domingo, 10 de março de 2013

“Altas Horas”: Divertido e sem apelar apenas para a emoção, programa faz uma das melhores homenagens a Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr.



Serginho Groisman conseguiu um plus na homenagem que o “Altas Horas” fez na madrugada desse domingo (10), na Globo, a Chorão, o vocalista da banda Charlie Brown Jr., encontrado morto na madrugada da sexta-feira (8). O programa fez um mix de reverência emotiva e, ao mesmo tempo, divertida, ao reunir no palco do programa, entre outros, parte da família Suplicy, formada pelos músicos Supla, João e o patriarca, o senador Eduardo, sem falar nos Reis, que reuniram os cantores e compositores Nando e seus filhos, que trilham a mesma trajetória do pai, mas com visuais bem mais certinhos, Tico Santa Cruz e Raimundos. Foi bem bacana também o clipe em que se pode rever vários momentos de Charlie Browm Jr. no palco do "Altas Horas".

O programa ainda teve uma participação-relâmpago de Miguel Falabella, que estava lá mais para divulgar sua peça atualmente em cartaz do que qualquer outra coisa. Chorão diria “Deixe viver, deixe ficar, deixe estar como está”. E ignoraria tal presença. Assim como teve um padre, Juarez, totalmente deslocado do contexto, que não fez a menor diferença. Ambos devem ter ficado meio injuriados de terem feito apenas figuração, quando estão acostumados a, literalmente, “rezar a missa” e "conduzir o rebanho".

Para mim, Falabella e o tal padre não fizeram falta. O senador Eduardo Suplicy, como sempre, mostrou que seu jeito de ser é aquele mesmo até diante dos filhos. "É o ritmo dele, a gente tenta acompanhar", brincou João. E Nando Reis, com sua banda, foi pego de surpresa quando seus filhos, Theodoro e Sebastião, chegaram para cantar com ele "Luz dos Olhos". Pego de surpresa, Nando se emocionou e mostrou seu lado paizão, orgulhoso de seus meninos estarem ensaiando os primeiros passos como cantores. "Estava desconfiado, mas não esperava isso", disse o cantor. No geral, foi uma das homenagens mais divertidas, sem apelar apenas e unicamente para a emoção, feitas até agora.