terça-feira, 9 de janeiro de 2018

“Pega Pega”: Com um texto que manteve o ritmo ágil desde a estreia, último capítulo surpreende pela dose extra de emoção


Após sete meses no ar, “Pega Pega”, novela das sete da Rede Globo, chegou ao fim nessa segunda-feira (8) cumprindo com louvor o compromisso assumido desde sua estreia de contar uma história ágil, com muita ação, humor e romance. Não bastasse manter esse ritmo, o último capítulo ainda contou com uma dose extra de emoção que foi a cena tocante entre as personagens de Mariana Santos (Maria Pia) e Valentina Herszage (Bebeth). De uma forma discreta, a autora Cláudia Souto fez pensar sobre mulheres que aceitam gerar óvulos de outras apenas por amor, através de um texto leve e sem levantar grandes debates em torno do tema. Mas fazendo os telespectadores mais sensíveis refletirem sobre o mesmo. O próprio crime cometido por Sabine (Irene Ravache) ao subtrair Dom (David Junior) de seus pais ainda criança em alguns momentos comovia e quase podia ser justificado pela oportunidade de uma vida melhor proporcionada e pelo amor que ela dedicou àquela criança. Um outro caso de maternidade/paternidade tocado de forma igualmente discreta, foi a de Douglas (Guilherme Weber), o gerente homossexual do hotel Carioca Palace, que foi surpreendido com a chegada de um filho, fruto de um caso com uma mulher no passado. A relação entre os dois foi num crescendo e mostrada com uma sensibilidade que evita qualquer tipo de polêmica. Leveza essa que talvez encurte o caminho para se chegar ao objetivo almejado.

A sentença dada pelo juiz interpretado por Daniel Dantas para o quarteto de ladrões do Carioca Palace foi tão justa quanto a interpretação dada aos personagens pelos atores Marcelo Serrado (Vitor Malagueta), João Baldisserini (Aguinaldo), Thiago Martins (Júlio) e Nanda Costa (Sandra Helena). É bem verdade que dos quatro, o que teve um desfecho mais inverossímil foi Aguinaldo e Sandroca. A cena final do casal extrapolou na comédia e se perdeu em uma pretensa licença poética. De onde o presidiário que tinha acabado de sair da cadeia tirou dinheiro para pagar, no mesmo dia, helicóptero com faixa de pedido de casamento e chegar todo estiloso em um porsche no Forte de Copacabana para pedir a também ex-presidiária em casamento? Uma pena, pois os dois mereciam um desfecho tão bem escrito quanto foi os dos outros dois da quadrilha, Júlio e Malagueta. Mas nada que tenha tirado o mérito do final de uma novela que teve a direção competente de Luiz Henrique Rios e um elenco afinado, com as presenças ilustres de Marcus Caruso, Milton Gonçalves, Nicette Bruno e Ângela Vieira, entre outros. Sem falar em Reginaldo Faria, que dessa vez, na pele de Athaíde, não pode dar uma nova banana para o Brasil como Marco Aurélio (outro corrupto interpretado pelo ator) fez em uma cena antológica de “Vale Tudo”, novela de Gilberto Braga de 1988. Uma homenagem na ficção um tanto ilusória já que o que se vê continuar acontecendo na vida real não é muito diferente do fim de Athaíde. Três décadas depois, ele não fugiu como Marco Aurélio, mas manteve seu bom uísque e todas as regalias que tinha em casa na prisão...


