quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

“MasterChef Júnior”: Competição culinária mirim chega ao fim com decisão justa e o pai do campeão tentando roubar a cena


A final do “MasterChef Júnior”, versão mirim da competição de culinária que foi ao ar nessa terça-feira (15), não chegou a surpreender ao anunciar como grande vencedor o pequeno Lorenzo, de 13 anos. O garoto foi um dos que manteve uma postura mais madura e equilibrada ao longo de toda essa primeira temporada, na qual participaram 20 crianças. Como bem disse a Paola Carosella, que fez parte do jurado formado por chefs de cozinha ao lado de Erick Jacquin e Henrique Fogaça, desde o começo Lorenzo sempre acatar críticas, quando as recebeu, transformando-as em ensinamentos para não repetir as mesmas falhas nas provas seguintes. E na disputa final ao lado de Lívia, de 12 anos, o seu cardápio foi, sem dúvida, o melhor realizado.

A timidez de Lorenzo foi perceptível logo no primeiro episódio, assim como seu talento para a cozinha, talvez herança de família, já que é sobrinho do conhecido chef Roberto Ravioli, dono de restaurantes e que já participou de programas na televisão, como o “Mais Você”, da Rede Globo. Já seu pai, Franco, também cozinheiro, assim como tinha feito na estreia do programa, na final, de novo, enquanto assistia do mezanino, quase desandou a participação do próprio filho com seu comportamento inconveniente e destemperado. A impressão foi de que ele queria aparecer mais do que as crianças. Até mesmo Jacquin avisou que ele estava atrapalhando o menino com suas opiniões ditas de forma enervante. Teve até um momento em que Lorenzo não aguentou e largou um “Pai, não enche!”.

Já do lado de Lívia, vice-campeã, o momento forçação de barra foi quando, já no fim do programa, a apresentadora Ana Paula Padrão, aos prantos, chamar a irmã mais velha da menina que está morando no exterior desde julho. Tanta choradeira por causa de cinco meses de ausência? No “Programa do Ratinho” a pauta não seria aprovada. Mas, valorizou o segundo lugar da chef mirim. Sem falar que o pai de Lorenzo, tão logo o filho foi declarado vencedor, foi correndo abraçar a família de Lívia e só após Ana Paula chama-lo insistentemente ele resolveu cumprimentar Lorenzo, e ainda largou a pérola: “Parabéns, meu filho. Independentemente de qualquer coisa”. Independentemente do quê? Deveria ter dito: “Desculpe por qualquer coisa”.

Mas o ingrediente extra na receita ficou por conta da mudança inexplicável do cabelo de Lorenzo de uma cena para outra. Após ele e Lívia apresentarem seus pratos, os dois se retiraram e os jurados se reuniram para deliberar sobre o vencedor. Quando voltaram, Lívia mantinha seu penteado de trança e Lorenzo estava com seu cabelo surpreendentemente bem mais curto. É que a parte do programa da preparação do cardápio foi gravada um dia, e a gravação do anúncio do vencedor aconteceu um tempo depois. Aposto como foi o pai do Lorenzo, com sua mania de direção, que mandou o filho cortar o cabelo.

Ao menos a Band não repetiu a triste ideia de fingir que a final era ao vivo, como fez no “Master Chef”. Foi constrangedor, na competição entre adultos, ver a plateia ir embora por estar ali apenas para assistir a uma gravação da prova no telão, como todos que estavam em casa, e apenas a abertura do envelope com o nome do vencedor ser ao vivo. Dessa vez a emissora usou a desculpa de que não seria apropriado manter crianças acordadas até tarde em um ao vivo. Mas, não precisa desculpa. Seja com crianças, seja com adultos, ou grava tudo ou faz ao vivo e a receita dá mais certo.



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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Melhores do Ano: Algumas considerações sobre o Troféu do “Domingão do Faustão”


Prêmio entregue pelo “Domingão do Faustão” chega a sua vigésima edição com produção caprichada, mas alguns deslizes que vão desde a falta de critérios na forma comprometedora como os concorrentes são indicados e eleitos até a condução da cerimônia permeada por equívocos da parte do apresentador Fausto Silva. A seguir, algumas considerações sobre o programa que foi ao ar nesse domingo (13), na Rede Globo.

