quarta-feira, 31 de julho de 2013

“A Fazenda 6”: Sexta edição do reality rural da Record não respeita o público, faz mudanças descabidas nas regras do jogo e perde totalmente a credibilidade


É no mínimo desrespeitosa a forma como a direção de “A Fazenda 6” vem tratando seu público desde sua estreia há pouco mais de um mês, na Record. A falta de cumprimento das próprias regras estipuladas pela produção do reality show soa como uma ausência de seriedade e de preocupação em apresentar um produto confiável. O auge dessa forma inconstante de cumprir o prometido aconteceu nessa terça-feira (30), dia destinado para ser aquele de maior audiência em qualquer reality show, que é o da eliminação, ninguém foi eliminado. Isso porque um dos poderes da Chave, conquistada pela ex-morena do Tchan Sheila Carvalho, conhecida no domingo (28), determinou que nessa semana nenhum peão fosse eliminado. Perdeu completamente o sentido de ter havido votação.

Aliás, esse método de levar para a Prova do Fazendeiro aqueles três que estão na Roça também está mal feita. O indicado pelo Fazendeiro não deveria ter direito a participar da disputa, pois isso tira totalmente o poder conquistado por quem está comandando o grupo na semana. Deveria disputar o chapéu apenas os dois indicados à roça pela casa. Para começar, logo na primeira Prova da Chave o vencedor, Marcos Oliver, modelo que já atuou em filmes pornôs, ganhou imunidade para toda a temporada e já se sagrou finalista. Ao menos o “prêmio” foi divulgado com antecedência para o público, o que não vem mais sendo feito.

Na verdade não passou de um Presente de Grego, pois Oliver perdeu totalmente qualquer função que pudesse justificar sua presença no jogo. Além de ter sido precipitada a ideia de imunizar um participante logo de cara, ainda deram a ele o direito de continuar disputando de todas as demais provas. Duplamente injusto com os outros.  Provas não têm mais dia certo para acontecer. Essa semana, a da chave, que acontecia sempre às quartas-feiras foi adiada para quinta-feira, por causa da Prova Especial do Fazendeiro, que aconteceu em duas etapas. Injustificável.

As constantes interrupções na transmissão pela internet, mesmo quando não está sendo realizada nenhuma prova, tiram a credibilidade. As disputas deveriam ser ao vivo, para que o público fosse o principal fiscal, como aconteceu em “A Fazenda 5”, quando Lui Mendes, em uma competição com os olhos vendados que valia sair do Celeiro e voltar para a sede da fazenda, aproveitou-se de uma mexida em sua venda e, vendo os obstáculos, foi declarado vencedor. O resultado só foi revertido porque os telespectadores reclamaram nas redes sociais. Quem garante que os resultados não são manipulados e os envelopes de dentro da arca não são trocados quando os peões estão lá fora, na área externa da sede, e o sinal é cortado?

Sem falar na exposição excessiva da imagem de Britto Jr., que continua no ar diariamente no “Programa da Tarde”. Em que horário ele realmente acompanha o que se passa na Fazenda para ter subsídios de informações no diálogo com os peões no ao vivo? Não é à toa que ele parece sempre ter caído de paraquedas no programa. E não é à toa que na maioria das vezes é apenas uma voz falando com os confinados.



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terça-feira, 30 de julho de 2013

“Magic City”: Com roteiro previsível e cenas de sexo apelativas, série faz uma boa caracterização dos anos 50, mas peca por erros na dublagem e na legendagem

