sábado, 14 de outubro de 2017

“MasterChef Profissionais”: Chef japonês não recebe de jurados tratamento à altura de seu prestígio ao participar de prova


O tratamento dado no “MasterChef Profissionais” a um dos sushimen mais renomado do Brasil, Jun Sakamoto, no programa que foi ao ar terça-feira (10) na Band, foi de deixar constrangido até quem estava assistindo em casa. Convidado a auxiliar na prova que consistia em limpar, cortar e preparar três tipos de peixes, o prestigiado chef japonês passou por duas situações bastante deselegantes criadas pelos jurados Érick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella. A primeira delas partiu de Jacquin logo após Juan ter elogiado o salmão preparado pelo trio Pablo, Ravi e Raissa, apesar do corte fora do padrão. “Vocês não tinham tempo, começou errado, teve que improvisar... Talvez o Jacquin ache cru demais em cima, mas eu trabalho com peixe cru então gostei. Está ótimo!”, afirmou o convidado. Imediatamente, o chef francês, antes mesmo de experimentar o peixe, retrucou: “Esse prato está errado. O salmão unilateral a gente faz com a parte mais alta do salmão. Isso aqui é para enganar o cliente, pra não dizer que a gente errou. Coisa boa é a perfeição”, decretou, para depois de comer admitir que estava bom. “Mas é muito mais gostoso o das meninas”, acrescentou Jacquin, para não dar o braço a torcer, referindo-se ao prato feito por Lubyanka, Monique e Angélica. Ora, se Sakamoto quis valorizar mais seu próprio paladar, que, diga-se de passagem, é bastante requintado, caberia ao jurado respeitá-lo.

A segunda indelicadeza aconteceu no momento em que houve um empate nessa mesma quarta e última etapa da prova, em que Sakamoto e Jacquin elegeram o salmão das três cozinheiras o mais saboroso, enquanto Fogaça e Paola votaram no preparado pelo trio de Clésio. Ora, nesse caso o mínimo que se esperava da direção do programa e dos três jurados anfitriões é que o “voto de minerva” fosse dado pelo chef convidado. Aí veio uma explicação sem sentido dada pela apresentadora Ana Paula Padrão, dizendo que cada um dos dois trios ganharia um ponto e que, portanto, na soma total Clésio, Francisco e Irina eram os vencedores. Foi o mesmo que dizer que a prova tinha sido anulada, ou que tinha sido em vão, já que dar ou não dar o ponto não alteraria o resultado. Na verdade, essa decisão fez a diferença para Angélica, que estava no trio das “meninas” e acabou deixando a competição por não conseguir superar os outros concorrentes na Prova de Eliminação cujo desafio era preparar uma receita original com um determinado tipo de especiaria. Ou seja, mais uma vez ficou no ar a sensação de que existe uma condução dissimulada da direção do programa, em comum acordo com os três jurados, para que a competição tome o rumo desejado por eles para levar determinados cozinheiros até a final.


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