A homenagem que os autores Filipe Miguez e Izabel de
Oliveira fizeram a Taís Araújo e Lázaro Ramos fez toda a diferença no último
capítulo de “Geração Brasil”, que foi ar nessa sexta-feira (31), na Rede Globo.
O casal, que na vida real espera seu segundo filho, não formou par na novela
das sete, mas a cena foi emocionante: Lázaro, na pele do guru Brian, abençoou o
barrigão de Verônica, a jornalista vivida por Taís que, na trama, esperava o
terceiro filho de Jonas Marra, personagem de Murilo Benício. Após perguntar o
nome do bebê a Verônica, o guru declara: “Maria Antônia, que você chegue
trazendo mais luz a esse mundo”. O nome é o mesmo que os atores pretendem dar à
sua segunda filha, que está no sexto mês de gestação.
No mais, o desfecho teve casais se reconciliando,
vilões sendo punidos e mocinhos recompensados, no melhor estilo dos folhetins
tradicionais, apesar de ter sido uma novela que investiu no temas das novas
tecnologias na informática. A expectativa criada na estreia em termos de
audiência, há seis meses, pode não ter sido superada, já que era muito grande pois
tomava como referência o sucesso de “Cheias de Charme”, sucesso anterior dos
mesmos autores.
Para quem esperava que Claudia Abreu viesse fazendo
uma nova Chayenne, a atriz surpreendeu ao dar um perfil todo próprio à atriz de
seriados americanos Pamela Parker. E
Murilo Benício, depois da fama de bobão do Tufão de “Avenida Brasil”, fez por
merecer a promoção de magnata da computação. Aliás, foi bem sacada a ideia de
reviver a dancinha engraçada do ex-casal Marra, Pamela e Jonas, que marcou o
primeiro capítulo no palco da TV Parker. E os passinhos desengonçados de Murilo
foram bem imitados pelo jovem Max Lima, intérprete de Vicente, o sucessor de
Jonas na sua empresa.
Vale destacar ainda as atuações de Luís Miranda, que
convenceu do início ao fim no papel da transexual Dorothy Benson, e de Leandro
Hassum que, em sua estreia em novelas, soube fazer rir e emocionar com o seu Barata,
um apaixonado não correspondido por Verônica. Foi divertida a sacada de colocar
Taís Araújo fazendo uma nova personagem para ocupar o coração sofrido do dono
da loja de eletrodomésticos. Além de Isabelle Drumonnd, que soube deixar sua
ex-Empreguete para trás e encarnou com facilidade a patricinha rebelde Megan, e
Ricardo Tozzi, que conseguiu convencer a todos como bom moço e, no final, era o
maior vilão de toda a história.
No balanço geral a
novela cumpriu seu papel a contento no horário, com efeitos tecnológicos, humor
sutil, figurino e direção de arte modernos e um tema de abertura que empolgou. Até
mesmo o sotaque americano e as expressões em inglês, que inicialmente parecia
que iriam saturar e cansar o público, foram mantidos e aplicados na medida
certa. Ficaria bem mais estranho se tivessem sumido de repente, sem
justificativa. Ponto para autores, elenco e a direção de núcleo de Denise
Saraceni.
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