terça-feira, 19 de agosto de 2014

Análise Trilhas Sonoras: “Boogie Oggie”, nova novela das 18h, e “Rebu”, trama das 23h inspirada em folhetim dos anos 70, pegam carona no valor de trilhas sonoras que faziam sucesso há décadas atrás




Quando assisti ao primeiro capítulo de “Boogie Oggie”, novela das 18h da Rede Globo que estreou há duas semanas, um detalhe que me chamou a atenção foi que logo a segunda música da trilha sonora era “Three Times A Lady”, sucesso do grupo Commodores, do final dos anos 70, que embalava cenas de Sandra (Ísis Valverde) e Rafael (Marco Pigossi), nas cenas da trama de Ruy Vilhena e direção de núcleo de Ricardo Waddington.

Era a mesma música que embalou o romance de Carminha (Pepita Rodrigues) e Franklin (o saudoso ator Cláudio Corrêa e Castro) em “Dancing’ Days”, em 1978, novela de Gilberto Braga que continua podendo ser revisto na reprise atual no canal Viva, de segunda-feira a sábado, à meia-noite. Ou seja, estamos podendo ouvir a mesma música do grupo que na época tinha Lionel Richie como vocalista, em duas novelas que estão no ar.

Não por acaso, outra produção da Rede Globo está investindo também nos grandes sucessos dos anos 70 e 80: “Rebu”. Novela das onze que vem resgatando com filtro o que há de melhor no som dos tempos em que a novela original foi exibida. Acho uma delícia ver as novas gerações estarem tendo esse tipo de oportunidade de tomarem contato, através de remakes e revisitas, a épocas que foram tão ricas em criatividade, originalidade e uma ousadia totalmente desprovidas dos recursos que existem hoje.


Tomara que essas produções estimulem essas novas gerações a pesquisarem, estudarem e entenderem a história que há por trás de tudo isso...




segunda-feira, 11 de agosto de 2014

“Dança dos Famosos”: Anitta faz o mesmo dos seus shows, é tratada com privilégio pelo apresentador e pelo jurado e quem paga o preço é a atriz Vanessa Gerbelli



A segunda semana de “Danças dos Famosos” no “Domingão do Faustão” nesse domingo (10), dessa vez com as participantes femininas, apenas confirmou o que já se viu na estreia com os concorrentes masculinos na semana passada: as mesmas ceninhas de bastidores feitas nas aulas, os mesmos comentários dos jurados, do apresentador Fausto Silva, do pessoal da plateia.

Muito chato esse jurado “artístico” sempre querendo puxar o saco dos artistas que estão no palco. Eles ficam até disputando frase de efeito. Como aconteceu nesse programa, em que o colunista Bruno Astuto elogiou a participação de Anitta dizendo: “O palco te ama, você ama o palco”. E logo em seguida, na vez da atriz Cris Vianna dar seu depoimento ela fez questão de ressaltar: “Anitta, como eu já disse antes, o palco te ama e você ama o palco”. Ficou claro ali que ela estava querendo tomar para si uma declaração sua que havia sido “reutilizada” por Bruno Astuto como se fosse de autoria dele. Saia justa!

Com certeza, desse grupo feminino, formado também por Paloma Bernardi, Vanessa Gerbelli, Lucélia Santos, Giovana Ewbank e Juliana Paiva, Anitta é a que mais destoa, pois é alguém que tem, sim, preparação de coreografia diária para seus shows e intimidade com o palco para dançar. E, mesmo assim, ou por isso mesmo, foi a que menos merecia estar ali: ela nada mais fez do que repetir movimentos e caras e bocas que já faz em seus shows. Não surpreendeu em nada. Deveria ter sido ela a ir para a repescagem. Até o júri técnico, já voto vencido, fez questão de elogiar o desempenho de Vanessa.

Ficou claro que a escolha de Anitta pelo programa foi comprometida, o jurado artístico, que é maioria, não é imparcial, e quem realmente está encarando um desafio ali pode perder o incentivo logo, logo, diante dessa que pode ser mais uma “carta marcada”.