- O prêmio deveria se chamar Melhores do Ano na Rede Globo já que concorrem apenas artistas da casa, ou ligados a ela de alguma forma, como no caso dos cantores. E, mesmo a votação sendo feita pelo público, a indicação é feita apenas por funcionários da emissora e de suas afiliadas. O comprometimento começa por aí.

- Fausto Silva anunciou o prêmio dizendo que o público “votou o ano todo”. Como pode ter sido o ano todo se Taís Araújo e Lázaro Ramos estavam concorrendo como melhor atriz e ator, respectivamente, na categoria série, minisséries e seriados, por seus trabalhos em “Mister Brau”, programa está no ar há menos de três meses?

- Desnecessária a explicação do apresentador de que Willian Bonner não estava entre os indicados no Jornalismo porque ele é “detentor do Troféu Mário Lago”. O que uma coisa tem a ver com a outra? Ficou deselegante e parecendo até que Renata Vasconcellos, que levou o prêmio, estava ali apenas ocupando a vaga do seu colega de bancada no “Jornal Nacional”.

- Não deu para entender Irene Ravache, que vem brilhando desde a primeira fase de “Além do Tempo”, não estar entre as indicadas como melhor atriz coadjuvante ao lado de Cássia Kis e Grazi Massafera. Tanto Irene quanto Nívea Maria mereciam muito mais estar no lugar de Bruna Linzmeyer, que é uma boa atriz, mas não tem em “A Regra do Jogo” o mesmo desempenho irretocável que as outras duas veteranas mostram em cena na novela das seis.

- Um dos momentos saia-justa foi quando Fausto Silva perguntou a Gabriel Leoni, indicado como Revelação, se ele tinha decidido realmente seguir a carreira de ator após seu trabalho em “Verdades Secretas”, e o jovem respondeu que atua há mais de seis anos, já fez muito teatro e cinema e que estreou na TV em “Malhação”. Ou seja, os critérios para essa categoria deveriam ser revistos. Ou o apresentador estar mais informado sobre os jovens concorrentes serem realmente estreantes.

- E entre algumas gafes cometidas por Fausto Silva, como trocar o ano de 2015 por 1900 ou 2005; está reclamar da repórter que estava nos bastidores ter antecipado os nomes das finalistas que seriam chamadas no prêmio seguinte, de melhor atriz de séries, e, mesmo assim, na volta dos comerciais ele chamar o prêmio de melhor atriz coadjuvante. Aí, na hora de fazer a correção no ar, jogou a culpa no assistente de palco. Outra resvalada que passou quase despercebida foi o apresentador ter dito que Vladimir Brichta e Lázaro Ramos eram “irmãos de sangue”. Não seria irmãos de coração, de alma, sei lá.

- Mas o momento mais forçação de barra foi quando Faustão exaltou repetidas vezes o trabalho social realizado por Giovanna Antonelli quando ela recebeu o prêmio de Melhor Atriz de Novela por sua interpretação como Atena em “A Regra do Jogo”, vencendo a disputa com Alinne Moraes, que vem se destacando em “Além do Tempo”, e Drica Moraes, que brilhou com seu trabalho irretocável em “Verdades Secretas” e que, sem dúvida alguma, merecia ter sido a grande vencedora. Afinal, o prêmio é pelo trabalho de interpretação em novelas na televisão e não pelas campanhas sociais realizadas fora do ar. Nesse caso, não seria bom criarem a categoria Função Social?

- Agora, justiça seja feita, a cerimônia ganhou status de grande prêmio ao ser realizado em um teatro, com produção, cenografia e direção de arte caprichadas. Sem falar nos figurinos e coreografias dos bailarinos nas apresentações dos cantores concorrentes na categoria Música que se apresentaram no palco. Mas senti falta de imagens dos atores vencedores em cena nos trabalhos que lhes renderam a indicação. Também ficou totalmente deslocado o merchandising de um produto de limpeza no meio da cerimônia de premiação. Esse tipo de agrado ao anunciante tira o glamour de qualquer especial.





