domingo, 15 de março de 2015

“Império”: Cenas de ação e emoção e com interpretações magistrais coroaram o último capítulo da novela de Aguinaldo Silva


O último capítulo de “Império”, novela das nove da Rede Globo, exibido na sexta-feira (13) e reprisado no sábado, deixou no ar a sensação de se estar assistindo à estreia de uma história terminando, mas que foi concluída como se estivesse começando. O recurso utilizado pelo autor Aguinaldo Silva de encerrar com uma aparição no melhor estilo ghost na cena final pode até ter virado motivo de meme na internet, mas não foi uma inovação. O mesmo já foi muito utilizado no cinema para o público ficar em dúvida sobre o verdadeiro final do filme. Assim como matar o protagonista maior, Zé Alfredo, numa interpretação irretocável e excelente de Alexandre Nero, também não foi um marco. Afinal, Aguinaldo foi mais um a repetir o gesto ousado e inédito de Janete Clair, há exatamente 40 anos, quando matou Carlão, personagem de Francisco Cuoco, na versão original de “Pecado Capital” (1975).

Muito mais do que mostrar desfechos de tramas paralelas, evidenciou características humanamente compreensíveis de cada personagem, inerente de serem qualidades ou defeitos. O autor soube fazer isso de uma forma sutil, mas através de atitudes e reações viscerais. E valeu mesmo o turbilhão de ações que pontuaram o capítulo final, dando o devido destaque aos personagens principais e a oportunidade de seus intérpretes darem um verdadeiro show em cena, como foi o caso de Othon Bastos, Caio Blat, Leandra Leal, Carmo Dalla Vechia, Tato Gabus e Zezé Polessa. Sem falar na oportunidade dada às atrizes Dani Barros, a Lorraine, e Viviane Araújo, a Naná, de mostrarem que souberam agarrar com garra a oportunidade que lhes foi dada. Já falar de Lilia Cabral seria chover no molhado. A atriz já tem garantida sua posição na galeria de grandes damas de novelas.
No mais, discorrer sobre os 203 capítulos seria tão cansativo como são aqueles períodos de “barriga” das novelas. Rei morto, rei posto, vamos agora rumo à “Babilônia”.


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