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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

“Jogo de Panelas”: Ana Maria Braga recusa prato de Paulo por ter laranja no caldo da coxa de frango após já ter comido a fruta no molho servido com linguiça por Lilian


Ana Maria Braga passou por um momento, digamos, levemente indelicado e bastante incoerente no “Jogo de Panelas” do “Mais Você”, da Rede Globo, dessa quarta-feira (22), semelhante ao vivido por uma participante na temporada passada do quadro, também em função da tradicional Simpatia de São José, que consiste em ficar um ano sem comer a fruta sorteada no dia do Santo. Ao receber no programa ao vivo o professor de inglês Paulo, terceiro dos cinco concorrentes da disputa que está sendo mostrada essa semana, a apresentadora simplesmente empurrou para Louro José a missão de avaliar a coxa de frango à moda imperial, servida no jantar dele, porque no molho tinha laranja. É justamente a fruta que ela tirou no sorteio dia 19 de março. Coube a seu boneco assistente dar a aprovação para ser liberada a vinheta do “Hummm”, que indica que a receita do participante do quadro passou no teste de avaliação. O professor tentou disfarçar educadamente, mas foi clara sua decepção. Afinal, todos esperam que a própria Ana Maria experimente a receita servida no jantar em suas casas e pedida para ser reproduzida no programa. Sem falar que ele veio de Petrópolis, cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro onde foi gravada essa temporada, e madrugou na cozinha do “Mais Você” justamente para preparar o prato principal de seu menu especialmente para a apresentadora. O mais curioso, e inexplicável, é que um dia antes, ao receber Lilian, a participante que fez o segundo jantar, Ana Maria comeu e elogiou o molho feito pela jovem à base de mel, mostarda e... laranja! Terá a apresentadora se esquecido da promessa e quebrado a  Simpatia de São José?   

Coincidentemente, em dezembro de 2016, logo na estreia da vigésima primeira temporada do “Jogo de Panelas” realizado em São Paulo, capital, a participante Bernadete pediu desculpa porque não poderia comer a sobremesa do jantar de Willian, uma mousse de maracujá. Todos torceram o nariz na hora. Inclusive o Louro José, no estúdio, largou um “Ué!?”, tipo “como assim, não vai comer?”. A empresária tentou justificar dizendo que havia feito uma promessa e não poderia comer aquela fruta. “Igual o Louro José que não pode comer chocolate por um ano?”, perguntou o anfitrião. “Igualzinho. E eu já alcancei uma graça, por isso não como mesmo”, respondeu Bernadete. Mas logo em seguida, após ser criticada pelos demais participantes em depoimentos gravados individualmente, voltou atrás e disse ter pedido uma “licença especial” a seu santo protetor para provar a sobremesa. E após ela ter comido e gostado, Ana Maria deu sua opinião no ao vivo: “Fez muito bem. Tem que provar, porque senão como é que vai dar a nota?”.  

Por um lado, é claro que é preciso considerar que a posição de Ana Maria é diferente daquela de Bernadete, já que a avaliação da apresentadora não tem qualquer peso no resultado final do jogo, como acontece com as notas dadas pelos participantes. Mas, por outro lado, e deixando qualquer Simpatia ou promessa de lado, sabendo que havia um ingrediente que não poderia comer no prato principal de Paulo, por que Ana Maria, ou sua produção, não pediu então que o convidado reproduzisse a entrada ou a sobremesa que serviu no jantar? Justamente ela que faz questão de repetir sempre que em sua mesa de café da manhã há o cuidado de servir os alimentos preferidos dos convidados. Atitude reforçada desde o dia em que Taís Araújo se recusou a comer abóbora no programa. Ora, a apresentadora e sua produção também deveriam cuidar para não deixar que qualquer participante do “Jogo de Panelas”, que não são cozinheiros profissionais, passe pelo constrangimento de não ter seu prato degustado pela anfitriã por causa de um ou outro ingrediente da receita que ela não possa comer.


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domingo, 19 de novembro de 2017

“Dança dos Famosos”: Sandra Annenberg faz a diferença ao fazer avaliação justa, sem bajular elenco de famosos de competição


