Tiago Leifert não passou com louvor pela prova de
fogo que foi anunciar a primeira eliminação de fato do “Big Brother Brasil 17” nessa
terça-feira (31), na Rede Globo. O apresentador até vinha conseguindo se sair
bem nas noites anteriores à frente do programa, mas ficou gritante sua falta de
carisma e até de empolgação para a função que ficou marcada pelo estilo natural
e despojado de Pedro Bial. Tiago foi seco, direto e frio ao revelar que quem
deixava o programa era Gabriela Flor. Com certeza o fato de a eliminada ser uma
bailarina chamada de Flor e o outro emparedado, Marcos, ser um cirurgião plástico,
seria um prato cheio para aqueles textos filosoficamente poéticos de Bial, que
já começam a fazer falta. Não foi à toa que os internautas agitaram as redes
sociais pedindo a volta do antigo apresentador.
Para disfarçar a falta de criatividade e de
inspiração, Tiago buscou socorro jogando a bola para os demais participantes, a
paratleta Marinalva, o jogador de basquete Daniel e o gamers Pedro. Com esse
último então o apresentador extrapolou, pois quis dar mostra de seus
conhecimentos sobre games, como já faz no “Zero 1”, e deixou muitos
telespectadores sem entender nada do que os dois estavam falando. Afinal,
ninguém é obrigado a gostar ou entender de games, certo?
Mas a performance de Tiago não foi o único ponto
fraco da noite. É simplesmente constrangedora a presença de Rafael Cortez, que mais
parece um “galã de vila” bobo e deslocado. Assim como também não tem graça nenhuma
a tal Família Silva formada por bonecos comentando algumas situações vividas
pelos Brothers. Os dois quadros são dispensáveis, já que tornam o programa
ainda mais arrastado.
Independentemente do juízo de valor que se faça do “BBB”, é lamentável que essa temporada esteja deixando tanto a desejar em termos de apresentação, produção e edição, já que foi uma das que conseguiu fazer uma das melhores seleções dos participantes. Enquanto nos anos anteriores era previsível que a maioria do grupo seria formada por belas mulheres e homens com corpos malhados, nesse a diversidade não se restringiu apenas ao gênero de alguns participantes e foi dada oportunidade a mais pessoas maduras com histórias e experiências de vida interessantes. Com essa seleção, se não tivesse perdido cotas importantes de patrocínio e a direção não tivesse relaxado tanto, com certeza teria tudo para ser uma das melhores edições dos últimos anos. Ah, e se tivessem encontrado um substituto à altura do Bial.
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