sexta-feira, 31 de agosto de 2012

“Na Moral”: Pedro Bial encerra primeira temporada reacendendo rivalidade entre Xuxa e Adriane Galisteu na corrida pelo posto de verdadeiro amor de Ayrton Senna






Xuxa Meneghel levou o “Na Moral” de Pedro Bial de volta às redes sociais, tal como aconteceu quando Pedro Cardoso causou ao fazer um discurso inflamado falando sobre invasão de privacidade. No programa dessa quinta-feira (30), na Globo, o último dessa temporada, o tema era Fama, e a apresentadora, em sua fase morena, conseguiu causar mais uma vez ao revelar que havia tentado reatar o namoro com Ayrton Senna na véspera da morte do piloto no Grande Prêmio de Fórmula 1 de Imola, na Itália, em 1994. “Tentei falar com ele no sábado e ele morreu no domingo. Quando fui atrás dele, mesmo ele estando com outra pessoa, achei que se gostasse de mim como eu gostava dele, ele ficaria comigo”, afirmou Xuxa.

A tal revelação, no entanto, não pegou Bial de surpresa. Pelo contrário, ficou claro ter sido coisa combinada já que imediatamente foi exibido um vídeo gravado pela irmã de Senna, Viviane, confirmando a paixão que o piloto sentia pela apresentadora. “Ele foi profundamente apaixonado pela Xuxa. Eles só não se casaram porque tinham uma vida complicada. E isso foi uma imensa perda na vida do Ayrton e da Xuxa”, disse Viviane.

Para relaxar o clima, perguntada sobre o que faria se tivesse 15 minutos de anonimato, Xuxa brincou: “Eu ia beijar muito, eu ia paquerar muito, eu ia dar muito! Iria aos lugares que eu quisesse e ninguém ia escrever em lugar nenhum!”. Tal afirmação acabou virando imediatamente um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, tal como já tinha acontecido quando a ex-loura confessou no “Fantástico” ter sofrido abuso sexual na adolescência.

Dessa vez, porém, Xuxa teve um reforço “incidental” para ver uma declaração sua virar notícia na internet e ganhar repercussão em todas as mídias. Adriane Galisteu, a “outra pessoa” a quem Xuxa se referiu quando falou sobre Senna, não se aguentou e correu para o Twitter assinar seu atestado de “namorada traída”. “Papai do céu, dai-me paciência… Muita paciência!!! Na moral na moral! Só na moral!!”, escreveu Adriane.

Pronto! Foi o tempero que faltava para transformar o que poderia ter sido apenas mais uma entre muitas “confissões” da Rainha dos Baixinhos numa apimentada polêmica, citada até mesmo no “Mais Você” de Ana Maria Braga na manhã dessa sexta-feira (31). Sorte de Adriane é que o “Muito+”, programa de fofocas envolvendo celebridades do qual ela é uma das apresentadoras, não será exibido nessa sexta-feira por causa da Supercopa da Uefa. Sorte? Ou talvez tenha sido por isso mesmo que Adriane Galisteu tenha se manifestado no Twitter, sabendo que teria um fim-de-semana pela frente para deixar a poeira baixar? 

A questão é: até que ponto alguém, com o argumento de estar agindo por amor, pode interferir no relacionamento de duas outras pessoas? Esse tema, sim, merece discussão.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

“A Fazenda 5”: Resultados de quadros e programas ditos realities shows mostram que quem conduz o resultado final são agentes, assessores e fã-clubes via internet


Viviane Araújo ao conquistar o prêmio de R$ 2 milhões no “A Fazenda 5”, da Record, que chegou ao fim nessa quarta-feira (29), veio mostrar mais uma vez que em realities shows que têm celebridades como competidores, seja de que quilate for, ganha quem tiver um maior fã clube ou uma assessoria mais eficiente que mobilize mais votação via internet ou SMS. E tendo como concorrentes o ator Felipe Folgosi e o transformer Léo Áquila, ficou difícil definir parâmetros de merecimento para algum deles levar a bolada.