“O maior aprendizado que a gente tem na vida quando erra é saber sair do erro. Eu acho que você soube sair do erro com elegância. A minha nota é 9.6”. A frase dita por Sandra Annenberg como jurada convidada da “Dança dos Famosos” ao avaliar a apresentação de Mariana Xavier, mesmo tendo sido dita em função de mais de uma falha na coreografia cometida pela atriz no palco, acabou valendo como preparativo para ela ser eliminada do quadro do “Domingão do Faustão” nesse domingo (19). Afinal, Mariana é aquela que será mais lembrada por quem acompanha a competição como aquela que criou polêmica ao ir reclamar nas redes sociais após ter recebido uma nota 9 de Carolina Kasting, atriz com formação de bailarina profissional que participou como jurada técnica do programa. A atitude de Mariana só fez chamar ainda mais a atenção para o fato de que muitos convidados a compor o júri artístico do quadro estão invariavelmente comprometidos com os concorrentes por laços de amizade ou aproximação profissional. Toda semana havia na bancada de jurados algum artista da novela “A Força do Querer”, colega de elenco de Mariana. Como foi o caso do ator Dan Stulbach, que de forma deselegante ajudou a tentar denegrir a imagem de Carolina Kasting como jurada técnica.

Ao que tudo indica, a frase de Sandra Annenberg deveria ser ouvida por todos que realizam ou venham fazer parte do “Dança dos Famosos”. A começar pelo júri artístico. Para que chamar artistas que vão lá só fazer média com os colegas, como fez Ágata Moreira dando nota dez para todos, até para quem cometeu erros visíveis no palco, sem acrescentar nada? Ícaro Silva fez pior tentando ser criterioso, pois seus argumentos não correspondiam a nenhuma justificativa. Só restou Sandra Annenberg, que superou até o jurado técnico com seus posicionamentos muito mais embasados. Foi simplesmente constrangedor o júri técnico formado por Helô Gouvêa e Caio Nunes. Ela parecia uma tiete querendo agradar os concorrentes e ele pegava carona no que o jurado artístico dizia para florear, mas sem acrescentar nenhuma informação técnica.

O mesmo vale para Fausto Silva, que deve se posicionar de forma imparcial diante de todas as duplas. Foi muito estranho ele chamar um merchandising imediatamente após Cris Viana ter dado um show com seu instrutor. Por que somente a primeira dupla a se apresentar teve que esperar o comercial para depois ser avaliada pelos jurados? Quebrou totalmente o clima. Com as duplas seguintes isso não aconteceu. Também não pega bem a preferência ou simpatia manifestada pelo apresentador por um ou outro candidato. Infelizmente não acataram a sugestão dada na semana passada por Ana Botafogo, quando foi jurada, de que todos deveriam primeiramente fazer suas avaliações e a nota deveria ser dada apenas no final. Com certeza essa medida filtraria a bajulação existente e percebida claramente pela primeira-bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Felizmente, ao menos por enquanto, a bajulação ainda não está vencendo.



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“MasterChef Profissionais”: Lubyanka não resiste a prova de eliminação sem ajuda do mezanino, mas mantém elegância ao sair


Sem perder a postura e a elegância, Lubyanka encarou sua eliminação do “MasterChef Profissionais”, no episódio que foi ao ar na terça-feira (14) na Band e nessa sexta-feira (17) no Discovery Home & Health, como se manteve durante toda a competição: absolutamente “plena”. A nordestina-americanizada, que no começo da competição incomodou alguns por misturar inglês com português, aos poucos foi conquistando a simpatia do público justamente pela forma despretensiosa como se expressa usando os dois idiomas. “O sky é o limite”, disse ela ao se despedir da apresentadora Ana Paula Padrão no camarim, após o erro imperdoável em um cozinheiro profissional que foi servir uma massa passada e sem sal na Prova de Eliminação, que consistia em fazer a reprodução de um farfalle criado pelo renomado chef italiano Luca Gozzani. Luby errou no básico logo após ter ficado entre os três melhores no primeiro desafio de preparar uma carne de avestruz usando duas técnicas de cocção. Mas sua performance não era colocada entre as melhores nem pelos jurados, nem pelos demais participantes. Ela era sempre aquela que oscilava e do nada surpreendia.