Para quem assiste todos os dias a inúmeros casos de desmandos, falcatruas, desvio de verbas e de falta de caráter de pessoas públicas na vida real, “Magic City”, que estreou esse mês no FX, não chega a causar grande impacto ao mostrar o lado podre de políticos, empresários, gângsteres e celebridades. A série pode agradar pelo clima glamouroso dos anos cinquenta, década em que se passa a história, ambientada em Miami, Estados Unidos, e no período em que Fidel Castro tomou o poder em Havana, Cuba. Mas possui um roteiro previsível e comete a falha de ser dublada para o português e legendada
O enredo gira em torno de Ike, proprietário e gerente do famoso Miramar Playa interpretado por Jeffrey Dean Morgan, que, em meio à turbulência política e econômica no país, consegue manter uma vida de luxo. E, além de esconder um passado misterioso, vive às voltas com negociatas tramadas por hóspedes, como Bem Diamond (Danny Huston), um mafioso que usa o hotel para realizar seus negócios escusos. E, como não poderia deixar de ser, Ike é casado com uma ex-showgirl, Vera (Olga Kurylenko), que vive alheia ao que se passa ao redor do marido e parece estar sempre em cima de um palco seduzindo a plateia masculina.
Apesar de pecar ao apelar em excesso para cenas de sexo e nudez explícita, a série traz uma reconstituição de época caprichada tanto nos cenários quanto nos figurinos. Mas o que acaba se tornando um elemento que chama atenção à parte é o quanto a tradução da dublagem se difere da feita para as legendas. Em um diálogo de Vera com a filha, ela diz que comeu tulipas. Na dublagem a menina pergunta: “Duas lipas?”, enquanto aparece escrito na legenda: “Asas de frango?”. “Ricaças” vira “Águias ricas”; “É hora de me compensar agora” vira “É hora de se desculpar”, e em um diálogo de Ike com um senador, na fala dublada o político diz: “Se a minha irmã morresse...”, já na legenda é traduzida como: “Se Irma morresse...”, referindo-se ao nome de sua esposa.

O que é para ser um drama acaba ganhando tom de piada com esse excesso de tradução mal feita e desnecessária. Afinal, por que não deixar o áudio original e apenas dar a opção de versão legendada e dublada para quem quiser utilizá-la?


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segunda-feira, 29 de julho de 2013

“Chiquititas”: Nova versão traz qualidade de produção e interpretação e revive momentos de clipes musicais do original dos anos 90



Em tempos em que recorrer a remake é uma prática corriqueira em qualquer emissora, a volta de “Chiquititas”, no ar no SBT desde segunda-feira (15), é mais um produto sujeito a comparações entre a nova versão e a original. Buscar novidades é chover no molhado. Se tivesse que ser algo realmente novo seria uma outra novela, com outro título. “Malhação”, na Rede Globo, está no ar há 22 temporadas, com o mesmo título, e roteiros tão diferenciados que parece tratarem de outro produto.

No quesito interpretação, a novata Giovanna Grigio está se saindo muito bem como Mili, papel que marcou a estreia da atriz Fernanda Souza, hoje no elenco da atual temporada de “Malhação”, na Globo. Giovanna está sabendo criar a sua própria Mili, atualizada, mas sem perder o perfil original da menina que divide com outras de sua geração o convívio no orfanato Raio de Luz.  Assim como Manoela do Monte, que já fez alguns trabalhos como coadjuvante na Globo, está desempenhando com propriedade Carol, a diretora do orfanato, antes representada por Flávia Monteiro.

A nova versão da novelinha que cativou o público infantil no fim dos anos 90 também mantém os clipes musicais. No capítulo dessa segunda-feira (29), foi ao ar o da música “Tudo Tudo”, gravado quando as chiquititas preparam doces que serão vendidos para elas poderem ir a um parque de diversões. Além de Mili, participam do clipe as órfãs Pata (Julia Oliver), Cris (Cinthia Cruz), Tati (Gabriela Saraivah), Bia (Raissa Chaddad), Vivi (Lívia Inhudes) e Ana (Giulia Garcia), além da zeladora Ernestina (Carla Fiorino) e o cozinheiro Chico (João Acaiabe).

Uma prática lançada como novidade recentemente com as Empreguetes de “Cheias de Charme”, novela das sete da Globo, já era usada no folhetim argentino produzido pela Telefe em 1995 e que inspirou a versão brasileira. Não é à toa que “Chiquititas” tem se mantido na vice-liderança em termos de audiência, mesmo indo ao ar no mesmo horário do “Jornal Nacional”. Ou seja, a nova versão da novelinha exibida nos anos 90 não perde em qualidade de produção e interpretação e revive os bons momentos dos clipes musicais do original que cativaram o público infantil.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

“Amor à Vida”: Susana Vieira valoriza cena ao dar a Pilar autenticidade, assumindo atitudes às vezes movida pela emoção e em outras pelo desejo de vingança