No conjunto geral dos três meses de programa, os deslizes de cada um dos 16 participantes nivelaram todos no posto de não merecedores de grande torcida. O que movimentou o programa e atraiu alguma audiência foram mesmo os momentos de barracos, micos, piadas, gracinhas muitas vezes sem graça, falhas de português. Mas, afinal, é um reality show ou um humorístico?

O que se percebe é que a influência da internet está direcionando cada vez mais o destino de qualquer programa que, na pretensão de promover a interatividade, acaba apresentando no final resultados nem sempre justos. Recentemente, no quadro “Top Chef Celebridades” do “Mais Você”, Milena Toscano obteve os melhores resultados em todas as provas de culinária, conquistando até uma nota 10 do chef paulista Roberto Ravioli. Mas perdeu a competição para o ator Max Fercondini, que desde sua primeira indicação à Panela de Pressão mostrou fazer uma campanha ferrenha no Twitter e Facebook a seu favor.

Ainda em andamento, o “Dança dos Famosos” do “Domingão do Faustão” é outro exemplo de competição no qual a popularidade do participante junto aos internautas pode influenciar no resultado final, independentemente de seu merecimento ou não ao prêmio. Rodrigo Simas desponta como grande favorito, e essa posição tem muito mais a ver com as fãs que votam no jovem ator do que no seu real desempenho como dançarino.  

De qualquer forma, a final de “A Fazenda 5” reuniu três tipos de participantes bem distintos, que se revelaram logo na primeira pergunta do apresentador Britto Júnior sobre por que cada um se sentia merecedor do prêmio. Felipe Folgosi, sempre com seu sorriso de soslaio, deixou de lado a tentativa de parecer humilde e revelou-se definitivamente nada modesto ao se autoproclamar como o “melhor jogador e melhor fazendeiro” da temporada. Logo ele que foi flagrado duas vezes não sendo nada delicado com os animais. Só o tratamento dado ao lhama quanto ao pavão já justificaria seu não merecimento em estar na final.

Já Léo Áquila mais uma vez foi infeliz ao trocar a imagem de vítima mostrada durante todo o programa por uma de conformista, dizendo que “por ter chegado até aqui” já se sentia "vitoriosa". Viviane foi a que mostrou ter se preparado melhor para o desafio, com respostas sempre politicamente corretas. A sua fórmula certa de ganhar esse tipo de jogo? “Pedir a Deus sabedoria”, respondeu Vivi. Certinha demais para quem também não mostrou ter tanta afinidade com animais num programa em que eles eram, e vão continuar sendo, as verdadeiras estrelas.

Talvez esteja faltando um pouco de iniciativa das produções de quadros ou programas que seguem o formato de reality show de deixarem um pouco de lado “aquela velha fórmula formada sobre tudo”. Falta buscar algo mais original e autêntico que volte a surpreender o telespectador promovendo uma atração que deixe de ser essa competição decidida por agentes e assessores que conseguem direcionar o resultado final. Ou continuaremos assistindo a essas campanhas enfadonhas na internet que direcionam os resultados até nas mais ralés das pesquisas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

“Delegacia de Mulheres”: Reprise traz a nostalgia de grandes participações e a certeza de que ainda há muito a se fazer para mudar cenário de violência doméstica



Mais do que proporcionar uma viagem no tempo, o canal Viva traz também a oportunidade de se rever grandes artistas que marcaram a teledramaturgia brasileira em atrações que atraem não apenas nostálgicos como também curiosos na história da nossa TV. A reprise de “Delegacia de Mulheres”, que estreou nesse domingo (26), é um desses casos. Em meio a um elenco feminino de primeira, o episódio inaugural contou ainda com as participações especialíssimas dos saudosos Paulo Gracindo e Milton Moraes, além da divertida ex-vedete Virgínia Lane e de Jacqueline Laurence, carregando no seu sotaque francês.