Na verdade, Luby sobreviveu a muitas Provas de Eliminação graças à ajuda que recebia do mezanino. Não houve um desafio decisivo do qual ela participou que não tenha se salvado por ter seguido as orientações de seus colegas que estavam de fora. Até para fazer um bolo de pão de ló, a nordestina precisava de dicas sobre a medida dos ingredientes. Só que a competição chegou a um ponto em que a partir de agora é cada um por si. Tanto que Raissa quis pegar toda a pasta de pistache do mercado, mas foi advertida por Ana Paula de que não seria muito correto e acabou pegar a metade, deixando apenas o restante para ser dividido entre Francisco, Luby e Irina. Pablo também preferiu ficar na dele no mezanino, embora tenha sido ele a alertar a todos da existência da pasta de pistache no mercado e também tenha lembrado Luby na hora do empratamento de colocar o Bottarga (butarga é uma especialidade da cozinha Mediterrânea feita da ova de alguns peixes, salgada, seca e revestida com cera).

A partir de agora, na reta final, o jogo ficará mais acirrado entre Francisco, Irina, Pablo e Raissa. E a torcida fica equilibrada. O veterano Francisco, que vinha se deixando contagiar pelas bajulações de Clécio, parece ter recuperado um pouco da modéstia perdida desde que começou a ser chamado de Paizão pelo mineiro. Irina é uma concorrente forte e destemida, mas precisa trabalhar melhor suas expressões faciais, pois seu olhar de lince quando não concorda com qualquer crítica depõe muito contra sua imagem. Pablo começou inseguro, talvez pelo receio de ser cobrado por já ter trabalhado com um dos jurados, Érick Jacquin, mas aos poucos foi provando que podia se superar por sua própria capacidade. E Raissa não tem decepcionado como representante de uma nova geração de cozinheiros, apesar da desvantagem da falta de experiência e do excesso de confiança quando resolve “dar a louca”. Ou seja, qualquer dupla que ficar, promete fazer uma grande final.


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domingo, 12 de novembro de 2017

“MasterChef Profissionais”: Personal chef de estrelas, Monique é eliminada por falhas cruciais em dieta de qualquer anônimo


Sem qualquer explosão de sabores, o “MasterChef Profissionais” dessa terça-feira (7), na Band, foi um prato que não ficou entre os piores, mas também não agradou o paladar de telespectadores mais exigentes. A eliminação de Monique não trouxe qualquer repercussão, até porque sua postura parecia ser uma incógnita tanto para o público quanto para seus companheiros. Ela oscilava entre ora ser a boa cozinheira e má companheira, e ora ser a má cozinheira e boa companheira. A sergipana exaltava ser nordestina tanto quanto o fato de morar no Rio de Janeiro e entrou no programa dizendo querer se livrar do rótulo de “chef das estrelas” adquirido por já ter cozinhado para celebridades como Ivete Sangalo e ter ajudado a elaborar a dieta de André Marques após ele ter feito a cirurgia para redução do estômago. Mas foi eliminada justamente por ter exagerado no sal e na gordura ao executar um prato que deveria ter influências do Oriente Médio. Monique pode ser competente elaborando cardápios de acordo com as necessidades dos clientes, mas talvez esteja faltando uma experiência maior como cozinheira. E uma pitada de humildade antes de se intitular “chef das estrelas”.

O mesmo pode-se dizer de Irina, que precisa segurar seu “complexo de líder”. Se em episódios anteriores sua desenvoltura ao trabalhar em equipe mereceu elogios, dessa vez a sua necessidade de se mostrar superior diante dos demais começou a incomodar. No serviço realizado no restaurante de Henrique Fogaça, no qual os seis participantes foram divididos em três duplas, Irina se comportou como se fosse a chefe de Lubyanka. Sorte dela que sua parceira leva tudo no bom humor: “Stress free”. A mesma reação não teria Raissa, que ao ir ajudar a dupla percebeu o autoritarismo de Irina: “Tu não é chefe, mas gosta de chefiar, né?”, afirmou a jovem, quando recebeu ordem da outra para limpar o fogão.