Susana Vieira se supera sempre, seja na personalidade forte que mostra em sua vida pessoal, seja no vigor que demonstra na defesa de suas personagens. No capítulo dessa quinta-feira (25) de “Amor à Vida”, novela das 21h da Rede Globo em que interpreta Pilar, a atriz tarimbada deu mais um exemplo de segurança ao, numa mesma cena, representar com veracidade as diversas nuances do momento passado pela personagem.
Na cena, Paloma (Paolla Oliveira) exigia conhecer a verdade sobre sua origem, e ao saber que era filha legítima apenas de Cézar (Antonio Fagundes), fruto do relacionamento do médico com uma amante, e não de Pilar, a jovem descarregou sua revolta muito mais sobre a mãe adotiva. E Susana soube ir da reação de amor à de justificativa do ódio num piscar de olhos ao reivindicar o seu direito de maternidade ao mesmo tempo em que assumia a dor e revolta pela traição sofrida do marido.
Só uma atriz com os anos de experiência, entrega e vocação comprovadas passa por várias nuances de uma mesma personagem sem perder o fio condutor da sua história. “A verdade nos toma, nos faz chorar. Mas também nos lava a alma”, afirmou Pilar de forma tocante ao fim da cena. É esse despojamento de Susana em qualquer situação que desperta os mais diversos sentimentos no público. E ao dar a Pilar uma autenticidade, assumindo suas atitudes algumas vezes movidas pela emoção e em outras impulsionadas pelo desejo de vingança, ela se sobressai mais uma vez como uma das atrizes mais marcantes de sua geração.

Vale destacar ainda que a dobradinha de Susana com a sempre marcante Nathália Timberg, que faz Bernarda, a mãe de Pilar na novela, está imbatível. Não sobra para mais ninguém quando as duas estão contracenando.


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quinta-feira, 25 de julho de 2013

“Malhação”: Elenco jovem se mostra inseguro em cenas que parecem testes de interpretação e veteranos repetem o que já foi visto em situações cotidianas repetitivas


Há pouco mais de duas semanas no ar, a vigésima primeira temporada de “Malhação”, da Rede Globo, já pode ser considerada uma das menos empolgantes da série. Ao querer fugir do destaque dado a colégios e academias, habitat natural da galera que sempre foi o mote da novelinha, e levar o foco central para dentro da família, sob o enredo “Casa Cheia”, a origem se perdeu e esvaziou-se a justificativa de manter o mesmo título para histórias totalmente deslocadas do projeto inicial.

Como nas demais temporadas, a atual, de autoria de Ana Maria Moretzsohn e sua filha, Patrícia Moretzsohn, mistura atores veteranos com lançamentos. O problema é que essa nova safra de jovens parece despreparada para estar em cena até como coadjuvantes, que dirá como protagonistas. As cenas da maioria parecem testes feitos para escolha de quem vai ficar com o papel. Algo semelhante aos concursos promovidos no “Caldeirão do Huck” para dar ao ganhador uma vaga na novelinha. E olha que Talita Tilieri e Guilherme Dell Orto, que venceram o concurso em 2012, se saíram muito bem na temporada anterior. Já ao elenco jovem estreante de agora falta segurança e um maior preparo, o que desemboca em uma ausência de interpretação convincente em cena.

Quem mais se evidencia entre os novatos é o congolês Blaise Musipere, intérprete do Frédéric, um imigrante haitiano que perdeu a família num terremoto. O ator sabe aproveitar a oportunidade e dosar a emoção ao contar a história consistente de seu personagem. Já entre os veteranos, Tuca Andrada parece uma versão renovada do Gaspar, que Nuno Leal Maia fazia em “Top Model”, novela exibida em 1989, em que tinha vários filhos “do divórcio” adolescentes e agregados. Como se vê o tema não é tão novo assim. Alexandra Richter repete a perua histérica e fofoqueira da Sônia Sarmento que ela fez em “Cheias de Charme”. E Fernanda Souza está lembrando muito a Camila, que interpretou no humorístico “Toma Lá Dá Cá”, em 2011.

Além disso, a trama da nova “Malhação” também não prende. É arrastada, com situações domésticas comuns do cotidiano que se repetem. Em tempos em que a composição da estrutura familiar já se modificou e modernizou há tempos, o tema não traz nada de inovador. A idéia poderia ser mais enriquecedora para o público alvo do programa se buscasse aprofundar mais os aspectos psicológicos desse modelo contemporâneo de família – que mistura pais separados e filhos divididos entre os novos lares formados por cada um deles – e não apenas dar uma visão simplista e engraçadinha do tema.



