A cerimônia de abertura da Copa do Mundo nessa
quinta-feira (12) no estádio do Itaquerão, construído em São Paulo especialmente
para a competição, fez jus a quase tudo que diz respeito às obras prometidas
pelo governo para a realização dessa competição: foi mal acabada e deixou a
desejar. Uma coreografia sem criatividade, uma direção de arte pouco original,
uma trilha sonora nada impactante, e, o que é pior, um clima constrangedor
visível de que não havia espaço para que qualquer autoridade representante do
país se manifestasse para o mundo diante de momento tão importante.
A ideia de mostrar a natureza e peculiaridades
regionais não teve o cuidado de ter tido um tratamento peculiar e requintado
até mesmo se fosse feito apenas para brasileiros, imagina sendo feito para a
comunidade internacional. Foi pobre, pouco original, mal dirigido e com uma
coreografia capenga.
Para piorar, esse nada culminou com o show de
apresentação da música-tema da Copa, “We are one”, cantada pelo rapper Pitbull,
Jennifer Lopez e Cláudia Leitte. Foi constrangedor ver a brasileira ficar o
tempo todo tentando parecer íntima da norte-americana de ascendência porto-riquenha,
que fazia cara de poucos amigos. Enquanto Pitbull não estava nem aí, com aquele
figurino meio capoeirista, e dando a impressão de que estava louco para sair
dali e cair na balada.
Para quem estava assistindo, essa decepção foi
visível. E, antes de começar a partida entre Brasil e Croácia, apenas alguns
canais tiveram coragem de mostrar o que realmente aconteceu. Momentos antes do
pontapé inicial da partida, vaias e insultos foram ouvidos em alto e bom som no
estádio contra Dilma Rousseff, que estava no local em uma área vip, mas a
presidente e candidata a reeleição ficou em uma área protegida por sua segurança
e não se manifestou em público. A Band mostrou. A Globo, não.
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