Merecidamente, Pablo venceu e foi para o mezanino. Raissa só perdeu o segundo posto para Francisco porque se preocupou em ajudar as outras duplas e acabou se descuidando do sorvete que estava sob sua responsabilidade. Mesmo assim, ela ganhou a Prova de Eliminação, que valia o prêmio de uma viagem a Dubai e consistia na invenção de uma receita com ingredientes usados na culinária do Oriente Médio. Isso depois de Érick Jacquin, de uma forma deselegante, tê-la chamado de “puxa-saco”, quando Raissa disse que Paola Carossela tinha feito falta, por não ter participado da primeira prova. Engraçado que o chef francês nunca fez esse tipo de comentário diante das bajulações de Clésio. Foi tão desnecessária quanto a reclassificação de faixa etária do programa...


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sábado, 11 de novembro de 2017

“A Fazenda – Nova Chance”: Eliminação de Ana Paula mostra que torcidas estão mais atentas às estratégias de votação da roça


A eliminação de Ana Paula Minerato com 32,67 % dos votos, contra 67,33 % de Marcelo Ié Ié, nessa quinta-feira (9), sinalizou um movimento novo entre as torcidas dos peões de “A Fazenda – Nova Chance”. Isso porque mais uma vez a votação oficial da Record destoou totalmente do que indicavam as enquetes de diversos sites voltados à cobertura do reality rural. A diferença de porcentagem foi bem maior em relação à semana passada, quando Aritana perdeu para Flávia com oito pontos percentuais de desvantagem e as enquetes de fora do programa davam vitória para a ex-MasterChef. Dessa vez ocorreu outro fenômeno: as votações extraoficiais indicaram um empate técnico entre Ana Paula e Marcelo durante praticamente as 48 horas que durou a votação. Em alguns momentos ambos estavam com 50% dos votos. E a diferença do veredicto acabou sendo em torno de 18 pontos percentuais a menos do que as enquetes davam para a ex-Panicat.

Essa diferença pode refletir uma mudança de comportamento entre as torcidas, que por um lado estão seu unindo para salvar um ou outro peão e, por outro, estão ficando mais atentas para o fato de que o que realmente vale é a votação do site oficial do programa e estão deixando as enquetes de lado. O termômetro dessa movimentação são as redes sociais, onde os fãs manifestam abertamente suas estratégias. Pelo que se pode ver nessa última roça, grande parte da torcida de Flávia se uniu à de Marcelo, com quem a atriz está se relacionando no jogo. Já a torcida de Marcos se dividiu: uns queriam tirar o humorista, para atingir por tabela sua “namorada”, com quem o médico não tem um bom convívio; e outros torciam pela saída de Ana Paula, por acharem que ela poderia prejudicá-lo com a mudança de comportamento adotada por ela após sua tentativa frustrada de romance com ele. Curioso é que, comparando o número de seguidores dos dois roceiros, Ana Paula tem mais de um milhão contra menos de 500 mil de Marcelo. Mas tem ainda a torcida de Nicole Bahls, primeira eliminada dessa temporada, que também pode ter entrado em cena para ajudar a eliminar Ana Paula, tendo em vista que a rivalidade entre as duas ex-Panicats vem de outros tempos.

Mas não é só o fato de ter praticamente três torcidas a seu favor que contou para Marcelo ter uma vantagem maior em relação à outra roceira. Há ainda um sinal claro de que aos poucos mais internautas estão se dando conta de que não adianta ficar alimentando enquetes que em nada contribuem na contagem oficial de votos. O tempo desperdiçado dando acesso a outros sites é o mesmo tempo que o adversário ganha clicando onde o voto realmente é computado e faz a diferença. É claro que são as enquetes que alimentam as discussões nas redes sociais. Mas será que elas vão sobreviver a tantos resultados enganosos, uma vez que correm o risco de colocar em dúvida a credibilidade dos próprios sites que as realizam?


