terça-feira, 2 de dezembro de 2014

“Conselho Tutelar”: Nova série retrata com qualidade e veracidade realidade do drama de menores vítimas de todo tipo de violência


Com uma edição ágil de cenas apresentando situações distintas, mas muito bem costuradas e levando a um viés comum, estreou nessa segunda-feira (1), “Conselho Tutelar”, na Rede Record. Por mais que se saiba que a série é uma ficção, o que mais se sente ali é a identificação com situações da vida real que assistimos todos os dias nos noticiários. E essa transcrição tem sido feita de forma fiel, sem perder o tom teledramatúrgico, nesse projeto criado por Marcos Borges e Carlos de Andrade, e com direção geral de Rudi Lagemann.

O programa também ganha por ter como protagonista Roberto Bomtempo, um ator que nunca levou a pecha de galã, mas sabe segurar com segurança tanto o papel de bandido como o de herói. Como está provando agora no papel de Sereno, tendo a seu lado o ator Paulo Vilella, interpretando seu assistente, César. Dois idealistas no desejo de salvar crianças vítimas de maus tratos, seja no submundo do crack, seja nos lares da classe média.

A fotografia é discreta, a direção de arte sóbria, e a condução geral têm mantido no trilho o resultado final esperado para uma série que busca explorar esse universo. Mas o mais interessante mesmo é ver retratado o quadro desse sistema, em que conselheiros que querem realmente salvar crianças encontram dificuldades e falta de apoio dos órgãos que os regem.

A série, que retrata com qualidade e veracidade a realidade do drama de menores vítimas de todo tipo de violência, será contada em cinco episódios, até sexta-feira (5).