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sábado, 20 de julho de 2013

“Sangue Bom”: Fernanda Vasconcellos não ousa e faz de Malu quase um remake de Ana, personagem que ela interpretou recentemente em “A Vida da Gente”

Fernanda Vasconcellos, apesar de desempenhar de forma convincente suas personagens, corre o risco de se tornar atriz de um papel só ao repetir tipos semelhantes em um curto espaço de tempo. Em “Sangue Bom”, novela das sete da Rede Globo, além de não ter mudado o mesmo visual que usou em “A Vida da Gente”, exibida entre 2011 e 2012 no horário das seis, sua personagem atual, Malu, e a anterior, Ana, trazem muitas características comuns em seus perfis. E, apesar de serem histórias diferentes, as duas, em proporções diferentes, sofrem com um relacionamento difícil com a mãe e repetem o já batido drama de disputar com a irmã o amor de um mesmo jovem.
Assim como Ana, que brigava com sua irmã, Manuela (Marjorie Estiano), para ver quem ficava com Rodrigo (Rafael Cardoso), criado com as duas como se fosse um irmão, agora Malu enfrenta Amora (Sophie Charlotie), a sua irmã adotada que quer retomar o amor de Bento (Marco Pigossi), que dividiu com ela as dores da infância em um orfanato. E ainda tem pela frente uma segunda rival, Giane (Isabelle Drummond), também amiga de anos do concorrido florista.
O problema maior não chega nem a ser as características em comum no comportamento das duas personagens vividas pela atriz, mas o fato de Fernanda não estar mostrando uma interpretação diferenciada que pudesse amenizar um pouco a comparação. O trabalho de cosntrução de Malu deveria ser feito no sentido de fugir totalmente dos movimentos, entonações e olhares de Ana, que estão se repetindo.
Já Sophie Charlotte e Isabelle Drummond saem na frente, pois assumiram papéis completamente diferentes de seus anteriores. Sophie soube abandonar o ar de santinha da Rosália de “Fina Estampa” (2011) para “causar” como uma jovem ambiciosa, esnobe e egocêntrica. E Isabelle apagou de vez a imagem da ingênua empreguete Maria Aparecida de “Cheias de Charme” (2012) e não deixou se levar pela vaidade: cortou os cabelos e vestiu a camiseta da menina moleque que se comporta quase como um menino. E agora ganha a recompensa de ver sua Giane entrar em uma fase repaginada de mulher elegante e sensual.
Ter liberdade para dizer “sim” ou “não” ao convite para integrar o elenco de uma novela não é para todos os artistas. Enquanto alguns buscam apenas uma identificação pessoal com o perfil, o que acaba sendo um facilitador, há os que se preocupam em primeiro avaliar o que determinado papel irá acrescentar à sua carreira. Nesse caso, na maioria das vezes, as dificuldades requerem um grau maior de responsabilidade.
Independentemente do novo trabalho oferecido, alguns sentem necessidade de tirar férias entre uma novela e outra. Como Claudia Abreu, que depois de brilhar como a Chayenne de “Cheias de Charme”, recusou um papel escrito especialmente para ela no remake de “Saramandaia”. A questão nem é tanto ter que dar um tempo fora do ar, mas sim saber escolher o personagem certo para voltar ao ar num curto espaço de tempo.
E estar preparado para surpreender o público com uma nova forma de interpretação.
"A Vida da Gente"

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

“Saramandaia”: No papel de Dona Redonda, Vera Holtz não apenas se sobressai como dá à nova geração exemplo de talento e entrega total às suas personagens


Vera Holtz é uma atriz que serve de exemplo a muitas jovens que estão começando na profissão e deveriam aprender com ela o valor da entrega total às personagens que lhes caem nas mãos, independentemente de serem protagonistas ou coadjuvantes. Na nova versão de “Saramandaia”, novela das onze da Rede Globo, escrita por Ricardo Linhares, Vera cumpre com louvor a árdua missão de encarnar Dona Redonda, que marcou para sempre a trajetória de Wilza Carla, intérprete da personagem exageradamente gorda e que come compulsoriamente na história original escrita por Dias Gomes em 1976. O sucesso de Wilza, que já era obesa, foi tanto que ela reviveu o mesmo papel na mini-novela “Expresso Brasil”, em 1987.