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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

“A Fazenda - Nova Chance”: Justus tenta justificar elaboração de provas e vitória de Marcos como fazendeiro agita a audiência


Depois de uma onda de acusações de manipulação em “A Fazenda - Nova Chance”, a Prova do Fazendeiro reunindo Ana Paula Minerato, Marcos Härter e Marcelo Ié Ié, nessa terça-feira (7), deu um novo fôlego à audiência do reality rural da Record. Mesmo antes do início da disputa, que envolvia sorte e habilidade, o programa já aparecia em primeiro lugar nos Trending Topics, que são os assuntos mais comentados no Twitter em tempo real, e conquistava a vice-liderança no Ibope. Não foi à toa que Roberto Justus foi receptivo à comemoração efusiva de Marcos. Após vencer a prova, o médico gritou, pulou e correu para abraçar e levantar no ar o apresentador, que andava tratando o médico de forma séria nos programas anteriores, mas aceitou a brincadeira dando risada. Enquanto Ana Paula e Marcelo, é claro, ficaram arrasados por irem juntos para a Roça e correrem o risco de eliminação na quinta-feira (9). Os dois amigos ainda tiveram que acompanhar a euforia de Marcos, que retirou o macacão usado na prova enquanto se dirigiam para a sede, subiu na mesa e fez suas dancinhas desengonçadas, apenas de camiseta e sunga “asa delta”.

Os comentários nas redes sociais levantando suspeitas de manipulação no jogo, no entanto, parece ter causado algum efeito, já que Justus fez questão de deixar claro que todas as provas foram estipuladas antes mesmo do começo do programa. Coisa que ele nunca havia dito antes: “Não depende do tipo de participante, a gente não fica mudando as provas, elas já foram estipuladas anteriormente”, afirmou o apresentador. E pela primeira vez ele se preocupou em explicar bem a dinâmica da prova, na qual cada peão ficaria em uma gangorra e através do sorteio em uma roleta decidiriam o peso que colocariam nelas. A gangorra que ficasse mais pesada, ao abaixar acionaria o sinal, eliminando o peão. Justus destacou que se tocasse na peça teria que levar, não poderia testar o peso e trocar, para evitar as críticas por não ter deixado claro na dinâmica do Resta Um do envelope vermelho em que Monique Amin automaticamente estava imune por ser a primeira a começar a salvar um peão.  

Apesar dos esclarecimentos, a desvantagem de Marcos era real, já que Ana Paula e Marcelo são da mesma equipe Ferro e era previsível que os dois se unissem para colocar mais pesos na gangorra do médico. Além disso, a produção sabia previamente a qual seria a gangorra de cada um, já que eles foram orientados a se colocarem conforme a posição da roça: Ana Paula na primeira, Marcos no meio e Marcelo na outra ponta. E, curiosamente, apenas as gangorras dos dois peões balançavam. A da Ana Paula estava mais firme e, portanto, precisaria de mais peso para descer. De qualquer forma, havendo ou não qualquer tipo de tentativa de favorecimento, a sorte estava do lado de Marcos. E a briga agora na votação está sendo entre as torcidas de Marcelo e de Flávia, que se uniram, contra as de Ana Paula. Tal qual aconteceu na roça anterior, entre Flávia e Aritana, as enquetes não oficiais apontam uma diferença pequena entre os dois roceiros, praticamente empate técnico. Resta esperar para ver qual resultado a Record apresentará de sua votação oficial.


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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

“Tempo de Amar”: Desencontros do par romântico principal incomoda e faz história central da novela ficar arrastada e repetitiva


Há pouco mais de dois meses no ar, “Tempo de Amar”, novela das seis da Rede Globo, vem mantendo o alto padrão de qualidade artística mostrada na estreia, mas está pouco a pouco perdendo o timing ao não mostrar a mesma agilidade vista na primeira semana no ar. Apesar das excelentes tramas paralelas, o fio condutor, que é a história de amor de Maria Vitória (Vitória Strada) e Inácio (Bruno Cabrerizo), entrou num marasmo desde que os dois se separam logo no sexto capítulo. Não é por ser ambientada em 1927 que as ações envolvendo o casal protagonista devem se desenrolar como se fossem movidas a vapor. Nem os personagens bons precisam ser tão ingênuos a ponto de caírem em todas as armações feitas pelos vilões, que também não primam por muita inteligência em suas maldades. Curiosamente, no núcleo rural é onde tudo acontece com um ritmo mais ágil, graças a José Augusto, o produtor de vinho dono da Quinta da Carrasqueira brilhantemente interpretado por Tony Ramos, e também a sua empregada e amante Delfina (Letícia Sabatella), uma mulher amarga, perversa e dissimulada. São os dois personagens que realmente dão movimento à novela. Já na capital, o Rio de Janeiro Antigo, as situações estão muito repetitivas.