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“Domingão do Faustão”: Desabafos de artistas contra o governo ganham destaque na entrega do prêmio Melhores do Ano


Cássia Kis não levou o troféu de melhor atriz coadjuvante no “Melhores do Ano” no “Domingão do Faustão”, mas se tornou a protagonista da cerimônia no final da premiação nesse domingo (13), na Rede Globo, quando Fausto Silva pediu que cada um dos artistas reunidos no palco manifestasse seus desejos para 2016. No programa, ao vivo, após alguns atores terem ficado na zona de conforto desejando mais paz, amor, saúde, respeito e por aí vai, Cássia foi enfática e já começou avisando que seria bem política: “Eu quero que o governo se pergunte finalmente qual é a função dele, por que ele existe? Pra trazer educação, pra finalmente não colocar ninguém na cadeia punindo quem é ignorante, e é ignorante por causa do governo. Ele, o governo, nos faz ignorantes! E não pode mais fazer isso”. E sob os aplausos e gritos de aprovação da plateia, a atriz concluiu seu desabafo, com voz trêmula, visivelmente emocionada: “Nós pagamos o governo, o presidente é quase nosso empregado, é a nós que ele deve todas as obrigações. A nós!”.

Paola Oliveira endossou as palavras de Cássia e acrescentou: “Que a gente não se cale e faça no dia-a-dia a justiça que tem que ser feita. Não só esperando dos outros, vamos movimentar os nossos desejos”, afirmou ela, que levou o prêmio de melhor atriz de séries, minisséries e seriados. Já Tonico Pereira, que perdeu o prêmio de melhor Ator Coadjuvante para Rainer Cadete, de “Verdades Secretas”, começou brincando, dizendo que queria mais 20 anos de trabalho para pagar suas dívidas, e concluiu alfinetando: “E fundamentalmente uma Câmara dos Deputados que represente verdadeiramente o povo brasileiro. Por que a culpa não está sempre no executivo, nós temos uma quadrilha na Câmara dos Deputados”.

Mas foi a manifestação de Cássia Kis que logo ganhou as redes sociais, a maioria considerando que as palavras de Alexandre Nero, que levou o prêmio de Melhor Ator e falou logo depois dela, foram direcionadas à atriz que interpretava Djanira, a mãe de seu personagem, Romero, em “A Regra do Jogo”: “Eu acho que a gente precisa de menos opiniões e mais conhecimento. Vamos atrás de conhecimento, saber das coisas”, disse o ator, de forma curta e grossa. Se a intenção de Nero foi cutucar ou não a atriz, o desejo de Juliano Cazarré, último da fila a se manifestar, alinhavou muito bem um possível “clima” no ar ao desejar tolerância e liberdade para todos: “Liberdade de pensamento, liberdade de opinião, liberdade sexual, liberdade e tolerância para lidar com a liberdade do outro”, afirmou Cazarré, que também contracenou com Cássia em “A Regra do Jogo”.

Pelo jeito, os programas estão virando palco fácil para desabafos de famosos revoltados com a política do país. Há duas semanas, a apresentadora Christina Rocha também aproveitou o fato de estar ao vivo no programa dominical “Eliana”, do SBT, para fazer seu discurso político contra o ex-presidente Lula. Só que, no caso dela, sua postura pegou a apresentadora Eliana de surpresa, enquanto no “Domingão” reações desse gênero são previsíveis, já que o próprio Fausto Silva costuma sempre levantar no ar a bola para questões políticas. É por aí mesmo. Como diz Cazarré: liberdade e tolerância.


Mais sobre Christina Rocha no programa "Eliana" em:
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

“A Fazenda”: Edição se encerra de forma vergonhosa por tentarem acobertar aberrações visíveis até mesmo nos programas que foram ao ar editados


Independentemente do resultado final de “A Fazenda 8”, que foi ao ar nessa terça-feira (8), o que realmente fica dessa temporada do reality rural da Rede Record é o festival de erros de condução, de edições manipuladas, de provas direcionadas e, acima de tudo, de falta de comprometimento da direção do programa e da direção geral da emissora com o público. Foi vergonhosa a forma como nem ao menos tentaram acobertar o que estava visível até mesmo para quem só assistia aos programas editados.