Para Vera, que está longe de ter as mesmas proporções físicas da personagem, o trabalho requer ainda mais dedicação, paciência e paixão pelo trabalho. Para aparentar os 250 quilos da comilona, ela passa por um processo de caracterização que demora mais de quatro horas para ser concluído. A atriz é envolta por um enchimento que pesa por volta de 15 quilos. Do rosto da atriz só aparecem mesmo a testa, os olhos, o nariz e a boca. E depois de carregar esse fardo todo durante 12 horas de gravação, ela ainda tem que driblar o cansaço e se submeter a mais uma hora para retirada de toda a caracterização.
O talento de Vera Holtz nessa novela merece ser ainda mais exaltado levando-se em conta que ela acabara de ter interpretado a antológica Mãe Lucinda, a guerreira e sofrida “mãe do lixão” em “Avenida Brasil”, trama das nove de João Emanuel Carneiro. Não é qualquer atriz que consegue emendar um trabalho no outro sem levar resquícios do anterior para o seguinte.

Ao longo de 30 anos de televisão, sua versatilidade ficou evidente em seus diversos trabalhos, revezando-se em papéis engraçados, como a caçadora de vampiros, Ms. Alice Penn Taylor, de “Vamp”, em 1991, e dramáticos, entre eles a alcoólatra Santana de “Mulheres Apaixonadas”, em 2003. E olha que seu sotaque caipira marcante inconfundível de quem nasceu em Tatuí, interior de São Paulo, jamais prejudica ou se faz mais evidente do que suas interpretações, independentemente da época ou ambiente em que se passam as histórias em que atua.

Merecidamente, a intérprete da nova Dona Redonda, além de ganhar efeitos especiais produzidos nos Estados Unidos na cena antológica de sua explosão, não sumirá de vez. Vera reaparecerá como Bitela, a irmã gêmea mais magra da comilona que explodiu de tanto comer. O que não ocorria na versão original. Como diria a própria Redonda: “Pela máfia de Dom Lázaro”, isso sim é profissionalismo!

domingo, 14 de julho de 2013

“Mundo Selvagem”: Richard Rasmussen mostra sua forma descontraída de se relacionar de forma íntima com animais de todas as espécies em mais um programa


Richard Rasmussen, biólogo já conhecido do grande público por apresentar o “Aventura Selvagem” no SBT, não perdeu seu estilo naturalmente descontraído de mostrar seu relacionamento apaixonado com animais em “Mundo Selvagem”, que estreou nesse sábado (13) no canal por assinatura NatGeo. Ele continua tratando os animais de forma destemida e carinhosa, dando beijos e os chamando de “cara”.

O primeiro dos nove episódios, sob o título de “Xamã Das Florestas”, foi gravado no Acre. A série, toda feita no Brasil, busca mistérios, mitos, crenças e lendas de civilizações milenares, os fenômenos naturais e os animais mais exóticos da fauna brasileira.

O ponto alto da estreia foi quando Richard participou de um ritual de purificação, o Kapun, que usa um sapo amazônico que produz uma poderosa toxina extraída dele e colocada na corrente sanguínea do apresentador. Em jejum, ele ingeriu uma mistura produzida pelos índios, e logo se viu a transformação. A pele ficou avermelhada, o biólogo vomitou, as pálpebras incharam e ele ficou visivelmente em transe. Mas ele garantiu, após a experiência, que não foi uma sessão alucinógena, já que estava o tempo todo consciente.

Formado em Ciências Biológicas na Universidade Ibirapuera em São Paulo, Richard Rasmussen passou a infância em uma chácara em São Roque, cidade do interior paulista, e seu pai fazia muitas viagens a trabalho. Filho único, passava a maior parte do tempo com a mãe em meio à mata e aos animais. Ou seja, essa convivência e seu olhar observador contribuíram para o biólogo fazer a diferença e passar credibilidade nas suas matérias. Não é à toa que suas aventuras são requisitadas para serem mostradas em várias emissoras televisivas.


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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Análise: Semelhanças entre situações que se repetem em mais de uma novela da Rede Globo mostram falta de criatividade e de ousadia para criarem histórias originais



Desde “Malhação”, que estreou nova temporada recentemente, passando por “Flor do Caribe” e “Sangue Bom” até chegar a “Amor à Vida”, todas as novelas da Rede Globo repetem situações semelhantes já vistas em seus enredos. A briga pela paternidade de Paulinha (Klara Castanho) entre Bruno (Malvino Salvador) e Ninho (Juliano Cazarré) na novela das nove, que chegou ao auge da agressão física no capítulo dessa sexta-feira (12), é uma adaptação da disputa entre Cassiano (Henri Castelli) e Alberto (Igor Rickli) pela guarda de Samuca (Vitor Figueiredo) na novela das seis.