O seriado representou um marco na época ao mostrar a realidade tanto das mulheres vítimas de violência quanto daquelas que buscam combater esse tipo de problema e defender os direitos femininos. Mas o mérito também esteve no fato de reunir no mesmo elenco atrizes com perfis tão distintos atuando em perfeita sintonia, como Eloísa Mafalda, Lúcia Veríssimo, Susana Vieira, Cininha de Paula e Stela Miranda. Mas, não há como não se destacar que grande parte do sucesso se deve à autora Maria Carmem Barbosa, que conseguiu mesclar situações dramáticas de violência doméstica com momentos de leveza, principalmente nos diálogos da escrivã Adelaide, interpretada por Zilda Cardoso, conhecida pela personagem Catifunda, a mendiga mal-humorada que a comediante interpretou em vários humorísticos.

Ao todo foram 18 episódios exibidos entre março e julho de 1990. O de estreia começou com a detetive Belinha (Mayara Magri) chegando para seu primeiro dia de trabalho, chupando pirulito e preocupada por deixar o filho pela primeira vez sozinho com o pai, interpretado por Pedro Cardoso. Na Delegacia da Mulher também trabalham a titular Celeste (Eloísa), a detetive Marineide (Lúcia), a atendente Rute Baiana (Susana), a desastrada Rosiclair (Cininha) e a assistente social perua Paula Pino (Stela Miranda).

A cada episódio uma trama era solucionada. O primeiro envolvia Fátima (Débora Evelyn), mulher que chega à delegacia com um bebê nos braços para denunciar ter sofrido espancamento e ameaça de perder o filho para o amante e pai da criança. Descobre-se então que o canalha trata-se do marido sumido da detetive Ruth. O encerramento acontece sempre com o fato do dia sendo narrado no programa de rádio “Mulher de Plantão” e com uma mensagem de estimulo às mulheres vítimas de violência.

Há doze anos, um programa que aparentava ser essencialmente feminino trazia também sua visão política. Como na cena em que a filha da delegada Celeste, envolvida na militância política em defesa da preservação ecológica defendida pelo Partido Verde da Mata, faz a maior baderna na delegacia porque quer viajar com os outros militantes para uma reserva ecológica. “Mas a samambaia lá de casa você não rega, né?”, diz Celeste à filha. 

Já o cenário da delegacia mais parecia o de uma pensão, com cozinha, área de serviço, terraço e dormitório com beliches. Com certeza para aproximar mais a vida pessoal das profissionais à das mulheres atendidas por elas. Com direção de Wolf Maia e Denise Saraceni, o roteiro do seriado se baseou nas pesquisas da pedagoga Schuma Schumaher, uma das fundadoras do SOS Mulher, grupo de combate à violência contra as mulheres.

É claro que muito já se evoluiu nesse sentido, tanto que agosto foi escolhido para a reprise do seriado por ser o mês que marca os 27 anos da primeira delegacia da mulher do Brasil e seis anos da entrada em vigor da Lei Maria da Penha. Mas é inegável que ainda se registram hoje na vida real muitos casos como os retratados na ficção há mais de dez anos atrás. Infelizmente. O momento na TV carece de projetos tão ousados quanto esse feito naquela época. Material para isso é o que não falta.


domingo, 26 de agosto de 2012

“Domingão do Faustão”: Lutador Anderson Silva fica constrangido em mais um “Arquivo Confidencial” que explora de forma não autorizada histórias pessoais do convidado



 Anderson Silva é mais um a ser pego de surpresa por um “Arquivo Confidencial” no “Domingão do Faustão” e a levantar o questionamento: até que ponto o programa de Fausto Silva tem direito de escarafunchar o passado de uma pessoa famosa, seja por seus feitos como artista ou como esportista, e escancarar suas histórias mais íntimas, ao vivo, sem autorização prévia? Para qualquer telespectador com um mínimo de sensibilidade ficou visível o constrangimento do lutador ao assistir ao depoimento gravado por sua mãe biológica, que o entregou para ser criado por tios, e também pais de criação dela.


“Se ele estivesse comigo, hoje ele não seria quem ele é”, tentou justificar-se ela. “A família sente falta, mas em breve a gente vai se encontrar”, continuou dona Vera Lúcia, em tom sofredor. E, diante de um Anderson que mostrava em seu semblante um misto de emoção e de questionamentos sobre o porque de estar ali vendo e ouvindo aquilo, Faustão deu a declaração menos propícia para o momento: “Imagina o que essa mulher deve ter passado. E não está você aqui para criticar ou julgar seu pai biológico, a dona Vera Lúcia”, sentenciou o apresentador.

