sábado, 1 de novembro de 2014

“Geração Brasil”: Homenagem a Taís Araújo e Lázaro Ramos emocionou e foi o ponto alto do último capítulo da novela das sete


A homenagem que os autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira fizeram a Taís Araújo e Lázaro Ramos fez toda a diferença no último capítulo de “Geração Brasil”, que foi ar nessa sexta-feira (31), na Rede Globo. O casal, que na vida real espera seu segundo filho, não formou par na novela das sete, mas a cena foi emocionante: Lázaro, na pele do guru Brian, abençoou o barrigão de Verônica, a jornalista vivida por Taís que, na trama, esperava o terceiro filho de Jonas Marra, personagem de Murilo Benício. Após perguntar o nome do bebê a Verônica, o guru declara: “Maria Antônia, que você chegue trazendo mais luz a esse mundo”. O nome é o mesmo que os atores pretendem dar à sua segunda filha, que está no sexto mês de gestação.

No mais, o desfecho teve casais se reconciliando, vilões sendo punidos e mocinhos recompensados, no melhor estilo dos folhetins tradicionais, apesar de ter sido uma novela que investiu no temas das novas tecnologias na informática. A expectativa criada na estreia em termos de audiência, há seis meses, pode não ter sido superada, já que era muito grande pois tomava como referência o sucesso de “Cheias de Charme”, sucesso anterior dos mesmos autores.

Para quem esperava que Claudia Abreu viesse fazendo uma nova Chayenne, a atriz surpreendeu ao dar um perfil todo próprio à atriz de seriados americanos Pamela Parker.  E Murilo Benício, depois da fama de bobão do Tufão de “Avenida Brasil”, fez por merecer a promoção de magnata da computação. Aliás, foi bem sacada a ideia de reviver a dancinha engraçada do ex-casal Marra, Pamela e Jonas, que marcou o primeiro capítulo no palco da TV Parker. E os passinhos desengonçados de Murilo foram bem imitados pelo jovem Max Lima, intérprete de Vicente, o sucessor de Jonas na sua empresa.

Vale destacar ainda as atuações de Luís Miranda, que convenceu do início ao fim no papel da transexual Dorothy Benson, e de Leandro Hassum que, em sua estreia em novelas, soube fazer rir e emocionar com o seu Barata, um apaixonado não correspondido por Verônica. Foi divertida a sacada de colocar Taís Araújo fazendo uma nova personagem para ocupar o coração sofrido do dono da loja de eletrodomésticos. Além de Isabelle Drumonnd, que soube deixar sua ex-Empreguete para trás e encarnou com facilidade a patricinha rebelde Megan, e Ricardo Tozzi, que conseguiu convencer a todos como bom moço e, no final, era o maior vilão de toda a história.

No balanço geral a novela cumpriu seu papel a contento no horário, com efeitos tecnológicos, humor sutil, figurino e direção de arte modernos e um tema de abertura que empolgou. Até mesmo o sotaque americano e as expressões em inglês, que inicialmente parecia que iriam saturar e cansar o público, foram mantidos e aplicados na medida certa. Ficaria bem mais estranho se tivessem sumido de repente, sem justificativa. Ponto para autores, elenco e a direção de núcleo de Denise Saraceni.

Mais "Geração Brasil" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2014/05/geracao-brasil-autores-colocam.html