisposição de defender Deborah em um embate dela com Leo. Como na hora em que os três jurados avaliaram juntos os três pratos e Jacquin exaltou o prato da carioca dizendo: “O limão levantou o prato!”. Como assim? Entrou totalmente em contradição, pois na vez do primeiro prato de Leo, que fez aïoli, cogumelo e raspas de limão siciliano, Jacquin já começou a avaliação derrubando: “Eu não acho que limão combina com rã”. No segundo prato de Leo, que fez rã empanada de novo para corrigir a textura da crosta, Fogaça fazer cara feia para o tomate como acompanhamento. Por que no prato anterior da Deborah, que fez o mesmo, o tomate dela “dava suculência e servia como molho”? Ainda no segundo round, mesmo sabendo que eram apenas 20 minutos de preparo, Jacquin ficou na bancada de Leo fazendo várias perguntas. Michele e Victor vendo que o participante estava ficando tenso com a intervenção do jurado pediam do mezanino para ele não parar de cozinhar enquanto respondia. Diferente de Paola, que foi rápida e não atrapalhou Deborah: “Não vou demorar, qual é a receita?”, quis saber a chef.

Já no terceiro round, aproveitando o conselho que Jacquin lhe deu no segundo, Deborah resolveu repetir sua receita anterior para corrigir os erros a partir das críticas feitas pelos chefs. O francês mais uma vez tenta desestabilizar Leo reclamando que ele “também” iria fazer uma rã à provençal: “Vamos ver qual é a melhor agora”. E a carioca ainda recebe toques de Victor, que repete para ela os comentários feitos pelos jurados que ele ouve do mezanino. Mesmo assim, o estudante faz três ingredientes em 13 minutos e Paola diz que está tudo correto. Deborah consegue acertar o ponto de fritura, mas serve com um molho de manteiga com alho queimado. Desde quando molho é acompanhamento? E com o alho aparecendo visivelmente preto! Nem precisava provar para saber que tinha gosto amargo. Para piorar seu julgamento tendencioso, e na falta de erros para apontar, Jacquin diz que o outro prato é que estava “morto”?

Como disse a Ana Paula Padrão ao se despedir do eliminado: “Dá uma raiva isso aqui ser um jogo”. Concordo com a apresentadora. Mas dá mais raiva ainda é ver que os julgamentos dos jurados não são tão imparciais como eles tentam garantir que são. O paladar não é o ingrediente principal na avaliação do prato, o gosto pessoal que cada chef tem individualmente pelos participantes é um ingrediente que também pesa muito no julgamento e na decisão final.


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