Nessa segunda-feira (9), “Jóia Rara”, novela das
seis da Rede Globo, parecia ter tido tratamento de “últimos capítulos” da história.
Foi uma sequência atrás da outra recheada de revelações, com texto impecável e total
entrega dos atores nas interpretações. Logo nas primeiras cenas, foi comovente
o reencontro de Tony (Thiago Lacerda) com Gaia (Ana Cecília), sua mulher que
passou mais de dez anos em um campo de concentração e todos davam como morta. A
angústia do operário ao contar a Gaia que está casado com outra, Hilda (Luiza
Valdetaro), foi sentida de uma forma verdadeira, sem meios tons nem exageros.
Assim como Thiago Lacerda, Ana Cecília também foi
intensa na ação, não apenas pela caracterização que mostrava os efeitos de todo
o sofrimento físico e psicológico que a política ativista passou, como também
pela entrega da atriz à dor da personagem. E ainda tem a questão do filho do
casal, que nenhum dos dois sabe que paradeiro teve.
Nesses entremeios, o momento leve mais uma vez
aconteceu na pensão, em que Conceição (Cláudia Missura) confundiu toda a
história de Jesus Cristo ao explicar o sentido do Natal para os monges. E
claro, quando o divertido Joel (Marcelo Médici) se dividiu em cenas divertidas
ora com Aurora (Mariana Ximenes), ora com Lola (Letícia Spiller).
Envolvente, bem dirigida e plasticamente muito bem
cuidada foi a cena em que Franz (Bruno Gagliasso), Amélia (Bianca Bin) e Pérola
(Mel Maia) montam a árvore de Natal juntos. Mas impactante mesmo, e esperada,
foi a sequência que encerrou o capítulo, em que Franz flagra Manfred (Carmo
Dalla Vecchia) tentando agarrar Amélia à força, declarando seu amor por ela, e
esbofeteia o traidor. É o tal “gancho” que faz a gente ter vontade de assistir
o próximo capítulo, mas que falta muitas vezes no encerramento da maioria das
novelas.
Mais "Jóia Rara" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/11/analise-em-meio-tramas-perdidas-em.html