E é justamente lá que estão Maria Vitória e Inácio. Já se passou mais de um mês desde quando os dois se despediram na estação de trem e, 30 capítulos depois, toda possibilidade de reencontro criada acaba em desencontros improváveis. Coincidências acontecem, sim, na ficção e na vida real. Mas beirou ao ridículo a cena em que Inácio, ainda cego, esbarrou em Maria Vitória varrendo a calçada e ela nem ao menos se virou imediatamente para ver quem era. Só que isso vira um mero detalhe se for analisado o comportamento do “mocinho” no todo. A cegueira emocional adquirida desde a surra que levou no assalto apurou seus demais sentidos, mas parece ter detonado qualquer sexto sentido. Impossível ele não ter desconfiado em momento algum do comportamento de Lucinda (Andreia Horta). Inácio parece ter se transformado em outra pessoa.

A perda de visão decorrente de um trauma emocional reversível não justifica ele passar a se comportar de forma totalmente diferente da personalidade que mostrava antes. Do jovem trabalhador, honesto, inteligente e perspicaz, ele virou um homem acomodado, bobo, encostado e que parece gostar de levar vantagem da posição em que se encontra. Como ele aceitou sem nunca questionar o porquê de estar sendo sustentado e ter até o tratamento bancado pelo Dr. Reinaldo (Cassio Gabus Mendes)? E aí não entra nem o fato de aceitar a atenção de Lucinda e acreditar cegamente em tudo que ela diz, mas sim não ter qualquer interesse em descobrir o que realmente aconteceu com ele. Foi muito estranho no mesmo dia em que ela mentiu dizendo que Maria Vitória tinha tido um filho, casado com outro homem e ido morar na Espanha, imediatamente ele passou a corresponder aos beijos da sua “salvadora”. E ao recuperar a visão, a primeira coisa que fez foi pedir a mão dela em casamento.

Em nenhum momento Inácio manifestou o desejo de procurar Geraldo (Jackson Antunes) para contar tudo que havia acontecido e explicar que não roubou o comerciante, que foi quem lhe deu o emprego que o trouxe de Portugal para o Brasil. Também nunca se lembrou de enviar notícias a sua tia Henriqueta (Nívea Maria) em Morros Verdes. Pior: nunca fez qualquer menção ao filho que teve com Maria Vitória, muito menos manifestou interesse em conhecer a criança, que ele nem sabe tratar-se de uma menina. E como ele quer se casar se nem ao menos tem um emprego para se sustentar? Vai continuar encostado no sogro?

Diferentemente de Maria Vitória, que ao ter sua filha dada em adoção fugiu do convento e deu um jeito de viajar de Portugal para o Brasil esperando encontrar Inácio e juntos procurarem recuperar a criança. E mesmo após ser informada da morte dele, a jovem se manteve fiel a seu amor, não se deixando levar nem mesmo pela possibilidade de ter por Vicente (Bruno Ferrari) outro sentimento que não fosse apenas de amizade. E olha que a empatia entre os dois já está ganhando a simpatia do público, que também não aguenta mais a ingenuidade conveniente de Inácio. Se o reencontro de Maria e Inácio não acontecer logo, os autores correm um grande risco de ter que mudar o par romântico da história. E a culpa não será de nenhum dos dois Brunos, Cabrerizo e Ferrari, intérpretes de Inácio e Vicente, respectivamente, mas sim dos perfis de seus personagens. Entre a apatia do primeiro e a desenvoltura do outro, com certeza a torcida acabará sendo para que a mocinha fique logo com o segundo. Porque ninguém aguenta mais esperar o último capítulo para ver um casal feliz.