No capítulo de quarta-feira (10), na novela das sete, Karmita Lancaster (Carmem Verônica) organizava sua festa de divórcio como se fosse algo revolucionário. Só que o mesmo tipo de comemoração aconteceu em “Salve Jorge”, ex-trama das nove, promovida por Bianca, personagem de Cleo Pires.

Já a nova temporada de “Malhação” traz muitas cenas copiadas de outras tramas. A começar pela de terça-feira (9), em que Bernadete (Fernanda Souza) foi retirada de uma festa de casamento pendurada por dois seguranças e esperneando, tal qual Valdirene, a personagem de Tatá Werneck na novela em “Amor à Vida”, sempre aparece sendo expulsa quando assedia ídolos, em busca de um marido. E ainda tem Paulino (Cadu Paschoal), que é nerd, como era Orelha (David Lucas) da temporada anterior da novelinha, e sofre bullying no colégio, como Lipe (Pablo Mothé), da novela das seis.

Situações que se repetem em mais de uma novela da Rede Globo mostram não só falta de criatividade como também de ousadia em criar histórias realmente originais. Nesses casos, qualquer semelhança talvez não seja apenas mera coincidência. E o público atento percebe essa repetição do mesmo em histórias que se diferem apenas no horário, mas estão mostrando mais do mesmo. 




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“Amor à Vida”: Marina Ruy Barbosa peca ao colocar vaidade pessoal acima da vocação profissional e valorizar mais os cabelos do que a personagem que está interpretando


Difícil entender, e até aceitar, o marketing que Marina Ruy Barbosa fez em torno da possibilidade de sua personagem, Nicole, em “Amor à Vida”, novela das nove da Rede Globo, ter que raspar suas longas madeixas por causa de sua personagem sofrer de câncer, ter apenas seis meses de vida e estar se submetendo a quimioterapia. Nos últimos dias, o que mais se lê nas publicações e sites voltados a notícias sobre novelas e celebridades é o “drama” da atriz no dilema de ter que ficar careca, por causa do tratamento de quimioterapia.

Para começar, essa situação já foi vivida e encarada com competência por Carolina Dieckmann em “Laços de Família!”, novela de Manoel Carlos exibida em 2000, que protagonizou uma cena que entrou para a história, abrindo mão da vaidade em prol do profissionalismo como atriz e raspou o cabelo diante das câmeras.

Se a jovem Marina ainda não tem convicção da carreira que resolveu abraçar e não está pronta para fazer os sacrifícios que ela exige é outra história. Saídas sempre há. Na minissérie “O Primo Basílio”, adaptada do romance de Eça de Queiroz, exibida na Globo em 1988, Giulia Gam, intérprete da protagonista Luísa que após uma febre brava de uma doença não identificada perdia os cabelos, usou uma peruca de látex para aparecer careca. Vinte e cinco anos depois, os recursos são bem mais modernos para a atriz, tão apegada a suas madeixas, não precisar raspar os cabelos. A mídia feita em torno do assunto nos últimos dias foi desproposital.

De qualquer forma, é pouco convincente ver uma personagem que tem apenas seis meses de vida e submete-se a quimioterapia acordar todos os dias com as faces rosadas, longos cílios postiços e maquiagem impecável. De repente, os cabelos da atriz tornaram-se mais importantes do que a história da personagem. E ela e sua assessoria exploraram isso claramente na mídia. Até o ponto de o destino da personagem ser mudado.


Ficou feio. Porque vaidade tem limite. Vale lembrar que, em 2005, com apenas 10 anos de idade, quando fez "Belíssima", Marina já tinha "crises" por causa dos cabelos. Palavras do autor Silvio de Abreu na época: "Na sinopse, sua personagem teria cabelos curtos. Quando Marina foi escalada para o papel, concordou em cortá-los. Mas, na hora H, teve uma crise de choro, abriu o berreiro e bateu pé de que não cortaria nem uma ponta. Não tive como não atendê-la”, contou o escritor.


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