Desde o começo, o que se viu foi uma sequência de desrespeito às regras do jogo, tudo sempre acobertado pela direção do programa, pela qual responde Rodrigo Carelli, que nunca aparece para dar qualquer depoimento quando seu papel é questionado. Sobra para Roberto Justus, um apresentador que desde o começo assumiu o papel de ser apenas um bibelô e não se comprometer com o andamento do programa. Em vários momentos mostrou desconhecer o que realmente se passava na sede da fazenda e não manifestava qualquer incômodo por estar ali fazendo o papel de um robô, apenas lendo no teleprompter um texto que não era escrito por ele.

Os participantes não se agrediram apenas verbalmente, mas também e diversas vezes, fisicamente. Houve até quebradeira do cenário. E tudo foi relevado em prol do quê? O que o programa ganhou com isso? Aí eles impediram o Thiago de participar da final ao vivo, porque ele bateu o sino e pediu para sair, mas, mesmo assim, usaram e abusaram das imagens do cantor na competição, sem que seu nome fosse citado uma única vez pelo apresentador. Da mesma forma, valeram-se das imagens da Mara Maravilha, que foi quem realmente deu audiência ao programa, e não esclareceram o motivo da cantora e apresentadora não estar ali na final ao vivo. E ainda deixaram vazias as duas cadeiras que seriam destinadas a eles no palco.

Ou seja, o que fica dessa oitava edição de “A Fazenda” é que foi um programa totalmente comprometido com o favorecimento de alguns candidatos. E realizado de forma totalmente incompetente, pois se esse favorecimento tivesse sido feito de forma inteligente ninguém perceberia, mas foi de uma forma escancarada. Ou seja, sambaram na cara do público. Desmereceu a inteligência do telespectador. E nas redes sociais virou uma disputa entre as assessorias dos competidores e seus fãs-clubes.

Se houver uma nova edição, por favor, chamem o Clébis para colocar ordem nessa fazenda. 


Mais "A Fazenda" em:
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domingo, 6 de dezembro de 2015

“Hell’s Kitchen – Cozinha Sob Pressão”: Carlos Bertolazzi erra a mão em comentário preconceituoso sobre baiana eliminada em nova temporada recheada de falhas no SBT


Um pedido de casamento feito no meio da cozinha nesse sábado (5) foi a cena mais bizarra já exibida no “Cozinha Sob Pressão”, do SBT, que agora adotou no título o “Hell’s Kitchen”, do seu original inglês do qual o formato foi comprado da Fremantle Media. A comparação fica só no nome. A começar pelo chef Carlos Bertolazzi, que continua forçando a barra para ser a estrela maior, mas ainda está em banho-maria. Vai ter que ferver muito mais até entender que não bastam gritos, e sim postura para atingir o ponto de convencimento e credibilidade do temido chef inglês Gordon Ramsay.

Bertolazzi tem um comportamento dúbio: ora tenta ser engraçado, complacente, para parecer bonzinho. Aí, de repente, grita feito louco para parecer exigente. Não convence em nenhum momento. Mas seu maior “destempero”, literalmente, foi ter dito a triste frase: “Eu convenço que estou um pouco nervoso com a reza que ela vai fazer para mim”, após ter eliminado a baiana Valdiceia, nesse sábado. Não vem ao caso se ela mereceu sair do programa ou não, mas ficou muito feia a insinuação contida nesse tipo de comentário sobre o tipo de religião da concorrente e, pior ainda, feito pelas costas dela enquanto os demais gargalhavam, em uma reação igualmente reprovável e com plena aprovação do “chef”. Foi feio e deselegante.

O que também tem desvirtuado o foco primordial que deveria ter um reality show de culinária é o fato de essa terceira temporada estar investindo forte numa espécie de “namoro na TV” a partir de um casal de noivos participantes, ele no time masculino Azul e ela no time feminino Vermelho. Desde a estreia, no dia 31 de outubro, parte dos episódios é sempre destinada a mostrar as ceninhas de ciúmes dela quando o time dele ganha, as DRs (Discussão da Relação) nos bastidores e, nesse último chegou ao cúmulo de mostrar ele, de joelhos, pedindo ela em casamento no meio de uma prova, com direito a Bertolazzi, ao fundo, assistindo o “comovente” momento. Parecia até um desses quadros pateticamente planejados do programa da Eliana ou do Gugu Liberato.