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domingo, 5 de novembro de 2017

“MasterChef Profissionais”: Emoção na despedida de Ravi apenas reflete o clima de companheirismo dessa segunda temporada


Os relacionamentos interpessoais entre concorrentes têm sido uma das características marcantes dessa segunda temporada do “MasterChef Profissionais”, da Band. A emoção que atingiu a todos na eliminação de Ravi nessa terça-feira (31) foi mais uma manifestação de que os cozinheiros estão criando laços de amizade entre eles e cativando os três jurados. Foi visível a tristeza de Érick Jacquin ao anunciar com a voz embargada que o gaúcho irrequieto deixaria a competição. Paola Carosella não segurou as lágrimas ao revelar que torcia para vê-lo na final. E até Henrique Fogaça, que posa de ogro e mal humorado, durante todo o programa mostrou-se preocupado ao ver que o participante não estava em um de seus melhores dias e tentou reanima-lo enquanto ele cozinhava. Mas não adiantou. Na Prova de Eliminação, cujo desafio era fazer um dos três exemplos de ensopados de peixe sugeridos, Ravi errou a mão e fez um caldo gorduroso e amargo. “Você está com uma nuvem meio nebulosa em volta de você. Refletiu no seu prato”, lamentou Fogaça.

Francisco, que na semana passada foi para a berlinda ao lado do eliminado Clécio, com quem tinha um laço fraterno e que o chamava de Paizão, também não estava em um bom dia e acabou ficando de novo entre os dois piores ao lado de Ravi. Só que dessa vez houve uma controvérsia sobre o veterano não ter sido o eliminado. Isso porque seu prato não era um ensopado, já que no lugar do caldo havia um molho engrossado com inhame, e o vinagrete que ele serviu à parte estava tão picante que fez Fogaça se engasgar. O jurado teve até que sair de cena, passando mal. “Você matou o Fogaça, pô?”, afirmou Jacquin para Francisco. Mas, como a decisão soberana é do programa, não adianta o público chorar sobre o leite derramado.

De qualquer forma, o coleguismo entre os cozinheiros se mantém inabalado. Outra prova desse clima de solidariedade reinante aconteceu na primeira prova da noite, a última Caixa Misteriosa dessa temporada, que trouxe utensílios e produtos usados na gastronomia molecular. O único que tinha um pouco mais de conhecimentos sobre a técnica desse tipo de culinária era Pablo, que não se recusou a auxiliar os seus próprios concorrentes com dicas e até emprestando ingredientes. Mereceu ter sido vitorioso na prova e subido ao mezanino com Irina, segunda colocada. Assim como não foi surpresa a escolha do ensopado de Lubyanka como o melhor na Prova de Eliminação, embora Monique estivesse certa de que o dela seria o escolhido, por ter sido o mais elogiado. Mas Monique é a que mais consegue colocar a razão acima do coração na disputa. Enquanto Luby é aquela que vibra quando vê os jurados exaltando as receitas dos seus concorrentes e nem se importa que os colegas não torçam por ela. Até porque ela é a que mais recebe a ajuda do mezanino o tempo todo sempre que participa das provas de eliminação.

Outro exemplo de solidariedade nessa temporada foi quando Angélica, na Repescagem, cedeu parte de seu filé mignon para William, que não pegou no mercado justamente a proteína obrigatória da prova. E ela não se arrependeu nem mesmo quando ele conseguiu passar para a próxima etapa enquanto ela foi eliminada e perdeu a chance de voltar para a competição. Foi tocante ver ainda o quanto todos procuraram apoiar Mirna, embora em alguns momentos a carência demonstrada pela pernambucana parecia fazer parte de um desejo de vitimização. Independentemente de quem irá para a final, o que está fazendo a diferença nessa temporada é o fato de gentilezas estarem gerando gentilezas dentro de uma competição entre profissionais de perfis tão distintos.



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