Mais "Dança dos Famosos" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2014/08/danca-dos-famosos-o-quadro-nao-se.html

E leia também entrevistas com famosos no meu Blog na Folha dos Lagos:
http://www.folhadoslagos.com/blogs/elena-correa/lucinha-lins-fiz-do-medo-a-mola-mestra-da-minha-vida#.U-j7x6NDiSo


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

“Dança dos Famosos”: O quadro não se renova, as opiniões dos jurados se repetem e Carol Castro passa pelo constrangimento de ser tratada como mais uma “Faustinete”




O “Dança dos Famosos”, quadro do “Domingão do Faustão”, na Rede Globo, há muito não apresenta nada de novo. A expectativa é sempre em torno de quem vai fazer a diferença, quem vai ser aquele veterano mais velho, quem vai ser aquele com mais peso na balança. Enfim, aqueles que sabem que vão fazer a diferença apenas para dar audiência, porque no corpo de jurado está uma minoria de técnicos e uma maioria de “coleguinhas”. Quem vai ganhar? É fácil começar a deduzir desde o começo.

Mas, falando sobre a estreia de mais uma edição nesse domingo (3), o que se viu foi mais do mesmo. Competidores treinados para dançar sobre um ritmo. No caso: discoteque! Ok! Então, vamos lá buscar onde está o diferencial. E o que se viu foi que, em termos de desenvoltura, ninguém realmente fez algo que surpreendesse. Mas o figurino, ah, o figurino decepcionou.

Na apresentação de Anderson di Rizzi, a coreógrafa parecia uma serpente trocando de pele com aquela calça colante com estampa de cobra, e as cores do traje dele estavam totalmente mortas, em nada contrastando com o ritmo alegre de Bee Gees ao som de “Night Fever”, que eles dançaram.

O mesmo aconteceu com Miéle. Jogaram lá nele uma peruca Black Power e no mais... Não tinha mais. Uma camisa brilhosinha e um terno que no vídeo pareceu ser de veludo cotelê. E a coreógrafa, também numa calça embutida e bustiê com franjas, estava mais para periguete sertaneja do que para anos 80.

Bruno Gissoni, dançando “Disco Inferno”, e sua coreógrafa, foram os que começaram a se aproximar mais do modelo da época que estavam representando. Já a camisa dele dispensava aquelas cotoveleiras, usadas na época em jaqueta e não em camisas nas discos.

Na sequência, Giba e sua parceira foram os mais bem vestidos levando-se em consideração o tema. Sem exageros na exploração da sensualidade da partner feminina e sem levar o masculino para o cafona, os dois traduziram bem quem tinha bom gosto na época. Assim como Lucas Lucco, que também compôs bem com sua parceira. Embora aquelas falsas mangas compridas fofas e com franja do figurino da coreógrafa tenham prejudicado até na “limpeza” do visual da coreografia com Lucas. Já Marcelo Melo, ao dançar “Celebration”, sem dúvida foi o que mais remeteu ao ambiente das discotecas. O colorido da camisa dele, a saia de pontas dela, foram totalmente anos 80.

Agora, Carol Castro lendo comentários elogiosos na internet de coleguinhas, como Preta Gil, é constrangedor. A atriz não merece estar sendo colocada no mesmo patamar de Carol Nakamura, uma dançarina e assistente de palco, tratada como celebridade no “Domingão do Faustão”. Uma atriz como Carol deve estar se sentindo muito mal por estar sendo colocada no mesmo patamar das “Faustinetes”. Carol Castro é uma atriz convidada a fazer uma participação. Carol Nakamura é uma assistente de palco, que, por acaso ou não, namora um ator da Globo. E está no mesmo patamar daquelas outras assistentes que estão na plateia e ocupam a posição de assistentes de plateia e são chamadas de repórteres pelo Faustão. Como a Alexandra Martins, ex namorada do Antonio Fagundes. Repórter???

Confira também o blog na Folha dos Lagos: 
http://www.folhadoslagos.com/blogs/elena-correa/luana-piovani-sou-uma-cidada-dificil-de-ser-enganada-sempre-lutei-pela-justica#.U9725KMpuSo