Curioso que a novidade anunciada de agora ter dois subchefes, Zi Saldanha, de Porto Alegre, e Gilda Maria Bley, de Curitiba, até agora não fez a menor diferença. Ele ajuda os time azul e ela, o vermelho. Mas estão totalmente apagados e perdidos sem ter uma função definida que realmente justifique suas presenças na cozinha dos participantes. E, além do excesso de merchandising dos patrocinadores, é nítido que a seleção não foi muito criteriosa. Todos os concorrentes exaltam experiência em cozinhas internacionais, como ter trabalhado em cozinhas na Irlanda, na Inglaterra, mas na prática são totalmente amadores. Só se trabalharam lavando pratos.

E o que dizer dos artistas da emissora que são convidados como clientes especiais para experimentarem os pratos? São tratados como figurantes de luxo. A maioria entra muda e sai calada. Até Moacyr Franco, com todo o respeito que merece por sua trajetória na televisão, foi ignorado na noite em que esteve no programa. Seu nome não foi nem citado enquanto o foco ficou sobre Raul Gil e Lívia Andrade. Quem é Lívia Andrade perto ou longe de Moacyr Franco? Está na hora de rever a receita desse programa. E também a postura do seu chefe de cozinha.


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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

“A Fazenda” e “MasterChef Júnior”: Fica cada vez mais evidente que o resultado na eliminação é manipulado ou conduzido conforme o interesse das emissoras


O resultado duvidoso nas eliminações de dois realities shows na noite dessa terça-feira (1), em “A Fazenda”, da Record, e no “MasterChef Júnior”, da Band, só veio corroborar a tese de que não adianta nem ter auditoria dessa ou daquela empresa: a probabilidade de que os resultados são direcionados conforme os interesses de cada emissora fica cada vez mais nítida. Seja pela manipulação no direcionamento de votos quando esses são dados pelo público, caso da Record, seja pelo favorecimento claro na avaliação de jurados, caso da Band.

Não foi a primeira vez nessa oitava edição de “A Fazenda” que o eliminado foi justamente aquele que, pelas enquetes da maioria das redes sociais e sites não oficiais, vencia para continuar no programa. E olha que não são poucos os sites e blogs que promovem esse tipo de votação paralela. Estranho o modelo Marcelo Bimbi, depois de ter eliminado Mara Maravilha, que também era dada como favorita nas enquetes, e contar com quase 70% da preferência do público nas enquetes extraoficiais, na roça com a ex-miss Rayanne, acabar indo para casa com pouco mais de 40% na votação computada pela emissora.

E aí Roberto Justus, o apresentador que apresenta um programa que ele já admitiu não assistir, diz que “a votação é auditada pela BDO”. Como se nenhuma empresa de auditoria jamais tivesse se envolvido em casos suspeitos. E como se não houvesse outras formas de se manipular uma votação, antes mesmo que ela chegue ao filtro da auditoria. Não é à toa que o apresentador Roberto Justus insiste tanto em afirmar repetidas vezes no programa que “só valem os votos no site R7”.

Já na Band, como não há voto do público, não há auditoria. Então fica mais às claras a tendência dos jurados de privilegiar um ou outro candidato. No caso, a protegida continua sendo Ivana, cuja “imunidade maquiada” já fez algumas crianças com grande potencial na cozinha terem que se despedir da competição com desculpas pouco convincentes de Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin. Nessa última prova, por exemplo, os jurados admitiram que os profiteroles de Valentina estavam mais saborosos e, mesmo assim, ela foi eliminada, juntamente com Eduardo, poupando mais uma vez Ivana.

Ou seja, com auditoria ou sem auditoria, o que se vê é um comprometimento cada vez mais escancarado das emissoras e dos realizadores desse gênero de programa com quem eles querem que chegue à final da competição. Pode até ser que não consigam eleger o campeão, mas que fazem o aceitável e o inaceitável para levar à final quem eles querem, ah, isso está evidente.



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