segunda-feira, 4 de março de 2013

“Betty, a Feia”: Vale a pena se divertir de novo com a novela colombiana, exibida pela terceira vez pela Rede TV!, inspirada no Patinho Feio que, de tão trash, virou cult



“Betty, a Feia”, novela colombiana que a Rede TV! voltou a reprisar nessa segunda-feira (4), tem todos os ingredientes para ser considerada trash: interpretações exageradas, cenários e figurinos de gosto duvidoso e um roteiro bobo e corriqueiro, inspirado na história do Patinho Feio. No entanto, é difícil resistir às atrapalhadas da protagonista interpretada pela atriz Ana Orozco, Beatriz Pizón, , uma mocinha tímida, esquisita e aparentemente feia que vai se transformando até se tornar uma linda mulher no fim da novela. Não é à toa que esta é a terceira vez que a emissora exibe esse folhetim. De tão trash, Betty virou cult.

Produzida entre 1999 e 2001pela RCN, na Colômbia, com o título original “Yo Soy Betty, La Fea”, a novela escrita por Fernando Gaitán já foi exibida em mais de 100 países e dublada em 15 idiomas. No Brasil, a Rede TV! comprou seus direitos e exibiu seus 169 capítulos editados, em 2002, ficando 11 meses no ar em horário nobre. Devido ao sucesso, reprisou a história de dezembro de 2004 a março de 2006, dessa vez ainda mais editada, totalizando mais de um ano no ar.

Passados mais de seis anos, não causará estranheza se essa segunda reprise também venha conquistar público entre a nova geração que tomará contado pela primeira vez com a trama. E dessa vez com qualidade muito superior. Explica-se: como ela foi gravada com câmeras de cinema, dessa vez a emissora poderá exibi-la em HD, ou seja, em alta definição.

Entre os vários remakes que “Yo Soy Betty, La Fea” ganhou pelo mundo está a versão mexicana “La Fea Más Bella”, produzida pela Televisa apresentada aqui em 2007, no SBT, com o nome “A Feia Mais Bella”. Nos Estados Unidos, em 2006 ganhou uma versão no formato de série, que foi premiada sob o título "Ugly Betty", produzida pela ABC e exibida no Brasil pelo canal Sony. Em 2009, a Record fez uma versão brasileira que chamou de “Bela, a Feia”, com a atriz Gisele Itié no papel principal. As alterações nos rumos da trama feitas pela escritora Gisele Joras, no entanto, não agradaram aos telespectadores.

Afinal, a graça de “Betty, a Feia” está justamente no seu jeito colombiano/mexicano de ser. Como não se divertir com as confusões armadas por seu  melhor amigo, o esquisitão Nicolas (Mário Duarte) e com o “Quartel das Feias”, como é chamado o grupo de secretárias que trabalham na Eco Moda, empresa onde se passa a maior parte da história? É lá que Betty acabará indo trabalhar e se apaixonará por seu chefe e presidente da empresa, Armando Mendoza (Jorge Enrique Abello), noivo da “patricinha” Marcela (Natalia Ramírez). Ainda na Eco Moda estão o afetado estilista Hugo Lombardi (Julián Arango) e a secretária incompetente, fútil e destrambelhada Patrícia Fernández (Lorna Paz). Sem contar que a abertura é surreal, com uma música feita especialmente para novela, cuja letra ridiculariza de vez a coitada da Betty.

Vale lembrar que na reta final da novela, quando a “Feia” está na fase de transformação, Taís Araújo aparece fazendo uma participação especial como ela mesma. A gravação da cena foi feita em 1999, quando a atriz brasileira estava fazendo sucesso na televisão colombiana por causa de sua interpretação em “Xica da Silva”, da extinta Manchete, que na época estava sendo exibida na Colômbia.