“Pois é Fausto. Em parte foi ruim o que aconteceu. Em parte foi bom, porque a minha tia (que o criou) passou bons e maus bocados comigo também. Mas me deram todo amor que eu precisava”, resumiu Anderson, humildemente e sem estender o assunto. Para os mesmos telespectadores com um mínimo de sensibilidade ficou claro que, assim como a mãe biológica, o lutador também tem sua versão dos fatos, e também não estava ali para ser criticado nem julgado.

Não é a primeira vez que o “Arquivo Confidencial” extrapola os limites entre a homenagem e a exposição sensacionalista e desnecessária. Em 2008, ao participar como jurada do “Dança dos Famosos”, Maitê Proença deixou Faustão numa saia justa ao confessar, ao vivo, ter ficado chateada com um “Arquivo Confidencial” feito com ela em 2005, expondo o caso que envolvia a morte de sua mãe. O apresentador não teve outra saída a não ser desculpar-se.

Em outubro do ano passado, ao ser homenageada no quadro, Arlete Salles foi surpreendida quando o primeiro depoimento foi do morador de um casebre no interior de Pernambuco, onde, segundo o programa, era a casa onde ela tinha passado sua infância. Sem graça, a atriz explicou que tinha saído de lá ainda bebê. “Eu devia engatinhar pelos cômodos. Saí quando tinha três meses”, corrigiu Arlete, visivelmente chateada.

Se não é para criticar nem julgar ninguém, a produção do quadro deveria ter, no mínimo, o cuidado de não transformar a homenagem em um tribunal no qual o homenageado acaba sendo colocado como réu de sua própria história. História que, por sinal, nem sempre tem a ver com seu trabalho e que só ele tem direito de autorizar ou não ver exposta em rede nacional, ao vivo e em cores.

  

sábado, 25 de agosto de 2012

“TV Xuxa”: Loira explora fase morena como momento de pura emoção, mas não diz abertamente ter recebido 2 milhões de cachê para fazer tal ‘transformação’



Xuxa não precisa de artifícios para se auto afirmar como Rainha dos Baixinhos, título conquistado há mais de duas décadas. Os milhares de fãs e seguidores fiéis à apresentadora não a deixam se esquecer disso. Mas, vez ou outra e inexplicavelmente a apresentadora resolve causar com algum factoide que a coloque de volta no topo das manchetes. Três meses após ter agitado as redes sociais com comentários sobre sua polêmica entrevista ao “Fantástico” em que revelou ter sofrido abuso sexual na infância, Xuxa volta a ser notícia por um fato bem menos relevante: a mudança de cor de seus cabelos.

Teve até coletiva para a “transformação” da loira em morena. E a imprensa estava toda lá, com perguntas elaboradíssimas e à espera de respostas palpitantes como: “Eu nunca tinha pintado meu cabelo antes. Meu tinturista é Deus, e ele é muito caro”. Comovente, não? E no “TV Xuxa” desse sábado (25), o foco não poderia ser outro senão a nova cor de cabelos da apresentadora. “Era um sonho da minha mãe ter uma filha morena”, contou a apresentadora, enquanto era mostrada a imagem dela com Dona Alda, abraçadas.

Só faltou a apresentadora contar que para pintar os cabelos recebeu um cachê de R$ 2 milhões e que, segundo o contrato assinado com a Wella, comprometeu-se a permanecer morena durante seis semanas. A informação desse “detalhe” foi dada por sua assessoria, ressalvando que o dinheiro seria destinado à Fundação Xuxa Meneghel. Ah, sim, é uma causa justa. Mas que, de uma forma ou de outra, não deixa de ser uma causa de iniciativa própria que também divulga seu nome.

Se a audiência do programa subiu ou não só o Ibope dirá. Mas que Xuxa voltou a ocupar bom espaço na mídia, isso ela conseguiu. O próximo evento será sua volta ao loiro. Ou, quem sabe, numa nova tonalidade de coloração lançada por alguma empresa colorista que cobre menos do que Deus, que, segundo a apresentadora, é um 'tinturista' muito caro.